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De
Wittenberg e Genebra ao Brasil: o testemunho de uma fé operosa
Por
Maurício Melo de Meneses
O
surgimento do protestantismo é um marco fundamental na história do cristianismo
ocidental, cuja origem primeira pode ser traçada nas inquietações de homens
como Jan Hus, John Wycliffe, Pietro Valdo e Girolamo Savonarola, e cujos
efeitos se fizeram reverberar no profundo das almas de homens do quilate de
Martinho Lutero e João Calvino. Apesar da origem remota, foi somente no século
16 que as reivindicações que alteraram o panorama religioso europeu foram
ouvidas.
Martinho
Lutero, monge e teólogo alemão, desempenhou um papel central nesse movimento.
Em 1517, ele desafiou as práticas da Igreja Católica ao afixar suas célebres 95
Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, questionando a venda de
indulgências e advogando por uma reforma baseada na autoridade das Escrituras
Sagradas. Além de Lutero, João Calvino, teólogo e pastor suíço, emergiu como
uma figura influente. Suas ideias, sistematizadas na teologia reformada,
enfatizavam a soberania de Deus e a predestinação, moldando o pensamento
religioso e político em várias partes da Europa. Nesse contexto histórico, o
protestantismo não apenas busco reformar a fé cristã, mas também teve
implicações profundas na política, cultura e na livre interpretação das
Escrituras, que passou a ser promovida como um princípio central das igrejas
reformadas.
Esse
forte e dinâmico movimento, que em um certo sentido pode ser entendido como um
movimento de avivamento espiritual e reforma moral, fez sentir seus efeitos
para além das fronteiras europeias. A expansão do protestantismo além das
fronteiras do velho continente marcou uma fase significativa na disseminação da
fé protestante.
No
contexto dos Estados Unidos, a influência a nova-antiga fé (é sempre bom
lembrar o ethos reformacional e não recriacional do protestantismo histórico)
teve um impacto notável na fundação e desenvolvimento do país. Os Peregrinos,
um grupo de colonos puritanos que chegou à América em 1620 a bordo do Mayflower,
buscavam a liberdade religiosa e estabeleceram a Colônia da Baía de
Massachusetts. Seus esforços para construir uma sociedade baseada em
inabaláveis princípios de fé tiveram um papel importante na formação dos
valores morais e políticos dos Estados Unidos.
Desse
modo, nomes como Jonathan Edwards, pregador e teólogo notável do Grande
Avivamento, e John Wesley, fundador do metodismo, influenciaram profundamente o
cenário religioso e social dos Estados Unidos. Suas pregações e ensinamentos
contribuíram para o crescimento do protestantismo e a formação de diversas
denominações protestantes no país.
No
Brasil, país de maioria católica, o protestantismo fez diversas incursões
históricas e missionais. Nesse sentido, merecem destaques a vinda dos huguenotes
franceses e a redação da Confissão de Fé da Guanabara (1558), o estabelecimento
da Igreja Reformada Potiguara (1625 1692), a chegada das capelanias anglicanas
(1810), a criação da primeira congregação luterana no Brasil em Nova Friburgo
(1824), a chegada do presbiterianismo com Simonton (1859), o início do trabalho
metodista com Junius Estaham Newman (1869), a chegada dos Batistas em Santa
Barbada (1871) e o surgimento de diversas denominações pentecostais ao longo do
século XX.
Essa
expansão do protestantismo no Brasil reflete não apenas o desejo do livre
exercício da fé, mas também o compromisso com a educação, a assistência aos
necessitados e o desejo de expressar o amor de Deus por meio da pregação da
palavra e do serviço ao próximo.
O
Brasil tem sido abençoado pela presença de um protestantismo laborioso, cuja
presença tem sido notada na educação, na saúde e na assistência social por meio
de Universidades, colégios, hospitais, creches, asilos, orfanatos de diversas
denominações. Sejam presbiterianas, luteranas, batista, metodistas, anglicanas
ou pentecostais, o testemunho da história e da filatelia não nos deixa mentir:
EBENÉZER! - Até aqui nos ajudou o Senhor!
Bibliografia
1.
Meneses, Maurício Melo de. Cristianismo reformado. Uma história contada por
meio da filatelia. Mackenzie. 2012.
2.
Viração, Francisca Jaquelini de Souza. Igreja Reformada Potiguara (1625 1692):
a primeira igreja protestante do Brasil. 1625 - 1692. 2012.
3.
Crespin, Jean. A tragédia da Guanabara. São Paulo: Cultura Cristã, 2007.
4.
Valdir Modes, Josemar. “O gigante que dorme – a trajetória do missionário
batista William Buck Bagby no Brasil". Revista Batista Pioneira 6.2
(2017).
Maurício
Melo de Meneses, ex-presidente da Universidade Mackenzie, presbítero emérito da
Igreja Presbiteriana do Brasil e presidente Academia Brasileira de Filatelia.
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