Mitos que ameaçam o Casamento 2ª. Parte
Gostaria de compartilhar com vocês sobre os mitos
que ameaçam o casamento cristão. Esta reflexão está disponível na página do
Rev. Hernandes, que você pode conhecê-la aqui.
O casamento é obra divina. Foi Deus quem instituiu
o casamento e estabeleceu princípios para regê-lo. O casamento é um mistério.
Nem mesmo as mentes mais brilhantes conseguem compreendê-lo plenamente. A
felicidade no casamento só é alcançada através de muito esforço e constante
renúncia, muito investimento e pouca cobrança, muito elogio e cautelosas
críticas. Muitos casamentos adoecem e morrem, porque em vez dos cônjuges serem
governados pela verdade, acabam sendo enganados por alguns mitos. Levantarei aqui
alguns desses mitos:
Em primeiro lugar, eu preciso encontrar a pessoa
perfeita para me casar. Essa pessoa não existe. Não viemos de uma família
perfeita, não somos uma pessoa perfeita e nem encontraremos uma pessoa
perfeita. Além disso, essa ideia já parte de um pressuposto errado, pois é uma
afirmação tácita de que já somos uma pessoa perfeita e que o nosso cônjuge é
quem precisa se adequar a nós. Esse narcisismo é erro gritante. Produz uma
auto-avaliação falsa e inevitavelmente deságua numa relação conjugal adoecida.
Em segundo lugar, se meu cônjuge me ama nunca vai
sentir-se atraído(a) por outra pessoa. Há muitas pessoas que depois do
casamento descuidam-se da sua aparência. Esquecem-se de que o amor precisa ser
constantemente regado e o relacionamento constantemente cultivado. É sabido que
os homens são atraídos por aquilo que veem e as mulheres por aquilo que ouvem.
Sendo assim, as mulheres precisam ser mais cuidadosas com sua aparência física
e os homens mais atentos às suas palavras. A mulher precisa cativar
constantemente seu marido e o marido precisa conquistar continuamente sua
mulher. Qualquer descuido nessa área pode ser fatal para a felicidade e
estabilidade do casamento.
Em terceiro lugar, se meu cônjuge casou-se comigo
nunca vai esperar que eu mude. Um cristão não pode adotar o slogan de Gabriela:
“Eu nasci assim, eu cresci e eu vou morrer assim”. A indisposição para mudança
é um perigo enorme para a felicidade conjugal. Não somos um produto acabado.
Estamos em constante transformação. Somos desafiados todos os dias a
despojar-nos de coisas inconvenientes e a agregarmos valores importantes à
nossa vida. A acomodação no casamento é um retrocesso, pois num mundo em
movimento, ficar parado é dar marcha ré. A vida cristã é uma corrida rumo ao alvo.
Nosso modelo é Cristo e todos os dias precisamos ser mais parecidos com Jesus.
Para isso, precisamos abandonar atitudes pecaminosas e adotar posturas
piedosas.
Em quarto lugar, se meu cônjuge me ama, não vai
ficar aborrecido com minha possessividade. Ninguém é feliz no casamento
perdendo sua individualidade. Ninguém sente-se confortável sendo sufocado.
Ninguém tem prazer em viver no cabresto, sendo vigiado a todo tempo. O ciúme é
uma doença. Uma doença que se diagnostica por três sintomas: uma pessoa ciumenta
vê o que não existe, aumenta o que existe e procura o que não quer achar.
Embora marido e mulher devam respeito e fidelidade um ao outro, não podem viver
sendo monitorados o tempo todo. Casamento pressupõe confiança. A insegurança
produz a possessividade e a possessividade gera o controle e o controle
estrangula a relação.
Em quinto lugar, se meu cônjuge me ama, nunca vai
discordar de mim. O casamento não é a união de dois iguais. Homem e mulher são
dois universos distintos. A ideia de almas gêmeas é absolutamente equivocada. O
impressionante do casamento é que, sendo tão diferentes, homem e mulher são
unidos numa aliança indissolúvel, para se tornarem uma só carne. As diferenças
existem, entretanto, não para destruir o relacionamento, mas para enriquecê-lo;
não para separar o casal, mas para complementar a relação conjugal.
Encerro este post com a verdade sobre o amor: “O
amor não desiste. O amor se preocupa mais com os outros que consigo mesmo. O
amor não quer o que não tem. O amor não é esnobe, não tem a mente soberba, não
se impõe sobre os outros, não age na base do “eu primeiro”, não perde
estribeiras, não contabiliza os pecados dos outros, não festeja quando os
outros rastejam, tem prazer no desabrochar da verdade, tolera qualquer coisa,
confia empre em Deus, sempre procura o melhor, nunca olha para trás, mas
prossegue até o fim.”
Que possamos prosseguir até o fim!
Grande Abraço.
Hernandes Dias Lopes
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