segunda-feira, 10 de março de 2025

ESTUDO...02

 

APOCALIPSE 13 – COMENTADO POR ROSANA BARROS by Ivan Barros

03 de outubro de 2018.

 

“Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à espada. Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos” (v.10).

 

Ontem estudamos sobre o grande conflito que começou no Céu e se estendeu para a Terra, quando Satanás lançaria a sua ira contra a igreja de Deus. O capítulo treze apresenta os dois poderes que, aliados ao dragão, irão se unir com o objetivo de dizimar o povo de Deus da Terra. Besta ou animal, em profecia, significa “reino ou poder” (Dn.7:17). Portanto, a besta que emerge do mar e a besta que emerge da terra são dois poderes diferentes, mas que, unidos, se tornarão potencialmente perigosos, principalmente no desfecho da história deste mundo.

Existe uma associação inconfundível entre este capítulo e Daniel capítulo sete. Ambos apresentam uma sequência de animais e destacam a figura de uma besta ou animal “terrível e espantoso” (Dn.7:7). Esses animais, na sequência da profecia de Daniel, bem como na estátua do sonho do rei Nabucodonosor, representam, respectivamente: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Mas de todos estes impérios, o último, descrito como um animal medonho deixaria registrado na história um reinado de medo e descaso para com a Palavra de Deus. João, por sua vez, viu uma besta que saiu do mar. Ou seja, uma besta que surgiria de “povos, multidões, nações e línguas” (Ap.17:15). Observem que João apresenta um regresso histórico, uma ordem contrária dos animais citados por Daniel (v.2), corroborando com o fiel cumprimento da profecia referente aos reinos que já haviam passado.

 

Findo o período da supremacia política dos impérios, Roma passou a reger as nações através do poder político e religioso do papa. Considerado líder supremo, o pontífice tornou-se a figura mais importante do globo e sua palavra passou a ter vigor em todas as esferas da sociedade. Existem diversas semelhanças entre o chifre pequeno da profecia de Daniel e a besta que emerge do mar. Ambos, portanto, representam o mesmo poder: Roma Papal. Vimos que este tempo de apogeu duraram “quarenta e dois meses” (v.5), 1260 anos, tendo o seu fim em 1798 com a prisão do papa Pio VI. A profecia apresenta, porém, um período no futuro em que este poder recobrará as suas forças, quando diz: “essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta” (v.3). Ou seja, Roma Papal reassumirá o controle do poder civil e religioso e revelará ao mundo um discurso que atrairá multidões, “aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (v.8). Será que o cenário mundial atual já não revela indícios suficientes de que esta profecia já está se cumprindo?

 

A besta que surge da terra, ao contrário de mar, representa um poder que surge de um lugar deserto ou pouco povoado. Fugindo da perseguição, muitos cristãos desbravaram os mares à procura de viver com liberdade a sua crença. Foi assim que surgiu os Estados Unidos da América, com seus ideais protestantes de liberdade civil e religiosa. Como os “dois cifres” não possuem coroas ou diademas como na descrição da besta anterior, eles não se referem a reinos, mas podem se referir a esses dois ideais de liberdade, já que parece um cordeiro, isto é, aparenta ser uma nação cristã, mas que no fim revelará a sua verdadeira face, “como dragão” (v.11). Há alguns anos, seria impossível fazer qualquer ligação ou conexão entre a nação norte-americana e o Vaticano. Hoje, vemos que as relações estão cada vez mais estreitas e que as portas estão sendo abertas para um diálogo cada vez mais amistoso e uma associação cada vez mais íntima.

 

A besta que sobe do mar representa as duas fases de Roma: pagã e papal. Partindo do princípio de que ela emerge do meio de povos e nações, as sete cabeças representam os seguintes reinos: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma pagã e Roma Papal; os povos que representam os piores inimigos do povo de Deus ao longo da história. A profecia indica que Roma adquiriu características peculiares de alguns desses povos: da Grécia (leopardo) a semelhança no sistema religioso de culto a imagens e invocação de santos; da Medo-Pérsia (urso), a instituição do domingo como dia de guarda. Os persas dedicavam o primeiro dia da semana como um dia de culto ao deus Sol; e da Babilônia (leão), Roma copiou a soberba, o orgulho e o descaso para com a Lei de Deus (Is.13:11; Is.14:10-14).

O início da cura da ferida mortal se deu no ano de 1929, quando Benito Mussolini assinou uma concordata concedendo ao papado 44 hectares de terra, que, mais tarde, se tornaria o menor país do mundo, o Estado do Vaticano. A partir daí, os pontífices voltaram a ter um prestígio que só vem crescendo, e a nação norte-americana aclamada como grande potência mundial, mostrando que caminha para dar as mãos à primeira besta. Logo, nos será tolhida a liberdade de crença, a liberdade econômica (v.17) e até o direito fundamental de ir e vir. A necessidade atual é de cristãos que reconheçam a sua incapacidade de enfrentar a grande prova final e, como Jacó, agarrem-se firmemente à destra da Onipotência até que do alto sejam revestidos de poder.

A compreensão dos símbolos de Apocalipse não pode ser maior do que o desejo por conhecer Aquele que este livro revela: Jesus Cristo. A grande controvérsia final é uma guerra entre verdadeiros adoradores e falsos adoradores, e “o número da besta” (v.18) é uma representação da falsa adoração. Enquanto o número sete significa perfeição e aponta para o Criador, o número seis é considerado número de homem e na antiga Babilônia era usado para definir a hierarquia das divindades pagãs (6 = deus menor; 60 = deus maior; 600 = todos os deuses). Portanto, o número da besta não aponta simplesmente para um indivíduo, mas para um sistema de falsa adoração.

Lembrem-se, amados: “Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Ap.1:3).

Bom dia, verdadeiros adoradores!

Rosana Garcia Barros

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