Um dia
de cada vez: não confie em sua mente nem em suas emoções
Um Dia de Cada Vez
“Eu me
odeio.”
“Eu não
tenho esperança”.
“Eu
estou tão envergonhada.”
“Eu não
me sinto parte da igreja.”
“Por
que ele me fez desse jeito?”
“Eu
tenho problemas de saúde mental.”
“Eu sou
fraca.”
“Eu não
me encaixo.”
“Eu
acredito no evangelho, mas não o sinto.”
“Eu
tenho medo.”
Se você
se identifica com estas afirmações, então saiba que Jesus é para você. Você não
é inadequado ou deslocado. Na sua fraqueza e dependência, você está diante do
Senhor. Ele está agindo, não importa o que sua mente lhe diga.
Não
confie em sua mente nem em suas emoções. Confie no amor de Deus, que é
imutável. Se você está enfrentando uma doença mental, então, claro, você não sente
essa verdade sobre o amor de Deus. Aceite-se assim e não se critique. Se você
quebrasse a perna, se culparia por não escalar uma montanha? Não. Então pare de
tentar imaginar ou sentir como seria se sua vida fosse diferente.
O
primeiro requisito para alguém ser cristão é reconhecer que está perdido, preso
e totalmente dependente. O último requisito é reconhecer que está perdido,
preso e totalmente dependente. A cada passo da jornada, seja um
recém-convertido ou um cristão de longa data, você é como uma criança,
agarrando-se ao Pai celestial. Dependência de Deus não é algo que nós
superamos, é um sinal de crescimento.
Embora
o sofrimento nos tire muitas coisas, ele nos dá algo: nós conhecemos nossa
carência. É quando Deus mais age em nossa vida e de modo mais profundo – quando
nossas camadas de proteção caem e nossas feridas são expostas. É o tempo do seu
toque curador. Não necessariamente em nosso corpo ou em nossa mente, mas sempre
– se nós clamarmos – em nosso coração; no mais profundo do ser, onde nem a
medicina, nem a riqueza nem a saúde conseguem alcançar. Nas mãos de Deus, o
nosso sofrimento tem propósito – e ele não pode nos separar de Deus.
Os
valores deste mundo não são os nossos valores. O que o mundo vê como valioso,
Deus trata como lixo. O que o mundo despreza, o Senhor glorifica.
Independência, força, beleza exterior, autoconfiança, orgulho – tudo isso é pó.
Mas o coração que clama ao Senhor – de uma cama de hospital, das profundezas da
depressão e da dor, da escravidão do vício, da doença e do pecado –, este para
ele é ouro. Ele vê. Ele chora. Ele se importa.
Você
pode odiar seus rótulos ou agarrar-se a eles. Mas antes do seu diagnóstico e
antes de julgamentos, você já é precioso. Você é, antes de tudo e sempre, filho
de Deus, escolhido e redimido, criado para refletir a glória dele. Essa pessoa
é verdadeiramente você, mesmo sendo alguém que você sente que nunca conheceu.
Você não precisa trazer à existência um novo eu; essa pessoa já está aqui, na
sujeira e na bagunça.
Quem
são as pessoas que o Senhor usa? O inimigo da igreja que permitiu o assassinato
de Estêvão. O “exército” de Deus reduzido a nada. O gago que falou ao mais
poderoso homem do mundo. A prostituta, o leproso, o marginal. A mulher estéril
que dá à luz uma nação. O homem nu pendurado numa cruz.
Algo
pode nos separar do amor de Cristo? Se enfrentamos perseguição, fome ou nudez?
Se estamos divididos ou se nos automutilamos? Se conhecemos o evangelho, mas
Deus nos parece distante? Se nos sentimos envergonhados, culpados, paranoicos,
exaustos?
Não. Em
todas essas coisas, a vitória retumbante é nossa por meio de Cristo, que nos
amou.
Porque
confiamos nele o suficiente? Porque sentimos como se ele estivesse perto? Não,
porque ele nos carrega, e em sua força nós carregamos uns aos outros.
Você
pode dizer a si mesmo que não tem valor ou que não faz diferença, mas isso é
mentira. Eu preciso de você e você precisa de mim, e nossos sentimentos sobre
isso não estão nem aqui nem acolá.
“Levem
os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo” (Gl 6.2,
NVI). Graças a Deus, nós fomos criados para ser carregados.
Traduzido
por Vanessa Oliveira
• Emma
Scrivener nasceu em Belfast, Irlanda do Norte, estudou na Universidade de
Oxford e trabalhou em Londres. É palestrante em eventos no Reino Unidos e
escreve no blog “A New Name”. Ela e seu marido, Glen, que é evangelista, moram
com a filha, Ruby, em Eastbourne, Reino Unido. É autora de Um Novo Dia,
lançamento da Editora Ultimato.
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