domingo, 29 de outubro de 2023

REFLEXÃO... 01

 

Isaías 2:21,22

Capítulo 2

A glória futura do Israel espiritual – v. 1-5.
• Is 2: 1-5: “Palavra que, em visão, veio a Isaías, filho de Amoz, a respeito de Judá e Jerusalém. Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros [NVI: ‘colinas’], e para ele afluirão todos os povos [NVI: ‘e todas as nações correrão para ele’]. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém. Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações [NVI: ‘resolverá contendas de muitos povos’]; estas converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras [NVI: ‘foices’]; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do Senhor”.

Aqui o profeta faz menção ao futuro reino do Messias e ao chamamento dos gentios para serem Seu povo, pois o templo do Senhor estaria sobre os montes, e para lá os povos iriam para aprender a Sua lei. Este texto se refere aos tempos do evangelho, quando Jesus estaria no templo em Jerusalém ensinando a todos os que quisessem conhecer a verdade de Deus. No templo do Senhor os povos seriam ensinados a jogar fora as armas de guerra e a aprender a paz.
O futuro reino do Messias é chamado pelo profeta de ‘os últimos dias’, dando a entender uma mudança importante no âmbito espiritual para a humanidade.
O monte da Casa do Senhor, em muitas passagens, é chamado de Monte Sião. ‘Sião’ significa ‘lugar seco’, ‘banhado de sol’, ou ‘cume’. O Monte Sião é o nome de uma das colinas de Jerusalém e que pela definição bíblica é a Cidade de Davi, e mais tarde se tornou sinônimo da Terra de Israel. Sião (em hebraico
ציון Tzion ou Tsion; em árabe, Ṣuhyūn) era o nome dado especificamente à fortaleza Jebusita que ficava na colina a sudeste de Jerusalém, chamada de Monte Sião, e que foi conquistada por Davi. Após sua morte, o termo Sião passou a se referir ao monte onde se encontrava o Templo de Salomão (no Monte Moriá, 2 Cr 3: 1, ao norte do Monte Sião, onde estava a fortaleza Jebusita tomada por Davi), e depois, ao próprio templo e aos seus terrenos. Depois disso ainda, a palavra ‘Sião’ foi usada para simbolizar Jerusalém e a terra de Israel.

 

Monte Sião

A rejeição dos judeus por sua idolatria e orgulho; a majestade e poder de Deus – v. 6-22.
• Is 2: 6-22: “Pois, tu, Senhor, desamparaste o teu povo, a casa de Jacó, porque os seus se encheram da corrupção do Oriente [NVI: ‘de superstições dos povos do leste’] e são agoureiros como os filisteus [NVI: ‘praticam adivinhações como os filisteus’] e se associam com os filhos dos estranhos [NVI: ‘fazem acordos com pagãos’]. A sua terra está cheia de prata e de ouro, e não têm conta os seus tesouros; também está cheia de cavalos, e os seus carros não têm fim. Também está cheia a sua terra de ídolos; adoram a obra das suas mãos, aquilo que os seus próprios dedos fizeram. Com isso, a gente se abate, e o homem se avilta [NVI: ‘a humanidade será abatida e o homem será humilhado’]; portanto, não lhes perdoarás [no original: ‘não os exaltes]. Vai, entra nas rochas e esconde-te no pó, ante o terror do Senhor e a glória da sua majestade. Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a sua altivez será humilhada; só o Senhor será exaltado naquele dia. Porque o Dia do Senhor dos Exércitos será [NVI: ‘O Senhor dos Exércitos tem um dia reservado’] contra todo soberbo e altivo e contra todo aquele que se exalta, para que seja abatido; contra todos os cedros do Líbano, altos, mui elevados; e contra todos os carvalhos de Basã; contra todos os montes altos e contra todos os outeiros elevados; contra toda torre alta [NVI: ‘imponente’] e contra toda muralha firme [NVI: ‘muro fortificado’]; contra todos os navios de Társis [NVI: ‘navio mercante’] e contra tudo o que é belo à vista [NVI: ‘e todo barco de luxo’]. A arrogância do homem será abatida, e a sua altivez será humilhada; só o Senhor será exaltado naquele dia. Os ídolos serão de todo destruídos. Então, os homens se meterão nas cavernas das rochas e nos buracos da terra, ante o terror do Senhor e a glória da sua majestade, quando ele se levantar para espantar a terra. Naquele dia, os homens lançarão às toupeiras [NVI: ‘aos ratos’] e aos morcegos os seus ídolos de prata e os seus ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostrarem, e meter-se-ão pelas fendas das rochas e pelas cavernas das penhas, ante o terror do Senhor e a glória da sua majestade, quando ele se levantar para espantar a terra. Afastai-vos, pois, do homem cujo fôlego está no seu nariz [NVI: ‘Parem de confiar no homem, cuja vida não passa de um sopro em suas narinas’]. Pois em que é ele estimado?”

O profeta descreve as causas do abandono de Deus em relação ao Seu povo: eles se associavam com ímpios; eram feiticeiros (agoureiros); davam valor demasiado à riqueza, geralmente adquirida de maneira ilícita; a terra de Israel e Judá estava cheia de ídolos feitos por mãos humanas; eles eram arrogantes e orgulhosos e não mostravam arrependimento no coração. Por isso, o profeta os advertia que o Dia do Senhor estava próximo e Ele puniria a todos por causa dessas coisas, principalmente aqueles que eram altivos. Ele os humilharia, assim como destruiria tudo o que parecia motivo de orgulho para o Seu povo. Não apenas a arrogância e a altivez dos homens seriam abatidas, como também os ídolos seriam destruídos. Ante o terror de Deus, os homens se esconderiam nas cavernas das rochas ou nos buracos da terra, e nem se lembrariam de carregar seus ídolos consigo, pois eles não teriam nenhum proveito para eles e nem poderiam defendê-los da ira de Deus.
Como esse trecho se segue à profecia sobre a chegada do Messias ‘nos últimos dias’, podemos pensar que essa destruição da idolatria e da arrogância do Seu povo, restaurando o direito e fazendo vingança contra a injustiça, viria, segundo a concepção do profeta, de uma maneira aterradora e um tanto violenta, pois eles mereciam isso. Não está relacionada com nenhum império conquistando Judá como um instrumento de juízo de Deus, e sim com a vinda do Messias, que destruiria a idolatria do Seu povo.

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