terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

REFLEXÃO ...01

 

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Da esquerda para a direita: Cândido Portinari, Antônio Bento, Mário de Andrade e Rodrigo Melo Franco no Palace Hotel, Rio de Janeiro em 1936.

Com o samba-enredo "Brasiléia Desvairada: a Busca de Mário de Andrade por um País", homenageando o escritor modernista, a escola paulistana Mocidade Alegre ganhou o Carnaval de 2024.

 

Célebre por livros como "Amar, Verbo Intransitivo", "Paulicéia Desvairada" e "Macunaíma", o escritor, interpretado na avenida pelo ator Pascoal da Conceição (que o encarna brilhantemente há mais de três décadas no teatro, em minisséries e outros trabalhos), teve sua orientação afetiva sexual revelada em 2015.

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Por meio de cartas, mantidas em segredo por cinquenta anos por decisão de familiares de Mário, revelaram que o autor teve paixões e relacionamentos por homens e mulheres, uma delas foi a célebre pintora Anita Malfatti. Jason Tércio, autor de “Em busca da alma brasileira – Biografia de Mário de Andrade”, revelou ainda que o escritor poderia ser pansexual, ou seja, se relacionar com pessoas de todas as expressões e identidades de gênero.

 

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Nascido em terras paulistanas foi considerado um pianista prodígio na infância, o que o levou ao Conservatório Dramático e Musical de São Paulo em 1911. Autodidata em história, arte e poesia, deixou a escola dois anos depois, após a morte do irmão Renato.

 

Na vida adulta, Mário de Andrade dedicou-se ao trabalho de pesquisa sobre cultura popular brasileira, que culminou na célebre Missão de Pesquisas Folclóricas, em 1938, quando percorreu o norte e nordeste do Brasil. O acervo coletado encontra-se hoje no Centro Cultural São Paulo, aparelho cultural que o escritor idealizou na capital paulista. 

 

Seu momento de maior destaque no imaginário popular, no entanto, se deu em 1922, com a Semana de Arte Moderna de 1922, que ajudou a organizar, ao lado dos amigos conhecidos como Grupo dos Cinco, composto por Mário e Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti.

 

Mário de Andrade morreu após sofrer um ataque cardíaco no dia 25 de fevereiro de 1945, aos 51 anos, em sua casa, na Rua Lopes Chaves, 546, na Barra Funda, em São Paulo. O espaço, que abriga um museu dedicado ao autor, está em reforma atualmente.

 

Ele também dá nome à Biblioteca Mário de Andrade, na região central de São Paulo. Considerada uma das mais importantes do país, é a maior biblioteca pública da cidade e a segunda maior do país. O espaço conta exposições frequentes sobre vida e obra do autor.

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