AINDA
QUE - POR UMA FRESTA –
Ao
olhar o mundo da janela que a vida me permitiu, vejo tanta beleza, que sinto,
em mim, um esmagamento por impossibilidades.
Tão
grandes e belos são os cenários, que, mesmo em pequenez real, meu ser se
agiganta e uma imensa e indefinível saudade ganha corpo e se instala.
Saudade
de tudo, saudade de todos.
A alma
se expende o peito contraído, faz a mente concentrar em forte desejo de também
expandir-se.
A
dominação que a submete, entretanto, permite-lhe apenas, através de meus olhos
umedecidos, antever pedaços de um mundo onde sombras e luzes convivem em
harmonia amorizante.
Advém
desejo de explodir, derramar-me multiplicadamente.
Braços
abertos, mãos postas, evocação de presença.
Mas,
essa dor “agoniosa”, gratificante – até - pelas visões que me traz, maltrata a
não mais poder. Diz sobre prisões, lembra de curtas asas, aplaude esforços,
mesmo sem resultados concretos. E tudo, então, é questão de estar lá ou aqui...
...A
música doce e suave que me envolveu tem fim. Absorto a escutava. Viajei...
Agora retorno. Esperarei por nova fresta que me permita vislumbrar a vida, o
eterno, quem sabe...
SSA,
1º. 12.2019
Geraldo
Leony Machado
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