Penitência
não é isso!
Acho
muito curioso esse tipo de penitencia em que a pessoa se priva por quarenta
dias de alguma coisa para depois se esbaldar da mesma quando chega a Pascoa.
Penitencia não e isso! E um modo de adquirir hábitos mais saudáveis para a
nossa vida espiritual e nos desintoxicarmos daquilo que Ihe e nocivo.
Por
exemplo, se eu deixo de tomar refrigerantes, seria muito bom que isso fosse
tornasse incorporado como um habito. O mesmo vale para o comer menos, para o
consumo de coisas que não são verdadeiramente nutritivas, mas que agradam
apenas ao paladar.
E
obvio que penitencia tem a ver com sacrifício, com privação. Inclusive, S.
Inácio de Loyola diz que não há verdadeira penitencia senão quando nos privamos
das coisas que são licitas e agradáveis, em favor daqueles que nos custam mais.
Dá-me
pena ver pessoas que, além de escolherem penitencias pífias (como não comer
chocolate, por exemplo), ainda acham isso tão demasiado que se sentem obrigadas
a interrompe-la mal rompa a madrugada de domingo (soube de casos em que os
fulanos esperavam ansiosamente rasgar a meia-noite de sábado para domingo para
se refestelarem emocionadamente com uma barrinha de chokito)-que escravidão
maldita!
Se
e certo que nos tempos de penitencia temos que nos empenhar na renuncia de
muitas coisas agradáveis que, fora desses tempos, usamos sem crise de
consciência, isso nos serve para que adquiramos o habito da moderação.
Caso
contrario, a penitencia será apenas um exercício estético-ascético para nos
sentirmos muito quites com Deus, quando, na verdade, somos apenas crianças
mimadas se privando momentaneamente de um pirulito que bate-bate.
Pe.
José Eduardo
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