ÁRVORE:
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Michelle
Obama candidata, Trump corre risco?
O atual
Presidente dos EUA, Joe Biden, protagoniza desde as primeiras semanas de sua
administração, diversos casos de gafes e embaraços cognitivos. Aliado a estes
fatos, uma administração no mínimo temerária nas políticas externas acaba por
minar sua popularidade. Senil, despreparado e incompetente são descrições
comuns para o velho Joe. Estaria o partido democrata pronto para trocá-lo nas
eleições americanas deste ano?
Nos
últimos quatro anos, tornou-se hábito viralizar na internet cenas de Joe Biden
cometendo gafes, trocando nomes, caindo em público, sendo privado de contato
direto com a imprensa e até mesmo demonstrar estar desnorteado de onde está
naquele momento. Mas estes não são os únicos problemas, que já são bastante
preocupantes para o homem que ocupa o cargo mais importante do planeta.
Joe
Biden coloca a credibilidade dos EUA em risco, como parceiro estratégico no
campo militar para muitos países. Vamos relembrar alguns episódios?
Em
julho de 2021, a administração Biden, alterando o cronograma do pentágono e da
administração Trump, realizou uma desastrada retirada do exército americano do
Afeganistão. Além do caos e vidas perdidas, Biden estava de folga no chalé
oficial do Presidente, onde deixou líderes de nações aliadas completamente no
escuro. Boris Johnson, então primeiro-ministro do Reino Unido, ficou trinta e
seis horas sem contato com Biden no período, caso semelhante que aconteceu com
a Alemanha.
As
relações diplomáticas com Israel é mais um caso sério, inimigo político do primeiro-ministro
Benjamin Netanyahu, Biden trabalhou ativamente para minar o gabinete do líder
de Israel, chegando até mesmo a ocorrer trocas de acusações e recados via
twitter. O Partido das Sombras de George Soros, que possui grande influência
nos bastidores do partido democrata, atuou na linha de frente para fomentar a
crise popular em torno do judiciário de Israel, ao mesmo tempo que Biden
favorecia políticas de acordos atômicos com o Irã.
A lista
é grande e ainda envolve Colômbia, Venezuela, Filipinas, Brasil, Taiwan e
muitos outros.
Internamente,
Joe Biden não conseguiu entregar as promessas progressistas de sua agenda
verde, enfurecendo o eleitorado jovem, além de um aumento significativo da
imigração ilegal, conforme a ineficiência de sua vice, Kamala Harris, em lidar
com a questão a qual foi incumbida.
Com
este cenário alarmante e com a popularidade de Donald Trump sendo reconstruído
ao mesmo tempo, desde meados de 2023, o nome da ex-primeira-dama Michelle Obama
surge como uma possível candidata democrata em substituição a Joe Biden. A
questão vem sendo ventilada não somente pela mídia, mas tem ganhado coro nos
corredores do partido democrata e da Casa Branca.
Os boatos tiveram tanto coro, que em março
deste ano, o gabinete responsável por sua imagem pública, por meio de Crystal
Carson, diretora de comunicação, declarou: “Como a ex-primeira-dama Michelle
Obama expressou várias vezes ao longo dos anos, ela não será candidata à
presidência. Obama apoia a campanha de reeleição do presidente Joe Biden e da
vice-presidente Kamala Harris”.
Em
2023, Michelle Obama, em uma entrevista à Oprah Winfrey disse: “Política é
difícil, e as pessoas que entram nisso… você tem que querer. Tem que estar na
sua alma, porque é muito importante. Não está na minha alma”.
Em
março deste ano, uma pesquisa da Rasmussen Reports colocou Michelle Obama como
a escolha principal dos democratas para substituir Biden. A pesquisa destacou
que 48% dos democratas apoiam a busca por um novo candidato para representar o
partido, com Michelle Obama liderando as preferências com 20% de aprovação, à
frente de outros potenciais candidatos como o governador da Califórnia Gavin
Newsom, a governadora de Michigan Gretchen Whitmer e a vice-presidente Kamala
Harris.
Na
última semana, um novo boato sobre uma possível candidatura da Sra Obama ganhou
força, desta vez a partir de uma reportagem da tradicional Der Spiegel da
Alemanha. Segundo a publicação, neste verão, o presidente Joe Biden pode
considerar sair da corrida presidencial em favor de endossar Michelle Obama. O
Partido Democrata dos EUA está considerando a possibilidade de Biden anunciar
sua decisão em agosto de 2024 em uma convenção do partido em Chicago, reduto
eleitoral da família Obama.
As
especulações em torno de Michelle Obama tem sido cada vez mais frequentes, ao
passo que nomes como o de Hillary Clinton não são sequer cogitados no cenário
atual. Fato é que, Michelle Obama como candidata representa um grande risco
para Donald Trump, e estas especulações midiáticas, apesar das negativas da
Sra. Obama, podem ser balões de ensaio de sua popularidade para uma tomada de
decisão.
Esta
não seria a primeira vez que Joe Biden seria passado para trás por Barack
Obama, tendo em vista que nas eleições de 2016, ele mostrou-se profundamente
magoado com o então presidente, que endossou a candidatura de Hillary Clinton e
não a sua.
Paulo
Henrique Araújo
Analista
político, palestrante e escritor; é o fundador do portal PHVox e também
apresenta os programas ao vivo em nosso canal do YouTube. É um estudioso da
história brasileira, principalmente referente ao período colonial e monárquico,
e da geopolítica latino-americana. Paulo Henrique Araujo também é lembrado por
ser uma voz ativa no movimento histórico monarquista brasileiro.
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