De acordo com pesquisadores, de 70% a 88% dos adolescentes
cristãos deixam a igreja no segundo ano de faculdade. Isso mesmo. O
cristianismo norte-americano moderno tem uma taxa de falha de oito (quase nove)
em dez, quando se trata de criar filhos que continuem na fé.
Embora sejam assustadores, esses números não deveriam nos
surpreender. Nos últimos anos, muitos pesquisadores têm descoberto que, em sua
esmagadora maioria, nossos adolescentes que ainda frequentam a igreja e se
identificam como cristãos têm um conjunto de crenças que contradizem ou
desmentem suas declarações.
O pesquisador George Barna, por exemplo, descobriu que 85%
dos "adolescentes nascidos de novo" não acreditam na existência de
uma verdade absoluta. Mais de 60% concordaram com a afirmativa de que "não
se pode saber nada com certeza, exceto as coisas que você experimenta em sua
própria vida". Mais da metade dos pesquisados acreditava que Jesus pecou
durante sua vida terrena!
Como resultado, Smith e seu grupo de pesquisa descobriram
que "a maioria dos adolescentes americanos, pelo contrário, parece
sustentar visões abrangentes, pluralistas e individualistas sobre verdade
religiosa, símbolos de identidade e necessidade de ir à igreja". Em outras
palavras, a cultura do humanismo secular parece ter cooptado os adolescentes
cristãos americanos.
Portanto, não devemos nos surpreender com jovens deixando a
igreja aos montes. Por que alguém permaneceria fiel a uma organização da qual
discorda amplamente? Como alguém permaneceria fiel a um sistema de crenças que
é relegado à periferia de sua vida? O problema não é que esses filhos estejam
abandonando o cristianismo. O problema que a maioria deles, na verdade, não é
cristã! A partir disso seu abandono faz total sentido. O apóstolo João
expressou isso melhor:
Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos;
porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles
se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. (1 João
2.19)
Percebo ter acabado de abrir uma caixa de Pandora, mas essa
caixa precisava ser aberta. E se os pais cristãos estiverem levando a vida,
convencidos de que seus filhos são regenerados, quando, na verdade, não o são?
E se nossos filhos e filhas estiverem apenas seguindo a corrente, enquanto
passam a vida como bodes entre ovelhas ou joio em meio ao trigo? E se aquela
criança de quatro ou cinco anos que batizamos porque foi capaz de encarar a
congregação e repetir as palavras "Jesus mora no meu coração" estava
apenas o que foi condicionada a dizer?
Lembramos que temos livros em nossa livraria que abordam
assuntos como esse voltado a jovens e aos pais como o livro "Família
Guiada Pela Fé - Voddie Baucham Jr."
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