Vegetais comestíveis
Murici
Murici
Existem várias espécies de murici distribuídas em todo o
continente brasileiro
De origem brasileira, o murici pertence ao gênero Byrsonima
e à família Malpighiaceae, mesma família da acerola. Estima-se que o gênero Byrsonima
tenha mais de 200 espécies, sendo que 100 delas estão distribuídas pelo país,
nos estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Pará, Paraná, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal, com a maioria
podendo ser encontrada na região amazônica. De acordo com suas variedades, as
espécies de murici distinguem-se por suas cores e locais de ocorrência, sendo
conhecidas como mirici, muricizinho, orelha-de-burro, douradinha-falsa,
orelha-de-viado, murici-amarelo, murici-branco, murici-vermelho,
murici-de-flor-branca, murici-de-flor-vermelha, murici-da-chapada,
murici-da-mata, murici-da-serra, murici-das-capoeiras, murici-do-campo,
murici-do-brejo e murici-da-praia.
Na região Nordeste o murici é amplamente comercializado, e
em termos comerciais pode ser comparado à pitomba, caju e jambo. Muitas
pessoas, principalmente a população carente, utiliza a polpa dessa fruta
misturada à farinha, resultando em um prato calórico e nutritivo. A polpa
também é muito utilizada na preparação de doces, sorvetes e licores.
O muricizeiro pode ser considerado uma árvore ornamental,
por florescer e frutificar durante o ano todo.
No cerrado, a árvore do murici pode atingir até 4 metros de
altura, com folhas grandes e pilosas (para proteger as gemas apicais da ação do
fogo). Com sabor forte e agridoce, é consumido in natura e na preparação de
sorvetes, licores e doces. Seus frutos também são muito utilizados para
aromatizar e amaciar a cachaça, por possuírem sabor e aroma peculiares e
intensos.
A madeira da árvore do murici-do-cerrado pode ser empregada
na construção civil e também na confecção de móveis de luxo, por ser de cor
avermelhada ou amarelada, acetinada e brilhante.
Em algumas regiões do país as folhas do murici são
utilizadas na medicina caseira, no combate à tosse e bronquite, e ainda como
laxante. As folhas também são consumidas pelo gado, o que lhe confere grande
potencial forrageiro. A casca da árvore serve como antitérmico, e por ser
adstringente, pode ser utilizada em curtumes. Da casca também se extrai um
corante preto empregado na indústria de tecidos.
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