Relativismo,
pecado, graça e salvação. 3ª.Parte
Vivemos
tempos em que o relativismo tem tirado das pessoas o temor pela salvação de
suas almas. Devido o advento do antropocentrismo, o ser humano foi convencido
de que poderia, a seu bel-prazer criar os próprios conceitos do que é ou não
virtude.
Todo
caos que temos presenciado em nosso país e no mundo afora é resultado da
apostasia, semeada em nossos corações através da soberba e desobediência do
primeiro homem e da primeira mulher, no momento em que se deixaram convencer
que poderiam ser como Deus.
Quantas
vezes ouvimos os seguintes discursos: “Eu sonego impostos, pois os políticos
são corruptos” ou “Eu traio minha esposa, pois ela só pensa no trabalho e não
me dá atenção”. Veja que a todo tempo tentamos relativizar o certo e o errado,
a fim de infantilmente validar nossos pecados e fraquezas.
Este
tipo de conduta faz com que a crença em um Deus sobrenatural que nos julga com
base em nossas ações, seja substituída por uma simplificação herética que tem
como objetivo nos deixar mais confortáveis frente nossas covardias e falta de
caráter, além de nos levar diretamente para o inferno, lugar de dor e
desespero, onde Deus não habita.
O
Catecismo da Igreja Católica nos diz no parágrafo 1949 que “Chamado à bem-aventurança,
mas ferido pelo pecado, o homem tem necessidade da salvação de Deus. O auxílio
divino é-lhe dado em Cristo, pela lei que o dirige e na graça que o ampara”
Deus
nos ajuda a todo tempo para que nos salvemos.
Somente
alcançaremos a Salvação através da graça de Deus que nos sustenta, mas também
cabe a cada um de nós (por meio de nossa liberdade), a decisão e vontade em
cumprir a lei e os mandamentos deixados por Nosso Senhor Jesus Cristo, que para
nós são um guia de como devemos viver e nos portar.
Como a
graça de Deus atua em nós?
Quando
falamos sobre a graça de Deus temos que distinguir que existem dois tipos de
graça, a santificante e a atual.
A graça
santificante
A graça
santificante é infundida em nós no momento do nosso batismo, desta forma
somente os batizados possuem a graça santificante, ela é o elo que nos conecta
a Deus e é através dela que podemos usufruir dos benefícios da bondade e da
amizade de Deus, que é oferecida a nós, seus filhos.
A graça
santificante permanece em nós durante toda a vida, mas ao cometermos um pecado
grave, ou mortal este elo é interrompido e desta forma somos privados dela que
somente poderá ser restituída em nossa vida através do verdadeiro
arrependimento e da absolvição do Sacerdote, por meio do sacramento da
confissão.
A graça
atual
A graça
atual é diferente. É gratuita e é dada por Deus para quem ele quiser (até mesmo
a um não batizado), seu objetivo é fazer com que alcancemos ou tenhamos de
volta a graça santificante.
Sabe
aquele arrependimento que você sente quando faz algo errado ou aquele ímpeto de
se confessar, depois de um grande período distante do sacramento?
Isso é
a graça atual sendo infundida em você por Deus, para que possa se reconectar
com Ele.
Ato e
potência
Cada
vez que pecamos, nós adulteramos ou até mesmo rompemos com o desejo de Deus
para cada um de nós, e o desejo de Deus é que sejamos santos.
O
filósofo grego Aristóteles, teoriza acerca do ato e da potência.
Resumidamente
ele estabelece que “ato” é aquilo que se é, enquanto que “potência” é aquilo
que nós podemos vir a ser.
Pense
que a mancha do pecado original faz de nós pecadores em ato, enquanto o
sacrifício de Cristo nos torna santos em potência. Para que esta potência se
torne ato devemos nos amparar na graça de Deus e nos deixarmos ser dirigidos
por sua lei.
E a
você que lê este artigo, peço que o Espírito Santo repouse sobre ti neste
momento e semeie em seu coração o verdadeiro desejo de mudança de vida, a fim
de caminhar a partir de agora verdadeiramente na presença de Deus, apoiado na
promessa de Nosso Senhor que diz: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e
sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas” (MT 6, 33)
Rogério
Luiz Palão
Católico
Apostólico Romano, contra-revolucionário, a favor da família e da vida.
Co-fundador do PHVox, pai de dois, marido de uma, músico (baterista),
publicitário e consultor de marketing.
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