7a. Parte UNIVERSO
Qual é a origem do universo? Surgiu
espontaneamente? É resultado de uma mega explosão? É fruto de uma evolução de
milhões e milhões de anos? Ou foi criado? É evidente que o universo é formado
de matéria e energia, e matéria e energia não criam a si mesmas. Também é
sabido que o universo é governado por leis e leis não estabelecem a si mesmas.
Fica a pergunta: De onde veio a matéria? Quem estabeleceu as leis que governam
o universo? O livro de Gênesis nos oferece resposta a estas perguntas. Destacaremos
três verdades preciosas pontuadas no início do livro dos inícios:
Em primeiro lugar, Deus, o Pai é a fonte de todas
as coisas (Gn 1.1). “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Este texto
deita por terra a ideia de que a matéria é eterna. Também refuta o ateísmo, o
panteísmo, o politeísmo e o evolucionismo. O universo teve um começo, porque
antes do começo só Deus existia. Só Deus é eterno. O universo não foi criado,
no princípio, de matéria preexistente. Deus trouxe à existência o que não existia.
Do nada, ele tudo fez. Deus trouxe à existência a terra e os céus. Todos os
mundos estelares foram criados. Todo este vasto universo, com mais de noventa e
três bilhões de anos-luz de diâmetro tem o próprio Deus como sua única fonte.
Em segundo lugar, Deus, o Espírito Santo é o
energizador de todas as coisas (Gn 1.2). “A terra, porém, estava sem forma e
vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por
sobre as águas”. Há alguns estudiosos que tentam ver neste versículo um hiato
de tempo entre a criação original e o aparente caos aqui descrito. Os
defensores dessa teoria do hiato tentam encaixar nesse período a queda no mundo
angelical. Porém, a teoria do hiato é uma tentativa de conciliar o registro da
criação com o evolucionismo, afim de justificar que a terra é muito mais antiga
que a raça humana. O texto, porém, não nos permite essa interpretação. A
narrativa da criação em Gênesis 1 fala sobre as etapas pelas quais Deus trouxe
forma à terra informe e seres vivos à terra vazia. Não há contradição entre o
registro do versículo 2 com a narrativa da criação inicial do versículo 1. A
criação inicial (versículo 1 e 2) não estava completa, como se constata no
final do sexto dia da criação. Ela foi sendo realizada em etapas. Poderíamos
então traduzir os dois primeiros versículos assim: “No princípio Deus criou o
espaço e a matéria, e a matéria criada era inicialmente sem forma e inabitada”.
O Espírito Santo pairava sobre as águas, energizando a obra criada, trazendo
vida à criação de Deus. Isso está de acordo com o que diz a Escritura: “Envias
o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra” (Sl
104.30).
Em terceiro lugar, Deus, o Filho é o revelador de
todas as coisas (Gn 1.3). “Disse Deus: Haja luz; e houve luz”. Deus criou por
meio de sua Palavra. A Palavra é o Verbo e o Verbo fala da ação divina, como
diz o apóstolo João: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem
ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). O Deus Filho é o agente da
criação. Foi por meio dele que Deus fez o universo (Hb 1.2). O apóstolo Paulo
diz: “Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados,
quer potestades. “Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Cl 1.16). O mesmo
que trouxe luz das trevas, é aquele que resplandece em nosso coração, para
iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo (2Co 4.6).
Jesus é o Verbo divino, que se fez carne (Jo 1.1,14). Ele é a luz do mundo (Jo
8.12), em quem não há treva nenhuma (1Jo 1.5). Ele trouxe luz ao universo na
criação e traz luz aos que são regenerados para uma vida esperança.
Rev. Hernandes Dias Lopes
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