Conselhos
de Aristóteles e Horácio para o bem escrever
Anderson C. Sandes,
Hoje
trago breves lições para aqueles que pretendem criar boas histórias, extraídas
de “Sobre a arte poética”, de Aristóteles — (384 a.C.–322 a.C.) conhecido
filósofo grego — e da “Arte poética”, de Horácio — (65 a.C.–8 a.C.) poeta e
filósofo romano. Vamos a tais lições:
Aristóteles:
1) Crie
uma obra com início, meio e fim. Uma obra precisa ter unidade, mesmo que comece
pelo meio, deverá apresentar um começo coerente e um desfecho.
2) A
obra deve “caber na memória”. Para Aristóteles, algo só pode ser belo se puder
ser visto de modo completo. Se um objeto for muito grande ou muito pequeno não
pode ser observado, portanto, uma obra escrita também deve seguir tal
princípio, de modo semelhante: deve ser apreensível pela memória do leitor.
3)
Evite soluções milagrosas (o famoso deus ex machina). A conclusão de uma obra
não pode vir sem ser antes construída pelo enredo.
4)
Escreva de modo claro, mas sem ser “vulgar”, e ao mesmo tempo, de modo
majestoso, sem ser enigmático ou incompreensível. Faça arte para ser
compreendida.
Horácio:
1) Crie
personagens coerentes: coloque sabedoria nos idosos, fugacidade nos jovens.
Adeque da melhor forma o caráter dos personagens.
2) Una
o prazer à utilidade: ao mesmo tempo em que faz arte com beleza, proporcionando
prazer, o escritor pode ensinar e aconselhar.
3) O
escritor prudente questiona a própria obra, corrige, corta, incrementa, dá luz.
Anderson
C. Sandes
Poeta,
cronista, ensaísta. Articulista no PHVox.
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