As questões de gênero não são “menores”, como defenderam alguns críticos da pergunta que abordou o Pajubá, dialeto consolidado pela comunidade LGBTQ+, no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano (realizado no dia 4 de novembro; no domingo 11 ocorre o segundo dia de provas). As questões de gênero são cotidianas e urgentes para discutir diversidade e direitos civis num país em que casamentos homoafetivos cresceram 45% em quatro anos, de acordo com as Estatísticas do Registro Civil do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse ritmo de crescimento tende a aumentar diante do temor de que um governo conservador iminente possa vir a defender retrocessos em decisões recentes da Justiça que legitimam esse direito.
Por quê? Vamos lá: não somos uma nação que discute dialetos na fila do pão. Tampouco linguagens LGBTQ+ são atualmente consideradas em conteúdos didáticos com naturalidade. A abordagem do Pajubá na prova do Enem 2018, por mais que seja uma forma legítima de tratar a diversidade cultural, linguística e de gênero, é também uma imensa brecha para o discurso conservador bradar que a “ideologia de gênero” está se enraizando nas instituições de ensino. Pensar que neste momento pudesse ser diferente até beira a inocência.
*Giulliana Bianconi é jornalista e codiretora da Gênero e Número
- NADA JUSTIFICA. NÃO FAZ PARTE DO CURRÍCULO.
- PRECISAMOS APRIMORAR NOSSO IDIOMA.
- CRIAR UM DIALETO. SOMOS VÁRIOS BRASIS.
- COM A INCORPORAÇÃO DOS IMIGRANTES.
- NÃO EXISTE DESCULPAS. PREJUDICOU OS ALUNOS
- QUE JÁ LUTAM 03 ANOS NO COLEGIAL.
- IREMOS TAMBÉM INCORPORAR OS TREJEITOS?
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