sábado, 26 de outubro de 2019

OS RATOS


Os Ratos

Os Ratos
Autor(es)
Idioma
Português
País
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/05/Flag_of_Brazil.svg/22px-Flag_of_Brazil.svg.png Brasil
Gênero
Romance
Lançamento
1935

Os Ratos é um romance do escritor Dyonélio Machado, publicado em 1935, considerado o mais importante do autor.[1]
O livro nasceu de um pedido do escritor Erico Verissimo (1905 - 1975) para participar de um concurso literário.[2] Narra um dia na vida de um funcionário público, Naziazeno Barbosa, um cidadão comum que acorda com um sério problema: o leiteiro ameaça cortar-lhe o fornecimento de leite caso ele não pague, na manhã seguinte, a dívida de 53 mil réis. Durante todo o dia, Naziazeno perambula pelo Colégio centro de Porto Alegre em busca de algum dinheiro para saldar a dívida. A trama se passa em aproximadamente vinte e quatro horas e descreve detalhadamente as perspectivas, angústias, esperanças e desilusões do personagem durante este tempo.[nota 1]
É por meio do personagem Naziazeno que Dyonélio Machado transmite sua crítica à sociedade, dominada pela influência do dinheiro, ao mostrar de forma angustiante um drama urbano de incomum verossimilhança com uma parcela da população, à mercê de dívidas, sendo assim obrigados a recorrer a empréstimos e agiotas .
Dyonélio também critica a ineficiência das instituições públicas brasileiras. Em uma passagem da obra, é mencionado que Naziazeno, funcionário público da Divisão de Levantamento de Faturas, não hesita em deixar pelo menos dez meses atrasadas, argumentando que não é um serviço que precisa estar em dia.
Os Ratos é, aparentemente, uma trama simples, trivial. No entanto, a obra relata muito mais que a história de um homem e sua dívida, ao exibir uma crítica social sutil, mas eficiente. Este é o grande feito do livro - induzir à reflexão.
Os Ratos tornou-se uma das obras mais influentes da segunda geração do modernismo no Brasil, e recebeu o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras. Foi escrito no momento em que se projetava no país a prosa regionalista, de ambientação rural. Segundo a crítica de José Paulo Paes, Dyonélio Machado "se demora na reconstituição minuciosa das pequenas misérias e frustrações do cotidiano".

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