segunda-feira, 29 de julho de 2024

A COR AZUL...

 

A COR AZUL...

Por que a cor azul é tão rara na natureza? A ciência explica https://www.terra.com.br/amp/story/byte/por-que-a-cor-azul-e-tao-rara-na-natureza-a-ciencia-explica,d048ca46c015be645bdf7f8ebb561e68e2a754o7.html

 

Na Grécia Antiga, o ‘azul’ simplesmente não existia. Por quê?

Assunto já foi debatido por alguns historiadores, linguistas e até neurocientistas; entenda o que esses especialistas dizem sobre o tema.

Por Bob Furuya, editado por Bruno Capozzi  02/06/2024  atualizada ...

Por que o céu é azul?

Pesquisadores que se debruçaram sobre textos antigos perceberam um fato curioso: os autores, mesmo aqueles adeptos da literatura descritiva, não usavam a palavra azul.

 

Em “A Odisseia”, por exemplo, Homero afirma que o mar da Grécia Antiga era “escuro como o vinho”. Em “A Ilíada”, o mesmo poeta grego declarou que o céu tem “cor de bronze”.

 

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Esse padrão se repete em outras civilizações. Um filósofo alemão chamado Lazarus Geiger estudou sagas islandesas, o Alcorão, antigas histórias chinesas, uma versão da Bíblia em hebraico e até hinos védicos hindus. O que todos têm em comum? A ausência da palavra azul.

 

Agora, será que isso quer dizer que as civilizações antigas não conseguiam enxergar a cor azul? Ou será que havia alguma proibição em torno dessa palavra?

 

Entenda a seguir algumas possibilidades com as quais os especialistas trabalham.

O poeta grego Homero não utilizou a palavra azul em seus textos clássicos –

A palavra nem existia direito.

A questão não é exatamente sobre se elas enxergavam ou não.

Os historiadores identificaram um padrão sobre cores nesses textos antigos.

Muitos falavam em preto e branco, ou escuro e claro.

Depois, a cor mais citada era o vermelho, para fazer referência ao sangue e ao vinho.

Na sequência apareciam o verde e o amarelo, mas quase nunca o azul.

E a hipótese com a qual alguns estudiosos trabalham é que os antigos não sabiam descrever bem o que estavam vendo.

A ponto de, um tempo depois, criarem uma palavra para isso.

No latim, o azul, que não era bem azul, era chamado de caeruleus.

O que seria uma espécie de cerúleo, uma referência ao céu.

Além, disso, pensando friamente, a natureza tem poucas coisas azuis.

Ok, o céu e o mar são abundantes, mas não temos tantos animais azuis, nem olhos azuis, nem mesmo flores azuis naturais.

Ou seja, para que criar uma palavra para algo que seria relativamente pouco utilizado?

 

A brasileira arara-azul é um dos poucos animais na natureza com essa coloração.

Cérebro condicionado

Outra teoria diz que a gente não consegue falar sobre algo que não conhecemos.

 

Recentemente, um grupo de cientistas realizou um experimento com uma tribo da Namíbia que também não possui a palavra azul em sua linguagem.

Colocaram diante de alguns integrantes 11 quadrados verdes e um azul e, para a surpresa dos especialistas, eles não foram capazes de diferenciar as duas cores.

 

Jules Davidoff, pesquisador que realizou a experiência, acredita que quando não existe uma palavra para uma cor em um idioma, é muito mais difícil percebê-la.

 

Ainda falando sobre neuropsicologia cognitiva, um linguista israelense chamado Guy Deutscher fez um teste com a própria filha, Alma.

 

Quando ela era uma criança muito pequena, ele a ensinou as cores, mas não disse que o céu era azul. Quando, então, foram para a rua, o linguista pediu à filha que dissesse a cor do que estava vendo lá em cima. A resposta da menina foi: branco.

 

Segundo ele, nossa resposta natural de que o céu é azul é algo condicionado. E faz todo sentido que as antigas nem tenham criado uma palavra para tal.

 

As informações são do History Channel.

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