O que
podemos aprender com a história de Naamã?
Com
Naamã aprendemos que precisamos de Deus, que devemos nos submeter a Ele sem
questionamentos, e que nossa vida deve ser de constante gratidão e
quebrantamento diante do Pai, para que possamos ser curados física e
espiritualmente, e usufruir das maravilhosas bênçãos que Ele nos reservou O que
o significado dos 7 Mergulhos de Naamã?
Primeiramente,
ele convida ao mergulho da humildade. Em seguida o mergulho da obediência e
depois o mergulho da contribuição. O quarto mergulho é o da perseverança e
posteriormente o mergulho da fé. O sexto mergulho é o do entusiasmo e o sétimo
e último mergulho é o da vitória.
“Assim
ele desceu ao Jordão e mergulhou sete vezes conforme a ordem do homem de Deus;
ele foi purificado e sua pele tornou-se como a de uma criança”. (2 Reis 5.14)
Vemos
no livro de 2 Reis a história de um homem orgulhoso que precisou se submeter a
pessoas que ele considerava inferiores a ele para poder ser curado. Sabemos que
Naamã foi curado de lepra e essa doença pode muito bem representar o nosso orgulho,
um dos pecados mais destrutivos da humanidade.
A
lepra, conforme a medicina nos tempos bíblicos, era uma doença infecciosa
crônica e incurável. Na atualidade, sabemos que a hanseníase é uma infecção
causada por uma bactéria, mas naquela época uma pessoa leprosa estava condenada
à morte, pois não havia uma medicina avançada para detectar bactérias, vírus ou
fungos.
Simbolicamente,
a lepra representa o nosso pecado e a miséria humana. Para os hebreus, porém, a
doença era considerada uma maldição e um castigo divino. Os leprosos também
eram discriminados e sofriam a ação da doença em seus corpos através de
deformidades.
Outro
ponto importante a ser considerado é que o momento era delicado para a nação de
Israel, pois o povo estava contaminado pela idolatria e o sincretismo religioso
(mistura de crenças), buscando os deuses estrangeiros. Enquanto isso, um
estrangeiro estava buscando o Deus de Israel.
Sobre
Naamã
Um
importante e respeitado general do exército sírio e grande líder que viveu por
volta do ano 850 a.C., que foi contaminado por lepra e teve que se afastar da
comunidade. Sua esposa tinha uma serva israelita que havia sido capturada
durante uma vitória contra Israel.
Humilhações
enfrentadas pelo general
A
primeira humilhação de Naamã foi dar ouvidos a uma menina israelita. Além de
mulher, ela era judia, escrava e estrangeira. Naquele tempo, as mulheres não
tinham moral nenhuma diante dos homens. Mas a menina disse: “Se o meu senhor
procurasse o profeta que está em Samaria, ele o curaria da lepra”. (2 Rs 5.3)
E então
começou o processo de Naamã em busca da cura. Ele foi falar com rei, que
possivelmente era Benadade, conforme o pastor Luiz Sayão em seu programa Rota
66. Na ocasião, o rei da Síria lhe deu uma carta para entregar ao rei de
Israel. Essa foi sua segunda humilhação, já que a Síria era uma nação muito
mais poderosa. Com a carta em mãos, Naamã partiu com seus soldados rumo a
Israel.
Chegando
lá, ele teve como resposta: “Por acaso sou Deus, capaz de conceder vida ou
morte? Por que este homem me envia alguém para que eu o cure da lepra? Vejam
como ele procura um motivo para se desentender comigo!”.
O rei
de Israel chegou a rasgar suas vestes mostrando o quanto ficou contrariado.
Imagine como Naamã se sentiu diante dessa reação de um rei que era considerado
menor que o rei que ele servia.
O
profeta Eliseu ficou sabendo disso e mandou uma mensagem ao rei: “Por que
rasgaste tuas vestes? Envia o homem a mim, e ele saberá que há profeta em
Israel”. Naamã foi com seus cavalos e carros e parou à porta da casa de Eliseu,
mas sequer foi atendido por ele.
Com
certeza essa também foi uma grande humilhação. O profeta nem saiu de sua casa
para ver Naamã, ele simplesmente enviou um mensageiro para lhe dizer: “Vá e
lave-se sete vezes no rio Jordão; sua pele será restaurada e você ficará
purificado”.
Naamã
ficou indignado
Lembre-se
que a palavra “indignado” se refere a alguém que não se sente merecedor. O
indigno não tem dignidade, ou seja, não se sente digno, não é respeitado, não
tem autoridade e nem honra.
Com
certeza, a atitude do profeta foi uma grande humilhação para o general. Veja o
que ele respondeu: “Eu estava certo de que ele sairia para receber-me,
invocaria de pé o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar afetado
e me curaria da lepra”.
Perceba
que Naamã tinha tudo programado em sua mente. Ele disse que “estava certo”
sobre a forma como seria recebido. Mas não foi o que aconteceu e isso deve ter
mexido bastante com o seu orgulho. Esse, porém, foi o processo através do qual
Deus decidiu curá-lo.
Naamã
ficou furioso
Depois
disso, Naamã ainda fez questão de dizer que na Síria havia rios melhores que os
de Israel. Em sua soberba e arrogância, ele disse aos seus oficiais: “Abana e
Farfar, em Damasco, não são melhores do que todas as águas de Israel? Será que
não poderia lavar-me neles e ser purificado?”.
O texto
continua dizendo que Naamã saiu dali furioso, mas teve que ouvir de seus
servos: “Meu pai, se o profeta lhe tivesse pedido alguma coisa difícil, o
senhor não faria? Quanto mais, quando ele apenas lhe diz para que se lave e
seja purificado!”.
E em
vez de dar ordens e ver seus soldados o obedecendo, Naamã foi obrigado a
aceitar a opinião deles. “Ele desceu ao Jordão e mergulhou sete vezes conforme
a ordem do homem de Deus; ele foi purificado e sua pele tornou-se como a de uma
criança”.
O que
aconteceu depois também foi uma forma de humilhação, pois o general estava
acostumado a negociar com outras nações e pagar pelos favores recebidos.
Ele foi
com toda a sua comitiva para a casa de Eliseu e reconheceu que não havia outro
Deus senão o de Israel. Ele ofereceu um presente, mas Eliseu não aceitou e
disse: “Juro pelo nome do Senhor, a quem sirvo, que nada aceitarei”. E assim
termina a história de Naamã que foi curado da lepra e também de seu orgulho.
Ao
final, o texto diz que Naamã afirmou que nunca mais faria sacrifícios a nenhum
outro deus senão ao Senhor. Porém, ele pediu perdão antecipadamente, pois teria
que se ajoelhar quando o rei da Síria fosse adorar no templo de Rimom — um deus
arameu, do trovão, chuva e tempestade, também conhecido como Baal ou Ramanu.
E sobre
isso, Eliseu respondeu: “Vá em paz”, pois sabia da sinceridade e do compromisso
que Naamã passou a ter com Deus e que não seria contaminado pelo ambiente
político e religioso de sua nação.
Por que
Naamã pediu um pouco das terras de Israel?
“E
disse Naamã: Já que não aceitas o presente, ao menos permite que eu leve duas
mulas carregadas de terra”. (2 Rs 5.17)
Conforme
Sayão, a atitude de Naamã foi a de um novo convertido e revelou que ele era
influenciado pelo paganismo da época. “Para eles, a divindade estava atrelada a
uma localidade geográfica, daí a ideia de uma ‘terra santa’. Naamã queria levar
um pouco da terra que ele passou a considerar sagrada, pois foi onde ele
recebeu a cura”, explicou.
Naamã
passou por um processo de Deus para obter sua cura e, paralelamente, também
passou por diversas humilhações para quebrar seu orgulho e sua vaidade. E o que
aprendemos com essa história?
Você
conseguiu relacionar a doença física de Naamã com o orgulho humano? Todos nós
estamos sujeitos ao orgulho, mas temos que entender que ficaremos isolados do
corpo de Cristo, pois o orgulho é como a lepra, já que nos deforma
espiritualmente falando.
A lição
que aprendemos é que devemos aceitar as humilhações porque elas fazem parte do
processo de cura. Numa live em seu Instagram, Douglas Gonçalves do JesusCopy
também fez um comentário interessante, mostrando que o bom conselho pode vir
até de uma criança ou adolescente, pois Deus pode usar quem Ele quiser para nos
dar uma resposta.
“O
nosso orgulho precisa ser ferido e destruído. O antídoto do orgulho é a humilhação”. E o remédio dessa lepra é a
submissão a Deus.
“Assim
diz o Senhor, o seu redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o seu Deus,
que lhe ensina o que é melhor para você, que o dirige no caminho em que você
deve ir. Se tão somente você tivesse prestado atenção às minhas ordens, sua paz
seria como um rio, sua retidão, como as ondas do mar”. (Isaías 48.17,18)
“Cura-me,
Senhor, e serei curado; salva-me, e serei salvo, pois tu és aquele a quem eu
louvo”. (Jeremias 17.14)
E esse
foi o estudo desta semana. Espero ter tirado sua dúvida e também colaborado
para seu crescimento espiritual. Beijo no coração e até a próxima, se Deus
quiser!
Por
Cris Beloni,
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