sexta-feira, 31 de maio de 2024

REFLEXÃO...03

 

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https://youtu.be/62y-HpGuP2k?si=B3N1f624lFI_ZrU-

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A face oculta de Ebrahim Raisi, Presidente do Irã, o açougueiro de Teerã

 Paulo Henrique Araujo, 6 dias atrás  1  272

A face oculta de Ebrahim Raisi, Presidente do Irã, o açougueiro de Teerã

Ebrahim Raisi, o presidente iraniano linha-dura, morto em um acidente de helicóptero aos 63 anos, era um ex-juiz cuja eleição flagrantemente fraudada em 2021 foi uma derrota para o campo reformista representado pelo presidente cessante Hassan Rouhani, que defendia o reengajamento com o Ocidente.

 

Homem de aparência austera que ostentava barba grisalha e turbante preto (sinal de descendência do profeta Maomé), Raisi era discípulo do líder supremo de seu país, o aiatolá Khamenei; ele era um apparatchik leal que subiu rapidamente nas fileiras do judiciário após a Revolução Islâmica, desenvolvendo laços estreitos com Khamenei e o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica.

 

 

Em 1988, Raisi, então um vice-procurador-geral de 28 anos, teria sido um dos promotores de uma “comissão da morte” de quatro homens em Teerã que “reticiou” prisioneiros na prisão por crimes políticos e ordenou a execução extrajudicial de milhares de dissidentes.

 

Este reinado de terror surgiu após o ayatollah Khomeini, antecessor de Khamenei como líder supremo, ter aceitado o cessar-fogo na guerra com Saddam Hussein, um revés que considerou “um copo de veneno”, e um ataque do Iraque por mujahideen iranianos rebeldes.

 

O número exato de mortos não é claro, mas as estimativas variam de 3.000 a até 30.000, disse o advogado de direitos humanos Geoffrey Robertson sobre este reinado de terror: “Tem alguma comparação com as marchas da morte de prisioneiros aliados no final da Segunda Guerra Mundial”. A maioria era apoiante do principal movimento de oposição democrática e, embora Raisi tenha negado envolvimento, os assassinatos valeram-lhe o apelido de “Carniceiro de Teerão”.

 

As credenciais teológicas de Raisi eram medianas, mas após se intitular como aiatolá, ele foi reconhecido por Khamenei como sendo um posto abaixo. Sua lealdade inabalável e sua disposição de seguir ordens o qualificaram para integrar a Assembleia de Especialistas do Irã, o órgão deliberativo com poderes para nomear o Líder Supremo do Irã, em 2006.

 

Em 2017, sua ascensão nos bastidores tomou um rumo público quando disputou as eleições presidenciais contra Hassan Rouhani. Embora tenha perdido, seu perfil público foi aprimorado e, em 2019, o aiatolá Khamenei o nomeou chefe de justiça, cargo no qual Raisi supervisionou uma repressão brutal de dissidentes após protestos em novembro de 2019, mas conseguiu adquirir algumas credenciais populistas com uma campanha anticorrupção.

 

O presidente Rouhani havia defendido um novo engajamento com o Ocidente, mas não conseguiu entregar renovação econômica depois que Donald Trump se retirou de um acordo nuclear em 2018. Na campanha de 2021, Raisi viajou amplamente para ouvir as queixas dos pobres, culpando Rohani e sua facção dita moderada pelas dificuldades econômicas desesperadas do Irã e pela fraqueza diante das sanções ocidentais.

 

Sua eleição por uma margem esmagadora em junho de 2021 foi marcada pela baixa participação em meio à raiva dos eleitores com o que muitos viram como fraude flagrante – qualquer candidato moderado ou reformista havia sido desqualificado pelo Conselho dos Guardiões linha-dura. Embora tenha obtido 62% dos votos, a participação foi de 48,8% – um recorde baixo.

 

 

Sua eleição viu conservadores antiocidentais no controle de todos os ramos do poder pela primeira vez em uma década e Raisi começou a conduzir o Irã de volta às crenças intransigentes dos fundadores revolucionários da República Islâmica.

 

Ele ordenou um endurecimento das leis de moralidade e sinalizou uma postura cada vez mais confrontadora em relação ao ocidente, apoiando o enriquecimento de urânio para reatores nucleares do país, além de dificultar os inspetores internacionais.

 

Sua questão mais desafiadora no cargo foi o movimento de protesto em massa que varreu o país no final de 2022 após a morte sob custódia de Mahsa Amini, que havia sido presa por supostamente violar o rigoroso código de vestimenta islâmico do Irã para mulheres.

 

Com os manifestantes exigindo o fim do domínio do establishment clerical, Raisi ordenou que as forças de segurança do Irã reprimissem a dissidência com força. Estimativas da ONU sugerem que até 551 manifestantes foram mortos e outros 20 mil presos.

 

No exterior, durante a presidência de Raisi, o Irã começou a exacerbar as tensões em todo o Oriente Médio por meio de seus representantes Hamas, Hezbollah e houthis, tensões que pareciam ter chegado ao ponto de crise quando, em 13 de abril deste ano, Teerã enviou uma enxurrada de mais de 300 drones e mísseis contra Israel, supostamente em retaliação ao bombardeio israelense à embaixada iraniana em Damasco em 1º de abril.

 

O ataque foi amplamente informado com antecedência, no entanto, com o resultado de que quase todos os mísseis foram abatidos e um ataque retaliatório de Israel foi rapidamente minimizado pelo Irã; O mercado de petróleo permaneceu inabalável.

 

Pois, apesar da postura da liderança, o fato é que o Irã não pode se dar ao luxo de uma guerra total porque sua economia foi paralisada por seis anos de inflação de dois dígitos e mais de uma década de sanções, agravadas sob Raisi pela pandemia de Covid, que atingiu o Irã com mais força do que qualquer outro país do Oriente Médio.

 

Filho de um clérigo, Ebrahim Raisi nasceu em 14 de dezembro de 1960 em Mashdad, a segunda cidade do Irã. Seu pai morreu quando ele tinha cinco anos e ele seguiu seus passos, viajando para Qom aos 15 anos para frequentar um seminário xiita.

 

Em 1979, ainda estudante, juntou-se aos protestos em massa contra o Xá que levaram à Revolução Islâmica sob o aiatolá Khomeini.

 

Depois de se doutorar em jurisprudência e direito islâmicos, Raisi começou sua carreira em 1981 como promotor de 21 anos das províncias de Karaj e Hamadan, antes de se mudar para Teerã como vice-procurador municipal em 1985, com apenas 25 anos. Foi nessa função, segundo grupos de direitos humanos, que ele atuou no “comitê da morte” em 1988.

 

Como vice-chefe de justiça entre 2004 e 2014, Raisi apoiou as brutais repressões e encarceramentos em massa que encerraram meses de protestos públicos desencadeados pela disputada eleição presidencial de 2009. Em 2014, ele foi nomeado procurador-geral do país e, em 2019, foi colocado sob sanções do Tesouro dos EUA por seu papel na repressão doméstica.

 

A ascensão de Raisi à presidência gerou especulações de que ele poderia eventualmente suceder o aiatolá Khamenei, de 85 anos, como líder supremo do Irã. O próprio Khamenei serviu como presidente na década de 1980 antes de substituir o primeiro líder supremo, o aiatolá Khomeini, em 1989.

 

No domingo, Raisi viajava em um comboio de três helicópteros na província iraniana do Azerbaijão Oriental quando seu helicóptero sofreu um “pouso forçado”. Seu corpo e o do ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, foram encontrados nos destroços na madrugada desta segunda-feira.

 

Raisi casou-se, em 1983, com Jamileh, filha de Ahmad Alamolhoda, um líder bem relacionado da oração de sexta-feira de Mashhad. Eles tiveram dois filhos.

 

Ebrahim Raisi, nascido em 14 de dezembro de 1960, falecido em 19 de maio de 2024

 

 

Paulo Henrique Araujo

Analista político, palestrante e escritor; é o fundador do portal PHVox e também apresenta os programas ao vivo em nosso canal do YouTube. É um estudioso da história brasileira, principalmente referente ao período colonial e monárquico, e da geopolítica latino-americana.

REFLEXÃO...02

 

https://youtu.be/Krd2exK_Y0s?si=kbwXiXnfW5BtjWfd

 

https://youtu.be/rO2Oe2SapGk?si=bM6jbDUtZnlM44Dq

 

https://www.instagram.com/reel/C7jLkEGuyc6/?igsh=MXFnMGJiZDh3eTlyeg%3D%3D

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Escola

 

Por que a esquerdopatia histérica e apodrecida é contra a existência das escolas cívico-militares? Porque nelas são incutidas nas crianças e adolescentes coisas como disciplina, conhecimento livresco, ordem, propósitos nobres, solidariedade, espírito de equipe e uma coisa muitíssimo importante e que para a esquerda é um verdadeiro copo de veneno, a noção de que as pessoas podem se ajudar umas às outras muito mais do que qualquer governo eleito, como vem acontecendo no Rio Grande do Sul, como os gaúchos e os brasileiros têm feito uns pelos outros em meio à maior tragédia dos últimos tempos. Isto é a antítese da doutrinação palhaça e da lavagem cerebral que militantes disfarçados de professores despejam como rios de chorume nas cabeças de alunos desavisados todos os dias em quase todos os cantos do Brasil hoje em dia.

 

As escolas cívico-militares são uma ameaça à “revolução”  da extrema-esquerda, de gente que vive do fracasso dos outros.

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SANCIONADO NOSSO PROJETO QUE CRIOU O DIA DE SOLIDARIEDADE AO POVO DE ISRAEL TORNANDO-SE A LEI 8.383/2024:

 

- Inclui o Dia de solidariedade da população carioca ao Estado e ao Povo de Israel em função dos ataques de 7 de outubro de 2023 pelo grupo terrorista Hamas no Calendário Oficial da Cidade consolidado pela Lei n° 5.146, de 2010.

 

- Art. 1° Fica incluída a seguinte data de memória e solidariedade no §10. do art. 6° da Lei n° 5.146, de 7 de janeiro de 2010:

 

Dia de solidariedade da população carioca ao Estado e ao Povo de Israel em função dos ataques de 7 de outubro de 2023 pelo grupo terrorista Hamas, a ser rememorado, anualmente, no dia 7 de outubro.

 

. Art. 2° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

> Muito mais que uma data sem relevância, os vereadores da cidade do Rio de Janeiro demonstraram compromisso ao entendermos a necessidade da sobrevivência do povo de Israel, pois é o berço de toda cultura ocidental que tentam destruir a todo instante.

REFLEXÃO...01

 

 

https://youtu.be/lieuXIX6ufM?si=pq-vCTJyKiyMSKwu

 

ESCOLAS:

Por que a esquerdopatia histérica e apodrecida é contra a existência das escolas cívico-militares? Porque nelas são incutidas nas crianças e adolescentes coisas como disciplina, conhecimento livresco, ordem, propósitos nobres, solidariedade, espírito de equipe e uma coisa muitíssimo importante e que para a esquerda é um verdadeiro copo de veneno, a noção de que as pessoas podem se ajudar umas às outras muito mais do que qualquer governo eleito, como vem acontecendo no Rio Grande do Sul, como os gaúchos e os brasileiros têm feito uns pelos outros em meio à maior tragédia dos últimos tempos. Isto é a antítese da doutrinação palhaça e da lavagem cerebral que militantes disfarçados de professores despejam como rios de chorume nas cabeças de alunos desavisados todos os dias em quase todos os cantos do Brasil hoje em dia.

 

As escolas cívico-militares são uma ameaça à “revolução”  da extrema-esquerda, de gente que vive do fracasso dos outros.

VÍDEOS...+03



ARROZ CHINÊS...NÃO.
 

VÍDEOS...+03




 

FATOS...+03






 

quinta-feira, 30 de maio de 2024

REFLEXÃO...03

 

Paulo Henrique Araújo, 3 dias atrás  0  317

Como a Rússia está se preparando para a guerra total — Guerra Híbrida

Em artigo publicado anteriormente aqui no PHVox, trouxe a explicação da guerra híbrida moderna está mudando a um ritmo rápido. Consequentemente, as guerras não são mais apenas operações bélicas. Isso significa que não é apenas a guerra física, mas também as estratégias e táticas não militares, ou seja, que miram civis e que definem os conflitos e guerras modernas.

 

O que também se tornou comum é que as operações agressivas — que por si só se tornaram cada vez mais complexas — são combinadas com estratégias não militares destinadas a minar a segurança de um inimigo. A combinação de instrumentos e estratégias militares e não militares é feita não aleatoriamente, mas sincronizadamente para alcançar efeitos sinérgicos. Ou seja, é essa fusão sincronizada que otimiza os resultados.

 

A conclusão é que um determinado país pode potencialmente liberar força física contra um adversário para alcançar certos objetivos. Mas se o uso ou ameaça da força convencional ou não convencional for combinado e/ou precedido por um grau de ferramentas subversivas, como ataques cibernéticos e desinformação, o dano geral infligido ao antagonista pode ser otimizado.

 

 

Apesar da guerra híbrida conduzida pelo Estado implicar uma integração sistemática de ferramentas militares, políticas, econômicas, civis e informacionais, ela muitas vezes se desenrola em zonas cinzentas abaixo do limiar de uma guerra convencional. Nessas zonas cinzentas, o instrumento militar é usado de forma não convencional e inovadora para evitar atribuição, responsabilidade e, às vezes, até detecção. Assim, um Estado hostil pode empregar atores não-estatais ou uma força militar sem identificação Estatal em uma guerra clandestina para negar envolvimento, mas, ao mesmo tempo, alcançar objetivos estratégicos. Exemplo disto, são os “pequenos homens verdes”, força militar responsável por ocupar a Criméia, que já abordamos anteriormente aqui no canal.

 

Hoje, vamos levar a discussão sobre a guerra híbrida adiante, colocando uma questão que se tornou não apenas relevante, mas também crítica em meio aos recentes conflitos internacionais: como a Rússia está travando uma guerra híbrida contra o Ocidente? Tentaremos compreender suas facetas e implicações, bem como a lógica por trás da estratégia da Rússia para minar a segurança das potências ocidentais.

 

A guerra híbrida da Rússia — mito ou realidade?

Uma das características centrais das ferramentas comuns que os Estados confundem para desencadear a guerra híbrida, como atores não estatais, assassinatos políticos, espionagem, ataques cibernéticos, interferência eleitoral e desinformação, é que há amplo espaço para negação plausível — e muitas vezes há poucas evidências para estabelecer a culpabilidade. Nem todas as ações são renegadas — às vezes, posturas agressivas exigem assumir a responsabilidade por suas ações, mas escapar da culpabilidade muitas vezes oferece dividendos estratégicos. Assim, quando era conveniente repudiar de forma política e estrategicamente os “homenzinhos verdes” que invadiram partes da Crimeia em 2014, a Rússia o fez (por um tempo).

 

Os instrumentos ou ferramentas empregados e fundidos para desencadear a guerra híbrida são muitas vezes difíceis de discernir, atribuir e corroborar. Provar que um determinado ator não estatal recebe patrocínio direto ou indireto de um governo, ou vincular ataques cibernéticos a um Estado é uma tarefa assustadora. No entanto, nos últimos anos, uma série de ataques híbridos foram atribuídos ao Kremlin. Evidências públicas e, finalmente, a admissão de Vladimir Putin de que o Wagner Group foi financiada pela Rússia são dois casos em questão. Importante ressaltar que Wagner Group opera com parceiros estratégicos da Rússia durante quase dez anos, admitido o seu fomento e financiamento pelo governo russo apenas quando sua entrada na guerra de invasão da Ucrânia ficou impossível de mascarar. Neste período, o grupo de mercenários de Yevgeny Prigozhin, atuara determinantemente na proteção do Ditador Nicolás Maduro, como esquadrão tático e de treinamento do exército sírio do ditador Bashar al-Assad e como o mantenedor do regime ditatorial da República Centro-Africana. Vale ainda destacar participação no envolvimento de alto nível nos recentes golpes de Estado em Burkina Faso, Níger e Mali.

 

A guerra híbrida parece ter se tornado parte integrante da política de Moscou em relação ao ocidente. Com a crescente relevância e eficácia de atores não estatais, bem como o advento de novas tecnologias, como armas autônomas, a guerra híbrida abaixo do limiar tradicional da guerra tornou-se uma realidade possível. Os Estados às vezes nem precisam criar ou cultivar atores não estatais porque as relações transacionais com grupos existentes podem fazer o trabalho. Por exemplo, em um ponto, relatórios de inteligência sugeriram que os militares russos secretamente ofereceram recompensas a militantes ligados ao Talibã por atacar as forças da coalizão no Afeganistão. Enquanto isso, as novas tecnologias permitem que os Estados usem a força à distância e neguem envolvimento. Ataques de drones e ataques a infraestruturas críticas são bons exemplos disso.

 

A guerra híbrida da Rússia está em pleno andamento nos últimos anos, mas não evoluiu da noite para o dia. As principais autoridades russas começaram a pedir uma doutrina de segurança abrangente há cerca de uma década. O chefe do Estado-Maior da Rússia, general Valery Gerasimov, sugeriu em 2013 que a política de segurança do país precisava se adaptar à natureza mutável dos conflitos. Em um artigo que tem sido amplamente escrutinado nos círculos políticos ocidentais, Gerasimov destacou o papel crescente dos meios não militares para alcançar objetivos políticos e estratégicos.

 

Gerasimov se referiu não apenas a ferramentas automatizadas, robóticas e de inteligência artificial em conflitos armados, mas também ao uso de ações assimétricas e esferas de informação para compensar a vantagem de um inimigo. Tais ações assimétricas vão desde a guerrilha até ataques terroristas, e desde a criação e o fomento de desinformação até a propaganda estatal direta aliada à diplomacia proativa. Quando um antagonista goza de superioridade em termos de suas capacidades, um Estado pode empregar uma combinação dessas ferramentas para minar a vantagem de um adversário. O falecido chefe da Academia Russa de Ciências Militares, general Makhmut Gareev, argumentou que uma das lições que a Rússia poderia tirar da invasão da Crimeia em 2014 era aperfeiçoar o uso do soft power, da política e da informação para alcançar objetivos estratégicos.

 

Ambas as autoridades russas destacavam essencialmente a necessidade de desenvolver uma estratégia que truncasse a assimetria de poder entre as potências ocidentais e a Rússia. Eles entenderam que a Rússia não tinha, de forma alguma, capacidade militar ou recursos econômicos para estar em pé de igualdade com as potências ocidentais, mas a ampla integração de meios não militares com poder bélico poderia reduzir, se não anular, esse diferencial de poder.

 

As doutrinas militares russas de 2010 e 2014 também se referiam ao uso integrado de recursos e meios militares e não militares. Estes não mencionaram explicitamente a guerra híbrida como modelo, mas um olhar crítico sobre a política de segurança da Rússia revela que os meios não militares não só foram amplamente empregados nos últimos anos, mas também foram usados para complementar o hard power. Há vários exemplos que ilustram essa combinação, incluindo o fomento da desinformação, o patrocínio de atores não estatais na vizinhança europeia da Rússia e além, o lançamento de ataques cibernéticos, a interferência nos processos eleitorais dos países ocidentais e o uso da energia como arma.

 

O emprego de tais ferramentas diminui a assimetria de poder entre dois estados de várias maneiras. O processo decisório do alvo pode ser prejudicado porque uma força não atribuível conduziu a ação hostil, ou há uma negação plausível por parte do agressor. A polarização pode ser aprofundada nos níveis estatal e social devido à desinformação. Certos atores e narrativas que se alinham com os objetivos do agressor são apoiados e ampliados. A falta de meios militares para compensar a superioridade de poder duro do alvo é parcialmente compensada por outros tipos de alavancagem, como energia (e até mesmo fornecimento de alimentos). Estes são apenas alguns exemplos.

 

 

O modus operandi da Rússia

Como referido anteriormente, o envolvimento militar também pode ser indireto, com atores armados não estatais desempenhando um papel crucial nos conflitos modernos. Por exemplo, para frustrar a tentativa da Moldávia de aderir à União Europeia (UE), Moscou combina a presença militar na parte oriental do país com estratégias híbridas não militares. Estas estratégias não-militares incluem o patrocínio de grupos anti-UE, a alavancagem do aprovisionamento energético em detrimento do povo moldavo e o fomento da desinformação por meio de grupos locais, bem como nas redes sociais. Escusado será dizer que a Moldávia é um alvo porque deseja a plena integração no bloco europeu. Na Moldávia, a guerra híbrida da Rússia visa derrubar o governo pró-UE do país.

 

Enquanto isso, o objetivo na Síria tem sido consolidar o controle do regime pró-Rússia do presidente Bashar al-Assad. O envolvimento militar direto das forças russas tem sido mais generalizado na Síria porque a situação permite isso. As operações militares foram fundidas com apoio a militantes armados, propaganda e desinformação, diplomacia e estadista econômico e influência política. O objetivo geral na Síria tem sido não apenas expandir a influência russa no Oriente Médio, mas capitalizar isso para prejudicar as relações entre os países do Oriente Médio e do Ocidente.

 

O caso da Síria mostra claramente que a guerra híbrida da Rússia contra o Ocidente vai muito além das fronteiras geográficas dos países europeus ou ocidentais. Outro exemplo disso é a guerra híbrida russa na África, projetada para minar a influência ocidental no continente rico em recursos. No Sahel, a Rússia capitalizou a deterioração das relações com as potências ocidentais e perpetrou sentimentos antiocidentais ao expandir sua presença. Em países como Mali e República Centro-Africana, a Rússia tem fornecido assistência de segurança, apoio diplomático e ajuda em operações de informação. Um dos alvos é a construção de influência global; outra é minar os interesses ocidentais. Ambos andam de mãos dadas para Moscou.

 

Muitas vezes é difícil diagnosticar completamente uma ameaça híbrida ativa ou recente. Por exemplo, quando a francesa TV5Monde sofreu um violento ataque cibernético em 2015, o grupo militante Estado Islâmico foi inicialmente considerado responsável. Mais tarde, descobriu-se que o ataque foi perpetrado por um grupo de hackers russos, que postou mensagens jihadistas no site e nas páginas de mídia social da rede para semear discórdia e confusão.

 

Vale ressaltar que o digital e as redes sociais são terrenos férteis para a desinformação, e a Rússia traz isso para seu cálculo estratégico. A EUvsDisinfo mantém uma base de dados de dezenas de milhares de amostras de desinformação online alegadamente ligadas ao Kremlin. Em 2021, um relatório do Facebook revelou que a Rússia era a principal fonte de “comportamento inautêntico coordenado” internacionalmente. A campanha de desinformação online para inviabilizar a Reunião de cúpula da OTAN de 2023 é um exemplo pertinente de como a Rússia tem como alvo um ator que vê como seu inimigo. Uma vez que a OTAN é primordial para a segurança ocidental, é um alvo recorrente da desinformação online russa, como documenta o EUvsDinfo. Tal desinformação é baseada não apenas em invenção, mas também em distorções, como a campanha que transformou a preparação da Otan no Leste Europeu pós-2014 em agressão, embora tenha sido um corolário da invasão ilegal da Crimeia pela Rússia. A narrativa é metodicamente distorcida para inverter a causa e o efeito.

 

A desinformação online russa se baseia em fontes patrocinadas pelo Estado e grupos pró-Moscou que atuam em conjunto para amplificar narrativas falsas e enganosas, espalhadas em vários idiomas para se desenrolar globalmente. A desinformação propagada pela Rússia é, por vezes, muito eficaz. Na Sérvia, por exemplo, tem fortes laços políticos e econômicos com a Europa Ocidental, mas a maioria dos sérvios vê a Rússia como o parceiro mais próximo do país e seu “maior amigo”. Um dos principais motivos são as narrativas promovidas por veículos de notícias russos como RT e Sputnik, que dominam o cenário de mídia tradicional e digital sérvia. Tais narrativas rebaixam a Europa Ocidental e os EUA, ao mesmo tempo, em que elogiam a Rússia e a China. A desinformação patrocinada pela Rússia também pagou dividendos semelhantes no mundo não ocidental. A desinformação voltada para criar uma cunha entre a África e o Ocidente contribui para a falta de consenso e apoio à Ucrânia no continente.

 

Método por trás da loucura?

Moscou se vê travando uma longa guerra contra o que considera uma hegemonia ocidental. É nesse contexto que o presidente russo Putin chama de “elite ocidental” o inimigo. O que exatamente ele quer dizer com elite ocidental é mantido ambíguo, talvez por conveniência política, mas seus últimos nêmesis são claramente as potências americanas e europeias que lideram a ordem política e econômica global.

 

A hostilidade de Moscou em relação ao ocidente é apenas a ponta do iceberg. Em termos de uma grande estratégia, Moscou, sob a liderança do presidente Putin, deseja um retorno ao equilíbrio de poder do passado, em que a União Soviética era uma superpotência e poderia, assim, definir as regras da ordem internacional ao nível global. Mas Moscou percebe que estruturalmente não consegue encontrar muito espaço na ordem política internacional, que valoriza valores como liberdade e democracia — ideais que são extremamente limitados na Rússia. Assim, a ordem internacional deve ser redefinida em uma tentativa de (re)estabelecer a ascendência da Rússia sobre a política e a economia globais. Isso fica evidente na Doutrina Primakov — assim chamada pelo ex-ministro das Relações Exteriores e primeiro-ministro Yevgeny Primakov. A Doutrina postula que a Rússia deve ter como objetivo estabelecer um mundo multipolar para que a ordem global não possa ser definida por uma única potência ou polo. É por essa razão que Moscou planeja minar o que vê como poder ocidental e influência ocidental em todo o mundo.

 

O maior obstáculo para a Rússia é que ela não tem poder nem influência econômica para conseguir atingir esse grande objetivo. Talvez o Kremlin acredite que seu kit de ferramentas de guerra híbrida possa ajudá-lo a encontrar uma maneira de contornar essa questão. A ideia é dupla: aumentar as capacidades de poder da Rússia por meio de uma integração de meios militares e não militares e explorar e exacerbar a vulnerabilidade interna das potências ocidentais. O objetivo é claro: truncar a assimetria de poder entre a Rússia e as potências ocidentais para triunfar sobre elas.

 

Apesar de a Rússia ter travado uma guerra híbrida agressiva nos últimos anos, derrotar as potências ocidentais parece longe por enquanto. Isso porque a guerra híbrida pode reduzir, mas não compensar completamente, a assimetria de poder entre as potências ocidentais e Moscou, dadas as limitadas capacidades militares e econômicas da Rússia. As potências ocidentais também trabalharam para aumentar sua resiliência após a invasão da Ucrânia, enquanto a Rússia parece internamente instável. Isso significa que a guerra híbrida da Rússia contra o Ocidente fracassou até agora? Talvez não totalmente. Conseguiu atingir alguns dos seus principais objetivos, nomeadamente em termos de minar a influência estratégica ocidental e o poder político à escala global. A expansão da presença russa no Oriente Médio e na África, à custa do declínio da influência ocidental, é um exemplo disso. A guerra híbrida da Rússia também contribuiu para aprofundar a polarização política dentro e entre os países ocidentais. Isso é preocupante.

 

O que as potências ocidentais devem fazer agora é prosseguir esforços concentrados para superar todos os componentes da guerra híbrida da Rússia meticulosamente. Isso não é apenas justificado pelas maneiras pelas quais a Rússia coloca a segurança ocidental em risco, mas também serve como preparação para a potencial exploração futura de vulnerabilidades pela China.

 

Conclusão

Com a guerra moderna mudando em termos de suas facetas centrais, os conflitos são muito mais do que o emprego de força física direta. São cada vez mais marcados pelo hibridismo sofisticado. Para a Rússia, isso significa muito em relação ao seu cálculo estratégico e compulsões. Como praticamente todos os países do mundo, Moscou entende que deve atualizar, expandir e diversificar seu kit de ferramentas para incluir ferramentas não cinéticas — no seu caso, que inclui ferramentas como estadistas econômicos e desinformação — para complementar instrumentos e ferramentas militares, que por sua vez são usados de forma mais inovadora.

 

Considerando as ambições agressivas de Moscou, a guerra híbrida não é apenas atraente, mas também uma compulsão estratégica para a Rússia devido à sua visível assimetria de poder em relação ao ocidente. O orçamento militar e a tecnologia da Rússia, bem como o tamanho e a diversidade de sua economia, não são sequer comparáveis às amplas capacidades das potências ocidentais. A guerra híbrida permite que Moscou reduza — se não compense — esse desequilíbrio de poder para enfrentar o que considera seus rivais inimigos.

 

As principais ferramentas que a Rússia empregou na busca de sua guerra híbrida contra os países ocidentais incluem a politização/armamento da energia, o emprego de atores não estatais e forças não atribuíveis, o apoio a atores pró-Rússia e inclinados à Rússia, um uso extensivo de desinformação e interferência eleitoral. Estes são sincronizados de forma sistemática.

 

Resta saber até que ponto a guerra híbrida da Rússia lhe permite alcançar seus grandes objetivos contra o Ocidente. Até agora, a Rússia minou a segurança ocidental até certo ponto, mas certamente não impediu as potências ocidentais de moldar a política, a economia e a cultura de forma democrática ao nível global. No entanto, considerando as limitadas capacidades militares e econômicas da Rússia, suas táticas híbridas permitiram que ela agisse “maior” do que é. Os Estados ocidentais devem reconhecer isso e considerar um plano pensado para responder decisivamente às estratégias da Rússia unificadamente.

 

 

Paulo Henrique Araujo

Analista político, palestrante e escritor; é o fundador do portal PHVox e também apresenta os programas ao vivo em nosso canal do YouTube. É um estudioso da história brasileira, principalmente referente ao período colonial e monárquico, e da geopolítica latino-americana.

REFLEXÃO...02

 

A história do Novo Testamento em Ninam

 

Em 2021, após 49 anos de trabalho minucioso, o Novo Testamento em Ninam ficou pronto para ser impresso

 

Por Carole Lee Swain, Jacqueline dos Santos e Maria Rosa Monte

 

Atualmente, cerca de 1 mil Ianomâmis de fala Ninam vivem na porção leste da Terra Yanomami, no estado de Roraima, no norte do Brasil. Essa língua possui três dialetos: Ninam do Sul, conhecidos como Xirixana (Região do rio Mucajaí), Ninam do Norte, conhecidos como Xiriana (Região do Ericó) e Ninam Central. Os falantes do Ninam do Sul estão divididos em seis comunidades, ao longo do rio Mucajaí, e uma às margens do rio Uraricoera. Todas são derivadas do grupo que estava em Alto Mucajaí no momento do primeiro contato. Os Ninam vivem no Brasil e na Venezuela, totalizando quase 2 mil indivíduos.

 

Até 1958, quando o primeiro “klaiwa” – palavra Yanomami para não-indígena – chegou para demarcar as terras brasileiras, os Ninam viviam isolados. Logo depois disso, em 1958 mesmo, os missionários Neil Hawkins e John Peters, acompanhados de dois indígenas da etnia Wai Wai, Marawenare e Mawasha, subiram o rio Mucajaí até a primeira aldeia dos Ninam. Os missionários foram bem recebidos e estabeleceram um ponto de contato permanente, com missionários residentes desde então. John Peters permaneceu em Mucajaí até 1966. Naquela época, os Ninam eram seminômades, falantes de uma língua ágrafa e não possuíam ferramentas de ferro ou aço, como machados e facas. Eles usavam seu próprio estilo de roupa: as mulheres vestiam makpesi – aventais feitos de sementes – e os homens usavam mopesi – tangas de algodão. Os Ninam foram e ainda são um povo muito receptivo. João Peters fez contato com duas comunidades sem contratempos. Como resultado, nasceu a aldeia no Alto Mucajaí, como a conhecemos hoje. Durante os primeiros anos, os missionários John e Lorraine Peters, Frank e Isabel Ebel, e Sue Albright focaram nas pesquisas para a aprendizagem da língua e no estudo da cultura.

 

Em julho de 1967, a missionária americana, Carole Lee Swain (Carolina), começou a trabalhar no Brasil, entre os Yanomami Ninam no Alto Mucajaí, após a mudança dos Peters para Boa Vista. Ela ouviu o chamado do Senhor ainda adolescente. Mais tarde, recebeu treinamento teológico no Philadelphia College of Bible e fez o curso intermediário, no SIL (Summer Institute of Linguistics), de fonética, fonologia e gramática, em Oklahoma. Desde o início, Carolina tinha o intuito de fazer trabalhos linguísticos e de tradução da Bíblia. Inicialmente, ela compilou o material feito pelos missionários pioneiros e, a partir daí, escreveu um texto inédito da gramática Ninam. (Atualmente a gramática Ninam está sendo escrita pela missionária Victória Infante.) Em 1972, logo após concluir o curso básico de aprendizagem da língua Ninam, Carolina começou a traduzir o livro de Marcos. Em 1973, a MEVA (Missão Evangélica da Amazônia) realizou o primeiro “workshop de tradução” com as consultoras do SIL-Brasil, Marge Crofts e Margaret Sheffler; e Kathrine Rountree, do Suriname, que se juntou aos tradutores da MEVA e da Missão Novas Tribos. Com a chegada de outros missionários, o trabalho normal no Alto Mucajaí foi acontecendo e Carolina pôde se dedicar mais ao trabalho de tradução.

 

Em 2003, as missionárias Jacqueline dos Santos e Maria Rosa Monte chegaram no Alto Mucajaí. Durante os primeiros anos, elas se dedicaram ao aprendizado da língua e cultura Ninam, e trabalharam na escola da aldeia, orientadas pela missionária veterana Carol James. Foi uma boa oportunidade para ampliarem o material didático existente e treinarem mais professores indígenas. Já com certo domínio da língua, Jacqueline e Rosa começaram a ensinar a Palavra de Deus às crianças, mas havia falta de material no idioma. Então, elas decidiram produzir pequenas histórias bíblicas em Ninam, com a ajuda de Carol James. Em 2008, elas se engajaram na tradução bíblica. Tanto Jacqueline (Jac) quanto Rosa fizeram cursos específicos que contribuíram para aumentar o conhecimento sobre o povo Ninam e prepará-las para se aperfeiçoarem no trabalho de tradução. Carolina trabalhou sozinha de 1972 a 2008, período em que traduziu os seguintes livros: Lucas, Atos, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom, Tiago e 1 João. Após seu retorno para os EUA, em 2009, ela concluiu os evangelhos de Mateus e João, totalizando 15 livros. Jac e Rosa traduziram os 12 livros restantes. Em 2021, após 49 anos, o Novo Testamento Ninam ficou pronto para ser impresso.

 

Carolina, Jac e Rosa são gratas a Deus pela ajuda que receberam de tantos Ninam durante o processo de tradução. Jac e Rosa são gratas também pelo aprendizado adquirido através do trabalho com a Carolina.

 

Foram muitos anos de trabalho minucioso. Nada disso teria sido possível sem o olhar desbravador de alguns dos missionários citados acima e a ajuda preciosa de pessoas como Wayne e Bonnie Follmar, Carol James, Estevão e Aurora Anderson, Milton e Márcia Camargo, Alex e Daura Junqueira, Davi e Beth Brown, Cassiano e Luciana Luz, Antônio Marcos e Simone Silva, Maria Isabel de Oliveira, Maurício e Flavia Souza, Dr. Paulo e Raquel Rodrigues, Josimar e Lena Coelho, Alfredo e Tatiana Dartibale, André e Juliana da Silva.

 

Em períodos onde houve a ausência de alguns missionários na equipe, missionários de outras áreas colaboraram com o trabalho em Mucajaí. Além disso, as pessoas que trabalham na base da MEVA, em Boa Vista, os gerentes de compra e os pilotos de Asas de Socorro, desde o primeiro momento, estiveram presentes e são parte importante nessa história.

 

A Deus toda a glória!

Carole Lee Swain, Jacqueline dos Santos e Maria Rosa Monte, 8 março de 2024.

REFLEXÃO...01

 

Por que a ascensão de Cristo importa

 

Por Samara Andrade

 

Acho curioso como o evento da ascensão de Cristo recebe pouca atenção. Entusiasmamos-nos – com razão! – na celebração da Paixão e da Páscoa, mas podemos ser levados a pensar que a obra de Cristo se encerrou naquela maravilhosa manhã de domingo. A verdade é que os eventos e promessas que se seguem à ressurreição são de grande importância para a fé cristã, pois dizem respeito ao que foi conquistado no passado, ao que temos acesso no presente e ao que viveremos no futuro.

 

Em primeiro lugar, a ascensão conquistou o que foi perdido após a queda de Adão. O castigo pela desobediência foi a expulsão do Éden ─ da presença do próprio Deus. Isso foi revertido quando o Cristo ressurreto foi elevado ─ em carne e osso ─ para habitar as regiões celestiais enquanto homem. A pergunta feita no Salmo 24.3 (“Quem subirá ao monte do Senhor?”) foi respondida de forma definitiva. Um ser humano (plenamente humano, na linguagem credal), descendente de Adão, filho de Davi, recebeu o direito de habitar com Deus. Celebremos a ascensão! Nenhum dos inimigos que assolam a humanidade desde a expulsão do Éden foi capaz de resistir. O diabo, o pecado e a morte: todos sujeitos ao senhorio de Cristo.

 

Em segundo lugar, a ascensão assegura o ministério de Cristo como nosso sumo sacerdote. Na cruz, Ele foi nosso representante ao levar sobre si nosso pecado. Hoje, entronizado e exaltado acima dos anjos, Ele é nosso advogado e intercessor. Desfrutemos da ascensão! Não há dor, tentação ou angústia com a qual Ele não se compadeça. Podemos levar todas as nossas aflições à presença de Deus, certos de que encontraremos graça e misericórdia abundantes (Hb 4.16).

 

 

 

Quanto à esperança futura, a ascensão nos dá um vislumbre do que nos aguarda enquanto povo de Deus. Porque Cristo está reinando à destra do Pai, sabemos que o destino de todo cristão é glorioso: reinaremos junto com Ele, haverá novos céus e nova terra e teremos um corpo transformado como o dEle. Contemplemos a ascensão! A esperança cristã é nos tornarmos como Ele é, por isso sabemos que “os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:18).

 

Na ascensão vemos a glorificação do primogênito dentre toda a Criação (Cl 1.15-18, 1 Co 15.20, Ap 1.5), que, glorificado, intercede por nós (Rm 8.34, Hb 7.25, 1 Jo 2.1; cf. 1 Tm 2.5), prenunciando a glorificação de toda a humanidade (1 Co 15.20-23). Aleluia!

Samara Monteiro de Andrade, 31 anos, farmacêutica e servidora pública. Casada com Davi e mãe do Moisés e da Irene.

VÍDEOS...+03




 

VÍDEOS...+03



ESQUERDISTA...

 

quarta-feira, 29 de maio de 2024

REFLEXÃO...02

 

 

https://youtu.be/GRbjD-PxFCU?si=7a4NdmFwU4He1dvT

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Ideologia de gênero

minutos)

para mim

 

O resultado prático da ideologia de gênero, uma das táticas mais utilizadas pelo neo-marxismo, o marxismo do século XXI, a divisão social, a guerra de todos contra todos. Marxistas precisam de caos e divisão para romper as bases da sociedade e posteriormente exercer controle. Episódios como este também causam outros efeitos, como o fomento ao medo de falar - as pessoas acabam cedendo à sandice por medo do cancelamento, de processos, etc. É a perversão mais absoluta da lógica, mas alardeada pelas universidades militantes, redações amigas e setores coniventes da política e do judiciário como "crime de ódio". Ódio a quê ? Ao absurdo ? Quem não odeia o absurdo, e a situação em si é um absurdo, precisa de camisa de força. O truque já está mais que manjado, o sujeito quer ser tratado como aquilo que não é, as pessoas se revoltam, o sujeito as processa, as pessoas são caladas ou retiradas do mercado e assim a esquerda vai mandando para o exílio quaisquer dissidências. Sobram no mercado apenas os amigos do sistema.

REFLEXÃO...01

 

https://www.instagram.com/reel/C7eybDlJ23f/?igsh=dmUycjZvMGNmZTRt

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Tá lascado

 

Tá todo mundo aí é lascado e calado pra não admitir que defecou u no pau.

 

Outros sequer sabem que defecou, pois não conseguirão jamais enxergar onde sentou e se atolou de merda, nem seu olfato discerne uma coisa da outra.

 

Já outros estão convictos e quietinhos, e jamais se manifestarão a respeito da situação, pois esses resultados são os que eles querem e bem planejaram. Esses são os do sistema organizado. Tá dando tudo certo pra eles.

 

E por último, os fanáticos e detentores do espírito de torcida, que precisam de um time pra torcer e uma torcidas pra vibrar. São os que se alimentam das intrigas, atritos e conflitos com vizinhos e familiares.

Se alimentam disso.

 

O ano mais importante da vida deles é o ano político e a melhor estação do ano é a da campanha eleitoral.

É qdo ele se vê atuando da forma mais exaltada e destacada.

 

São os ditos revoltados com a vida e consigo mesmo e querem mais é que a casa empene e caia, pra eles festejarem junto com os lobos lá de cima, que jogam as migalhas pra a “torcida” aqui de baixo comer em cotas de ração e assistencialismo.

 

Esse é o “nosso” sistema atual, uns se alegram e riem dos feitos lucrativos por eles realizados, enquanto outros riem da sua própria maleza e pobreza generalizada.

 

Porque a pobreza não é simplesmente a falta de suprimentos ou escassez de víveres.

 

A verdadeira pobreza é a de nem sequer saber de onde se origina a sua fraqueza, qto mais pra reagir contra o ácido sócio-político que lhe corroe.

 

Essa é a pior das anestesias que o ser humano pode ser acometido, a de não saber se defender, por conta da dormência que lhe neutraliza as cavidades formativas, e mais ainda, as de natureza moral.

 

MANUEL Braz LOMES/2024_

ARROZ CHINÊS

 


ARROZ PLÁSTICO

 

Veja só: aí está a fábrica de arroz que o "Nove Dedos" quer empurrar, goela abaixo, no povo brasileiro...

Viu? O tal arroz não é plantado, é fabricado na China. Será que este arroz virá com uma nova cepa, paramatar mais gente?

Fique ligado... ARROZ SINTÉTICO, É UM PLÁSTICO, TRANSGÊNICO E MODIFICADO GENETICAMENTE? COM CERTEZA NÃO!!!

VÍDEOS...+03




 

VÍDEOS...+03




 

FATOS...01

SOCIÓLOGA NA SAÚDE...INCOMPETÊNCIA





 

terça-feira, 28 de maio de 2024

MENSAGENS...01



 

REFLEXÃO...01

 

https://www.instagram.com/reel/C7W5M1su0rf/?igsh=amdtMmw0eGY3dXU3

 

https://x.com/delegadozucco/status/1794393939283243514?s=48

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PISANDO O BRASIL

 

Plano da Nova Ordem Mundial para o Brasil e o Mundo.                 1ª FASE

 

Desarmar a população - *Feito*

 

Sequestrar a imprensa - *Feito*

 

Sequestrar a educação - *Feito*

 

Sequestrar a cultura - *feito*

 

Domar o executivo - *Feito*

 

Dominar o judiciário - *feito*

 

Dominar o legislativo - *Feito*

 

Chegar ao poder - *Feito*

 

2ª FASE

 

Dominar o Exército - *Feito*

 

Desmoralizar e desacreditar as FFAA - *Feito*

 

Aumentar a arrecadação Federal - *Feito*

 

Monitoramento das redes sociais - *Em andamento*

 

Calar opositores do governo - *Em andamento*

 

Criminalizar falas contra o governo - *Em andamento*

 

Doutrinar crianças e adolescentes nas escolas- *Em andamento*

 

Criar militantes nas faculdades - *Em andamento*

 

Empobrecer a população - *Em andamento*

 

Proteção judicial a privilegiados - *Em andamento*

 

Regulamentar as redes sociais - Projeto

 

Desapropriar e Estatizar o agronegócio - Projeto

 

Reverter processos de estatais privatizadas - Projeto

 

Estatizar empresas - Projeto

 

Desapropriar e estatizar moradias - Projeto

 

Descriminalizar roubos e furtos de pequeno valor-projeto

 

Descriminalização das drogas - Projeto

 

Legalização do aborto - Projeto

 

Controle absoluto sobre o processo eleitoral - Projeto

 

Perpetuar-se no poder - Projeto

 

3ª FASE

 

Desmoralizar e desacreditar as polícias Militar e Federal - Projeto

 

Criação de um Exército Nacional para o governo - Projeto

 

Criação de uma Exercito civil paralelo, Revolucionário - Projeto

 

Perseguição e diminuição de igrejas - Projeto

 

Criação de centros de militância - Projeto

 

Criação de um firewall para regular e controlar a internet - Projeto

 

Criação de cotas alimentares para as famílias - projeto

 

Criação de cotas de aquisição de bens privado - Projeto

 

Criação de moeda hj única para o Mercosul - Projeto

VÍDEOS...+03



CORRUPTOS SE ENTENDEM...

 

VÍDEOS...+03




 

FATOS...01

 






segunda-feira, 27 de maio de 2024

REFLEXÃO...03

 

 https://youtu.be/bSxytQYrVf8?si=W5z6m7mpvIzW8fla

 

https://iclnoticias.com.br/cronica-de-luis-fernando-verissimo/

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PRio Grande do Sul: a rebelião anti-estado chegou?

A tragédia no Rio Grande do Sul está iniciando um novo marco na história recente do Brasil, talvez estejamos assistindo, onze anos depois, uma nova versão do “não é pelos vinte centavos”. A lentidão, burocracia e ineficiência estatal está cada vez mais visível e o cidadão cada vez mais percebendo o quanto o Estado inchado é desnecessário.

 

Uma característica histórica do povo brasileiro é a sua visão de que o seu governante deve ser um norte moral da nação. Apesar de muito contestada, esta é uma herança do sistema monárquico brasileiro, sustentada propositalmente pelos militares, responsáveis pelo golpe de Estado que implantou a República em nosso país.

 

A República brasileira foi implantada por membros de um inexpressivo partido republicano e por um pequeno grupo de positivistas militares, que utilizaram de seu posto para mover tropas contra o Chefe do Gabinete de Ministros e contra Dom Pedro II. Nesta ocasião muitos dos soldados envolvidos não sabiam o real motivo de suas ações, mas estavam obedecendo ordens.

 

Dom Pedro II e Princesa Isabel, contavam com o apoio popular na casa de 85%. A família Imperial fora expulsa do país na calada da noite, por medo dos golpistas de enfrentarem uma revolta popular. Ao proclamarem a república, não tiveram a coragem de declarar abertamente suas intenções políticas e de organização do Estado brasileiro. Prometeram ao povo que seriam consultados para ele decidir qual o regime político seria adotado, deixando assim a possibilidade de retorno à Monarquia. Infelizmente, a promessa demorou 103 anos para ser cumprida e sabemos o final desta história.

 

 

Ao longo destes 103 anos, assistimos um regime falho, que alterou a organização do Estado no segundo reinado de uma aristocracia, ainda que falha, para uma oligarquia, caracterizada por um pequeno grupo de interesse ou lobby que controla as políticas sociais e econômicas em benefício de interesses próprios. Esses grupos monopolizam o mercado econômico, político e cultural de um país, mesmo sendo a democracia o sistema político vigente.

 

Ao longo de 135 anos de República, o Brasil já passou por diversos ditadores, constituições e Presidentes, mas os mesmos grupos e famílias oligárquicas permanecem no poder, sempre oferecendo uma migalha “democrática” do voto que, em um total de 513 deputados, o povo elegeu somente 28 diretamente pelo voto nas últimas eleições de 2022.

 

Este cenário, porém, vem mudando drasticamente na última década no Brasil, e isto traduz profundamente o que esta acontecendo no Rio Grande do Sul atualmente. O sistema republicano brasileiro sempre prezou pela imagem de governo forte, centralizador e que era a coluna de sustentação do povo, aquele sem o qual não seria possível a sobrevivência do cidadão comum. O brasileiro foi doutrinado a enxergar o Estado como um pai que lhe oferece tudo “de graça” e oferta todos os “direitos adquiridos” para o bem maior e proteção, afinal, o Estado só quer o bem de seu povo.

 

Este processo politico-retórico, foi amplamente utilizado pelos sub-grupos da oligarquia, como os sindicatos e a máquina estatal do funcionarismo público. Para aumentar o alcance desta propaganda e visão de nação, quase a totalidade de concessões de rádio e afiliadas de emissoras de televisão no Brasil foram concedidas para membros da oligarquia, em boa parte clãs familiares políticos.

 

Nos últimos dez anos, a tecnologia mudou drasticamente estes dois pontos de controle estatal. A tecnologia possibilitou a criação de diversos meios de trabalho antes inimagináveis, literalmente em todas as áreas. Médicos que antes tinham como aspiração trabalhar com carteira assinada em grandes hospitais, hoje atendem pacientes em qualquer lugar do mundo, de qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de um consultório fixo e ganham muito mais por isso. Um operário, tão usado pelos marxistas, não precisa mais da falsa luta de classes patrão-empregado, na qual os sindicatos eram os juízes e operadores políticos dos oligarcas. O operário percebeu que mesmo sem os “direitos adquiridos”, ele definia a sua carga de trabalho e conseguia ganhar muito mais, que seu esforço ditaria o seu ganho. Em suma, deu-se conta de que não precisava da tutela do Estado e da “proteção” da CLT.

 

Na outra ponta, as redes sociais retiraram o cabresto de boa parte da população no campo da informação, criando a possibilidade de diversos jornalistas independentes trabalharem sem a edição política das redações. A população virou uma massa de repórteres amadores com um simples celular e o trabalho de estabelecer uma narrativa central ficou bem mais difícil.

 

Como evolução natural deste processo, nos últimos anos começou a tornar-se comum, notícias de iniciativas populares, em que um grupo de cidadãos passaram a resolver os seus próprios problemas locais, sem esperar pelo poder público. Construindo pontes, pavimentando ruas e tantos outros exemplos.

 

 

Neste ano de 2024, estamos assistindo a uma das maiores tragédias de nossa história, até o momento classificada como desastre natural, mas com fortes indícios de negligência ou incapacidade estatal de evitar o desastre. O mundo está comovido com a situação do Rio Grande do Sul.

 

Diante do desastre e a emergência, o enorme e burocrático aparato estatal brasileiro mostrou-se lento no socorro nos primeiros dias de caos, levando a iniciativa privada e a população a tomar a frente e trabalhar para resolver o problema, mesmo que descoordenada, salvar milhares de vidas. Para isso, contou com a tecnologia para receber apoio direto de brasileiros de todos os lugares e de todas as formas, até mesmo localizando pelas redes sociais quem estava necessitando de resgate e operando com grupos de resgate locais.

 

Boa parte do trabalho foi realizada pela população civil, pela união do povo e o censo de caridade cristã, tão presente no brasileiro. Este cenário criou um grande problema para o poder público brasileiro: pois através das redes sociais, foi possível para as vítimas do desastre mostrarem a lentidão do gigante e burocrático Estado em resolver os problemas, e, da mesma forma, o restante da população perceber o quanto ela estaria desamparada pelo Estado em situação similar.

 

Não existe nada pior para o Estado do que a população perceber o quanto ele não é necessário, ao menos na proporção ao qual se vende. O povo do Rio Grande do Sul e brasileiros que se deslocaram para a região conseguiram criar meios de ação e diversas áreas: saúde, abrigos, alimentação, resgate e acredite, segurança pública. Em meio as enchentes, moradores criaram grupos armados para combater os grupos criminosos.

 

Para piorar a situação, a burocracia estatal, além de lenta, passou a atrapalhar o processo, com caminhões com doações sendo multados por não terem a Nota Fiscal das doações ou por estarem acima do limite do peso. Este caso que gerou o primeiro grande embate do poder público e das militâncias de redação contra o povo. Uma extensa campanha de lavagem cerebral foi iniciada, classificando toda e qualquer denúncia como fake News, que estão custando vidas. O governo, emite ordens de investigação e criminalização de cidadãos comuns por suas opiniões e ações de apoio à população.

 

A rede Globo de Televisão, faz coro à perseguição estatal, mas a cada falsa acusação, em menos de vinte quatro horas era desmentida. A situação do Estado tornou-se tão crítica, que passou a apelar por diversos meios a uma urgência para regular os meios de comunicação. Pois precisa, segundo a sua retórica, salvar vidas das pessoas contra as milícias digitais.

 

Indo além do desastre no Rio Grande do Sul, o governo, desde o primeiro dia de sua administração, está trabalhando para retirar a sua independência laboral, atuando de todas as formas acabar com o trabalho independente e voltar ao cabresto dos sindicatos e alimentar o leviatã faminto dos impostos. Para isso dá o nome de defesa dos direitos do trabalhador.

 

A verdade é justamente o inverso, o Estado brasileiro e o discurso populista do PT está sob escrutínio, mais do que isto, a oligarquia brasileira precisa salvar-se das mãos desacorrentadas do povo brasileiro. Como ousam sentirem-se livres do controle estatal e dos grupos de interesses que sempre cuidaram do povo?

 

O brasileiro, cada vez mais, está sentindo o ar da liberdade batendo em seu rosto, está gostando disto e assustando o Estado, que desesperado, tenta de todas as formas convencer a população do quanto é necessário, nem que para isso seja com uma chibata na mão e repressão. É preciso silenciar, reprimir e oferecer salvação, pois o povo não sabe o que quer, porque não ouve o que precisa saber, e meus caros… o povo está ouvindo e vendo o que precisa saber.

 

 

Paulo Henrique Araujo

Analista político, palestrante e escritor; é o fundador do portal PHVox e também apresenta os programas ao vivo em nosso canal do YouTube. É um estudioso da história brasileira, principalmente referente ao período colonial e monárquico, e da geopolítica latino-americana.

MENSAGENS...01