- Os Alicerces da Experiência Conjugal 4ª.Parte
"Venerado seja entre todos o matrimônio e o
leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros, Deus os
julgará" - Hebreus 13.4
Texto Bíblico Básico: Cantares 8.5-7,13,14
I Coríntios 13.4-8a
PORQUE DEUS CRIOU O CASAMENTO
Você sabe qual o objetivo principal do casamento?
Em vários países ocidentais cerca de metade de todos os casamentos termina em
divórcio. Isso por si só sugere que a maioria dos casais não sabe por que
existe a instituição do casamento. Ainda pior, eles não sabem o seu objetivo
fundamental.
Quantas vezes você já ouviu homens e mulheres
falando sobre seus casamentos de maneira desdenhosa? Alguns expressam seus
pensamentos e sentimentos sobre o casamento em tom de humor, dúvidas ou
insinuações sexuais.
Por que eles se referem ao casamento dessa maneira?
Por que alguns casamentos começam em estado de extrema felicidade e terminam de
forma triste e lastimável? Por que um homem e uma mulher encaram a cerimônia de
casamento como um ato que define suas vidas e depois acabam fazendo piadas
sobre isso e desprezando-o?
Gerson Proença, nosso leitor, e sua esposa, Elaine
Proença, 25 anos de casados recém -
completados!
O casamento foi instituído por Deus desde o início
quando, em Gênesis, nós lemos que Ele uniu Adão e Eva, pois os dois deveriam
ser como uma só carne. O casamento é muito mais do que apenas uma assinatura
num papel e uma cerimônia bonita; o seu propósito é bem maior e, neste artigo,
vamos ver 10 desígnios que Deus dá ao casamento.
1. Tipificação da união de Cristo e da Igreja
A união que surge quando dois se tornam um, no
casamento, é um exemplo de como Jesus Cristo e a "Noiva" (que
simboliza a igreja de Cristo) se tornam um no Reino de Deus. No casamento deve
existir harmonia e a prioridade de cada um deve ser sempre a felicidade dos
dois. Deixa de existir o "eu" e "você" e passa a existir
apenas um "nós".
2. Ser um reflexo da união da divindade
Nós fomos criados à imagem e semelhança da
divindade. A união do casal deve ser um reflexo da forma como Deus, Jesus
Cristo e o Espírito Santo são um no seu propósito. A harmonia deve ser total e,
por isso, o foco do casal deve ser esse amor que os une. Quando um casal está
unido então todas as tempestades poderão ser bem mais fáceis de ultrapassar.
3. Encher a terra com a Sua glória
Quando o Senhor diz a Adão e Eva para se
multiplicarem isto significa que eles, dessa união, deverão formar uma família
e criar uma geração temente a Deus. Ele também deu o mandamento de não serem
preguiçosos mas, sim, trabalharem e darem bom fruto com esse trabalho.
4. Encontrar apoio espiritual
Em mais nenhum lugar no mundo nós poderemos
encontrar maior conforto espiritual do que no seio da nossa família. A função
do homem e da mulher é de, quando casados, darem apoio um ao outro; quando um
está mais em baixo será a função do outro ajudá-lo a erguer. A nossa força
espiritual cresce muito mais quando estamos casados e, principalmente, quando
uma família é unida nesse propósito.,
5. Encorajar uns aos outros na sua vocação
Marido e mulher têm a oportunidade de serem a
principal pessoa com o foco de encorajar e apoiar o cônjuge na sua vocação e
até ocupação. Mais do que em qualquer outro lado, o encorajamento dado pela
pessoa que amamos é capaz de fazer milagres no ânimo e na força de quem está
desanimando na sua vocação ou no trabalho.
6. Companheirismo para toda uma vida
Quando duas pessoas se amam e se unem, perante
Deus, no casamento, elas se tornam um. Elas tornam-se companheiras para a vida
e terão a oportunidade de ter sempre alguém com quem partilhar as tristezas
mas, também, todas as alegrias. A solidão não deve existir quando duas pessoas
se amam.
7. Tornar-se mais como Jesus Cristo é
Todos nós temos fraquezas; como se costuma dizer –
nós somos como um diamante bruto. Para um diamante se tornar aquela pedra
bonita e preciosa ele necessita passar por calor intenso, grande pressão e um
polimento bem rigoroso para que todas as arestas fiquem refinadas. Sozinhos,
polir as nossas arestas, é muito complicado tornar as nossas fraquezas em algo
bom, mas quando este trabalho de aperfeiçoamento é feito a dois então tudo é
possível.
8. Aprender a amar de forma incondicional
Quando servimos os nossos cônjuges e filhos nós
aprendemos, diariamente, a colocar as necessidades de quem amamos acima das
nossas próprias necessidades. Aprendemos a servir sem esperar algo em troca e,
com o nosso exemplo e serviço, vamos mostrar o que é amar como o Senhor nos
ama. Aprendemos, também, que amor é mais do que palavras mas, sim, ações e atos
de serviço.
9. O propósito do casal
Todos nós temos um propósito individual, ou uma
missão. Deus também dá uma missão ao casal que une o propósito individual do
homem e da mulher. Desta forma, Ele permite que ambos cresçam com essa união e
possam alcançar todo o seu potencial.
10. Complementaridade
O propósito desta união sagrada não é completar o
que falta a cada um. Esta união serve para que cada um, com as suas fraquezas e
virtudes, possa trazer algo valioso para o casamento e, juntos, vão criar algo
belo e que irá durar para todo o sempre. O casamento não nos completa, mas
complementa, acrescenta algo ao que já temos e, com isso, nos permite crescer
ainda mais.
OS PILARES DO CASAMENTO
O PILAR DA FIDELIDADE
Rosangela, nossa leitora e Alberto Sant´Anna, seu
esposo
Fidelidade Conjugal: manancial recluso, fonte
selada (Ct 4.12). O casamento nasceu no céu, e não na terra; nasceu no coração
de Deus, e não no coração do homem. Deus é o idealizador, o arquiteto, o
edificador, o protetor e o galardoador do casamento. O casamento foi a primeira
instituição divina. O casamento é anterior ao Estado e à própria Igreja. O
casamento, embora não seja um sacramento, é uma aliança de amor e um
compromisso de fidelidade, onde Deus se apresenta como a suprema testemunha. O
mesmo Deus que instituiu o casamento estabeleceu princípios claros para
conduzi-lo à felicidade. Os mandamentos de Deus não são penosos. Eles não foram
dados para nos tirar a liberdade nem para nos roubar a alegria. Só somos livres
na medida em que obedecemos a Deus. Um pianista só arranca do piano acordes
sonoros quando toca de acordo com as notas musicais. Quando cumprimos as leis
de Deus, somos livres, e não escravos. Agostinho disse que, quanto mais
escravos de Cristo nós somos, mais livres nos sentimos. Quando obedecemos aos
princípios de Deus, trilhamos as veredas da liberdade e encontramos a
verdadeira felicidade. A infidelidade conjugal é traição, apostasia do amor,
quebra da aliança, ingratidão consumada, violência indescritível contra o
cônjuge. A Bíblia nos ensina alguns princípios essenciais sobre a fidelidade
conjugal: A fidelidade conjugal é um caminho estabelecido pelo próprio Deus (G
2.24) Deus instituiu o casamento com leis claras e balizas definidas. Em
primeiro lugar, o casamento é heterossexual. Deus criou um homem e uma mulher.
A união homossexual é uma abominação aos olhos de Deus. Em segundo lugar, o
casamento é monogâmico. Deus não criou várias mulheres para um só homem
(poligenia), nem vários homens para uma só mulher (poliandria). No coração do
homem, não há espaço para amar mais de uma mulher. Salomão tinha mil mulheres
e, dentre elas, não encontrou nenhuma, porque no seu coração só havia espaço
para amar uma mulher. Em terceiro lugar, o casamento é monossomático. Os dois
(homem e mulher), por meio do casamento, tornam-se uma só carne. O sexo antes e
fora do casamento é perversão do amor, mas, no casamento, uma ordenança (1Co
7.3-5). O sexo fora do casamento é um sinal de decadência moral, mas, no
casamento, é seguro, santo e puro. A Bíblia diz que digno de honra entre todos
seja o matrimônio e o leito sem mácula (Hb 13.4). O sexo no casamento é uma
fonte de prazer, além de ser o instrumento estabelecido por Deus para a
procriação da raça (Pv 5.15-19). Finalmente, o casamento é indissolúvel. As
Escrituras dizem: “O que Deus uniu, não o separe o homem” (Mt 19.6). Nenhum ser
humano tem competência para anular uma relação conjugal. O casamento, aos olhos
de Deus, é indissolúvel. Por isso, Deus odeia o divórcio (Ml 2.14). Esses
parâmetros revelam que a fidelidade conjugal, muito antes de ser uma convenção
social, é um princípio vital e imutável do próprio Deus.
A Fidelidade Conjugal é um caminho traçado
antecipadamente pelos cônjuges (Ct 6.3).O amor fiel é declarado intimamente e
demonstrado publicamente. Todo casal precisa dize: “Eu sou do meu amado, e o
meu amado é meu”. A fidelidade conjugal é uma decisão que toma com consciência,
com liberdade, com antecedência, movido pelo amor. Não se pode deixar para
decidir sobre essa magna questão quando se está sendo tentado pela sedução.
Ninguém é forte o suficiente para lidar com as paixões. A Bíblia nos manda
resistir ao diabo, mas nos ordena a fugir das paixões da carne. Ser forte é
fugir como José do Egito fugiu. Ele fugiu porque aquela era uma questão já
decidida em seu coração. Um cônjuge fiel evita os lugares escorregadios da
sedução, foge dos ambientes lodosos e insidiosos para os pés e tapa os ouvidos
para as vozes que convidam para o pecado. A fidelidade não acontece sem
vigilância. A fidelidade não é produto do acaso, mas de uma renúncia constante
aos apelos da sedução e um investimento constante na vida do cônjuge. O
casamento não precisa nem pode ser um campo seco e sem vida. Ele precisa ser um
jardim engrinaldado de flores, um pomar luxuriante de frutos excelentes, um
manancial de vida exuberante. Amar é cultivar o romantismo, investir no
cônjuge, buscar a felicidade dele e fazer do casamento não o cenário cinzento
de uma vida monótona e marcada pela rotina, mas um lugar de vida plena,
radiante e cheia de sublimes conquistas.
A Fidelidade conjugal é um caminho seguro para um
casamento saudável (Ct 4.12,15). Não há casamento seguro, saudável e feliz onde
não existe fidelidade conjugal. A infidelidade é uma das formas mais dolorosas
de traição. Trair o cônjuge é apunhalá-lo pelas costas. Trair o cônjuge é pisar
com escárnio os votos assumidos. Trair o cônjuge é pecar contra Deus, que
instituiu o casamento. É pecar contra o cônjuge, com quem um dia se fez uma
aliança de amor. É pecar contra a família, que se sente envergonhada e
agredida. É pecar contra os filhos, que se sentem inseguros e aturdidos pela
loucura dos pais. É pecar contra si mesmo, pois quem comete adultério peca
contra o próprio corpo. A fidelidade é o caminho mais seguro para uma vida
emocional equilibrada e uma vida conjugal saudável. Ser fiel é o compromisso de
viver um para o outro. É buscar a felicidade do cônjuge, mais do que a
satisfação de caprichos pessoais.
A Fidelidade Conjugal é um caminho para a proteção
dos cônjuges de terríveis inimigos (Ml 2.14-16).A aventura amorosa fora do
casamento é um atentado contra o casamento e contra a família. Flertar com o
pecado e abrir os portões do coração para aventuras extraconjugais são um risco
fatal. O pecado do adultério, embora pareça doce ao paladar, é amargo ao
estômago. O romance fora do casamento é como uma fagulha que incendeia e
destrói a vida, o casamento e a família. Por mais que o mundo pós-moderno
incentive e encare com normalidade a infidelidade conjugal, ela sempre traz em
sua bagagem uma herança inglória. Muitas lágrimas, muitos soluços, muitos
traumas, muita dor, muita perda têm sido a desditosa recompensa daqueles que
sucumbem à sedução do sexo fora do casamento. A Bíblia diz que quem zomba do
pecado é louco. “O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem
quer arruinar-se é que pratica tal cousa” (Pv 6.32). A infidelidade conjugal
está se tornando cada vez mais comum e aceita pela sociedade. A paixão e a
volúpia estão tomando o lugar do verdadeiro amor. A palavra empenhada e a
aliança firmada estão sendo abandonadas com descaso. O casamento está sendo
bombardeado com arsenal pesado. É tempo de alçarmos a nossa voz e dizer que a
fidelidade conjugal é o único meio de fazer do casamento um manancial recluso e
uma fonte selada.
A Fidelidade Conjugal é um caminho para se cultivar
um amor sincero e profundo (cT 4.12). Quem ama, confia. Quem ama, respeita.
Quem ama, devota-se à pessoa amada. O cônjuge precisa ser um manancial recluso
e uma fonte selada (Ct 4.12). A mulher precisa proclamar com segurança: “Eu sou
do meu amado, e o meu amado é meu” (Ct 6.3). Não há amor verdadeiro onde não há
sentimento do “pertencimento”. Onde não há fidelidade, em vez de crescer o
amor, floresce a mágoa. Onde há traição, em vez de alegria, reina o choro. A
infidelidade conjugal é o solo onde cresce a erva daninha da amargura. A
infidelidade conjugal é a principal causa de divórcios traumáticos. Ela é a
grande causadora de famílias destroçadas e filhos traumatizados. A infidelidade
conjugal é um engodo, uma farsa e um embuste. Ela promete aventura e termina
com vergonha e opróbrio. Ela promete felicidade e deixa os seus protagonistas
em frangalhos nos corredores da morte. Somente o temor do Senhor, o compromisso
da fidelidade e o amor altruísta podem livrar os cônjuges da sedução, das
propostas fáceis, das ofertas tentadoras e do fracasso do adultério. O pecado é
uma fraude. Ele oferece um momento de prazer e uma vida de tormento. A cama do
adultério pode ser macia e cheia de encantos, mas deixa espinhos no coração,
peso na consciência e tormentos na alma.
A Fidelidade Conjugal é um caminho para uma velhice
ditosa (Sl 128.3-6). Muitos casais que começaram bem a jornada da vida conjugal
caíram no pântano lodacento do adultério. Embora alguns sejam perdoados pelos
cônjuges, não conseguem tirar as farpas do coração, nem as cicatrizes da alma.
Muitos casais que serviram de referencial e modelo para os mais jovens estão
hoje cobertos de opróbrio, porque deixaram de vigiar e tropeçaram nas próprias
balizas que lhes indicavam o caminho. Muitos homens e mulheres envelhecem com
amargura porque nunca conseguiram apagar da memória a dor lancinante da
traição. Muitos homens e mulheres perderam a autoridade de ensinar e exortar os
filhos na área do sexo, porque se sentem desqualificados pelos seus fracassos
nessa área. Depois que o rei Davi adulterou com Bate-Seba, nunca mais conseguiu
corrigir seus filhos. A culpa latente no seu coração o impediu de exercer com
plenitude o seu ministério paternal. A fidelidade conjugal é o melhor
preventivo contra o veneno que tenta asfixiar o casamento; é o melhor escudo
contra os torpedos que são lançados contra a família. Somente um casal fiel
saboreia os doces frutos de um amor sem reservas e lega aos filhos um exemplo
digno de ser imitado. A santidade no casamento é o melhor ingrediente para uma
família unida.
Eu e meu esposo, Rogério Fischer!
O PILAR DA AMIZADE
Nosso melhor amigo deve ser nosso cônjuge. Esse é a
pessoa ideal para compartilharmos todos os problemas e felicidades. Os
casamentos, atualmente, vêm sofrendo muito com sérios e tristes ataques. Alguns
desses ataques são ocasionados pela falta de comunicação, de fiel amizade e de
demonstrações diárias de carinho e amor.
Ninguém é feliz sozinho
precisamos do outro elo para nos completar, para
chorar e sorrir conosco. Esse elo te ajudará ao longo da vida, estará perto nas
situações mais difíceis e te fortalecerá com puro amor.
Como cultivar e ser mais amigo de seu cônjuge?
A amizade
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