Os
Ratos
Os
Ratos
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Autor(es)
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Idioma
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Português
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País
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Gênero
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Romance
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Lançamento
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1935
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Os Ratos é um romance do escritor Dyonélio Machado, publicado em 1935, considerado o mais
importante do autor.[1]
O livro nasceu de um pedido do escritor Erico Verissimo (1905 -
1975) para participar de um concurso literário.[2] Narra um dia na vida de um funcionário público, Naziazeno Barbosa, um cidadão comum que acorda com um sério problema: o leiteiro ameaça
cortar-lhe o fornecimento de leite caso ele não pague, na manhã seguinte, a
dívida de 53 mil réis. Durante todo o dia, Naziazeno perambula pelo Colégio centro de Porto Alegre em busca de
algum dinheiro para saldar a dívida. A trama se passa em aproximadamente vinte e quatro horas e descreve
detalhadamente as perspectivas, angústias, esperanças e
desilusões do personagem durante este tempo.[nota 1]
É por meio do personagem Naziazeno que Dyonélio Machado transmite sua
crítica à sociedade, dominada pela influência do
dinheiro, ao mostrar de forma angustiante um drama urbano de incomum
verossimilhança com uma parcela da população, à mercê de dívidas, sendo assim
obrigados a recorrer a empréstimos e agiotas .
Dyonélio também critica a ineficiência das instituições públicas
brasileiras. Em uma passagem da obra, é mencionado que Naziazeno, funcionário
público da Divisão de Levantamento de Faturas, não hesita em deixar pelo menos
dez meses atrasadas, argumentando que não é um serviço que precisa estar em
dia.
Os Ratos é, aparentemente, uma trama simples, trivial.
No entanto, a obra relata muito mais que a história de um homem e sua dívida,
ao exibir uma crítica social sutil, mas eficiente. Este é o grande feito do
livro - induzir à reflexão.
Os Ratos tornou-se uma das obras mais influentes da
segunda geração do modernismo no Brasil, e recebeu o prêmio Machado de
Assis da Academia Brasileira
de Letras. Foi escrito no momento em que se projetava no país a prosa
regionalista, de ambientação rural. Segundo a crítica de José Paulo Paes, Dyonélio
Machado "se demora na reconstituição minuciosa das pequenas misérias e
frustrações do cotidiano".
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