6-O
efeito das cores no cérebro humano
Viana
Franco
Para
todos os lugares em que olhamos, lá estão elas, as cores. Na propaganda de
televisão, no celular, nos móveis, acessórios; em tudo o que nos cerca. Apesar
da preferência de cores variar de uma pessoa para a outra, existem comprovações
científicas do efeito que elas têm no cérebro humano. Pensando em marcas, não é
à toa que a identidade visual da Coca-Cola é vermelha e da Apple é branca (e
ainda se estende às lojas físicas). O mesmo vale, por exemplo, para as roupas
em cor pastel utilizadas em casamentos à luz do dia e em cores marcantes, como
preto ou vermelho, quando há um evento de luxo.
Existe
uma ciência que estuda as cores, chamada colorimetria, que desenvolve métodos
de quantificação da cor e analisa suas três principais propriedades:
Matiz
ou tom: estado puro da cor; o que nos permite distinguir o vermelho do azul,
por exemplo;
Saturação
ou intensidade: palidez ou vivacidade de uma cor, também definido como a
quantidade de cinza que uma cor possui;
Valor
ou brilho: referente à claridade da cor, à sua quantidade de preto ou branco.
Existem
as cores primárias, que são base para todas as outras cores (azul, vermelho e
amarelo); as secundárias, obtidas através da mistura de duas cores primárias
(como o verde, resultado da junção do azul com o amarelo); as terciárias,
criadas a partir da mistura de outras cores (marrom); e as neutras (branco,
preto e cinza).
Cada
cor, de acordo com suas propriedades e contexto de aplicação, é capaz de passar
uma sensação ao cérebro humano. A ciência que estuda isso é a Psicologia das
Cores, que analisa a maneira com que nosso cérebro identifica e transforma as
cores em sensações.
Sensações
transmitidas pelas cores
O
efeito psicológico que uma cor pode causar depende do contexto onde ela está
inserida, à simbologia atrelada a ela, ao seu tom, intensidade, saturação,
material onde é aplicada e da combinação com outras cores (como a Cor do Ano
2021 Pantone). Apesar desse fato e de haverem algumas discordâncias entre
estudiosos da área, veja abaixo quais sensações cada cor é capaz de transmitir,
de forma geral.
Amarelo:
sol, luz, calor, alegria, vivacidade, juventude, intelecto, fome.
Vermelho:
intensidade, raiva, amor, paixão, velocidade, excitação, fome.
Verde:
natureza, leveza, tranquilidade, esperança, saúde, equilíbrio, segurança.
Rosa:
tranquilidade, inocência, infância (rosa claro); sedução, paixão (rosa escuro);
empatia, companheirismo, ternura, sinceridade, compaixão.
Laranja:
energia, alegria, confiança, entretenimento, encorajamento, otimismo.
Azul:
leveza, tranquilidade, segurança, poder, credibilidade, confiança, lealdade.
Roxo:
sabedoria, respeito, poder, luxo, calma.
Marrom:
natureza, conforto, elegância, dependência, firmeza, simplicidade, confiança,
conservadorismo.
Preto:
modernidade, elegância, luxo, mal, sofisticação, mistério, drama.
Branco:
paz, pureza, harmonia, simplicidade, ordem, limpeza, igualdade, modernidade.
Cinza:
seriedade, inovação, tecnologia, neutralidade, força, estabilidade.
Na
arquitetura e decoração
Quem
realmente poderá te orientar sobre a combinação de cores em um ambiente será um
arquiteto, decorador ou designer de interiores. Porém, com base nas descrições
acima, podemos pensar em alguns exemplos, como a aplicação do amarelo e laranja
para incentivar atividade e criatividade (área de estudos, trabalho e artes);
do azul, verde e roxo em ambientes calmos e introspectivos (quarto, banheiro,
sala de estar e de meditação); e das cores neutras para destacar ou equilibrar
o colorido. Apesar dos estudos e sugestões, você é livre para escolher as cores
do seu ambiente. Apenas tome cuidado com o excesso de cores fortes, pois podem
causar a sensação de cansaço visual.
CATEGORIA:
DECORAÇÃO
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