A
última sessão de Freud, C. S. Lewis e Anthony Hopkins...
Por
Marcos Bontempo
Enfim,
C. S. Lewis vai chegar aos cinemas bem acompanhado. Há exatos 60 anos da sua
morte.
No
princípio era o livro. Depois, o teatro, documentários e, enfim, as telonas do
mundo inteiro.
Deus em
Questão — C.S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida virou
filme. Bem, antes veio a peça, de Mark St. Germain, baseada no livro e lançada
na Europa e nos Estados Unidos nos anos 2010. Ela ganhou o The Guardian, o The
New York Times, entre outras praças, e veio parar no Brasil.
Ainda
em cartaz, A Última Sessão de Freud passou por várias cidades nos últimos anos.
Com direção de Elias Andreato, a peça continua em cartaz no teatro Vivo, em São
Paulo, onde Ultimato conversou com os atores Odilon Wagner (Sigmund Freud) e
Claudio Fontana (C. S. Lewis).
Deus em
Questão é o nosso livro que fez mais barulho nos últimos anos. Da Folha de S.
Paulo ao Estado de Minas, passando pelo velho Jornal do Brasil, ainda em papel.
Agora,
ninguém menos que o duas vezes vencedor do Oscar de melhor ator Anthony Hopkins
é o escolhido para o papel de Sigmund Freud. E o também conhecido ator
britânico Matthew Goode encarna C. S. Lewis. A Sony Pictures promete o
lançamento de "Freud"s Last Session" para 22 de dezembro em Nova
York e Los Angeles, de olho nas premiações para o cinema do início de 2024.
Em Deus
em Questão, os argumentos de Lewis e Freud são postos lado a lado. Os pontos
fracos e as alternativas aos seus posicionamentos. Ambos consideraram o
problema da dor, a natureza do amor e do sexo, e o sentido último da vida e da
morte, em um dos confrontos mais profundos da história.
Para o
The New York Times, “A Última Sessão de Freud” é, acima de tudo, um jogo de
ideias. “Foram os homens, não Deus, nem Lúcifer, que criaram as prisões, a
escravatura, as bombas”, afirma Lewis. Freud rebate com uma pergunta: “Essa é a
sua desculpa para a dor e o sofrimento?”.
Na
verdade, os dois não se encontraram. Lewis começou a lecionar na Universidade
de Oxford logo depois dos 20 anos de idade e conhecia as teorias de Freud.
Enquanto isso, o pai da psicanálise estava na casa dos 70 e, muito
provavelmente, tenha lido, alguns dos primeiros escritos de Lewis, inclusive O
Regresso do Peregrino, em que Lewis faz uma sátira e chama um de seus
personagens de “Sigismund”, verdadeiro nome de Freud. E, talvez por isso mesmo,
O Regresso do Peregrino é o único livro de Lewis mencionado (por Freud) na peça
“A Última Sessão de Freud”.
A
primeira degustação do novo longa acaba de chegar. Veja o trailer:
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