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Sirvam
nossas façanhas de modelo a toda terra
Poema de Clístenes Hafner Fernandes em homenagem
a todo o povo gaúcho.
Minha
Província de São Pedro,
Que
agora pedindo ajuda,
Vendo a
paisagem que muda,
Ela que
era verdejante,
Que não
será com a de antes,
Eu
canto, e que Deus acuda.
E o
canto, que a todos levante.
Já aí
são cinco mil anos
(Suméria,
China, Índia, Egito)
E mesmo
assim não acredito
Que
nós, os pobres humanos,
Cristãos
ou pagãos profanos,
Ainda
não vimos que a chuva
Pão de
grãos e vinho de uva
Nos dá,
mas também as vezes
É a
causa destes revezes;
Da lama
que a água turva;
Da
cidade destruída;
Das
vidas que são levadas;
No jogo
do tudo ou nadas
A luta
nunca é perdida,
Pois se
há sentido na vida,
Lutar é
mais que um dever,
Lutar é
o meu próprio ser.
Aqui na
terra farrapa
Ninguém
nos tira do mapa
Nem nos
faz esmorecer.
Nem
nada pode arruinar
Quem já
nasceu peleando
De
sentinela guardando
Sob o
sol, sob o luar,
Sob a
alegria e o pesar,
Sob a
escassez e a fartura,
Os
confins deste Brasil,
A nação
que nos pariu;
Pelear
é a nossa cultura.
Sofrendo,
sim, mas sabendo
Que se
há morte, se há uma cruz
A cruz
à vitória conduz;
Se há
luta, se há tragédia,
Puxamos
bem firmes a rédia
Choramos
com nosso cantar
Mas
sempre de pé a lutar
Sofremos,
mas sempre de pé
Sofremos,
mas sempre com fé:
Só
sofre quem soube amar.
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