https://twitter.com/Ira_Horta/status/1734627688801808527?t=4V4ghUxVYTflsK-Usl42RQ&s=08
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Papel da revelação
O homem natural é um universo fechado em si mesmo. O mundo
exterior não faz parte dele, mas é captado por ele, de maneira indireta.
Indireta porque intermediada por seus órgãos dos sentidos, que enviam sinais
para seu cérebro toda vez que entram em contato com algum elemento do mundo,
transformando-o em uma sensação específica, chamada percepção.
A percepção, porém, não tem contexto, nem uma explicação
sobre a natureza das coisas, suas funções ou sua relação com os outros
elementos da realidade. São meras sensações diretas, objetivas, pontuais.
Percebe-se a dureza da pedra, mas isso não diz o que a pedra é, nem sua função
no mundo.
Obviamente que, com a repetição da experiência, o homem é
capaz de inferir que, se uma sensação em relação a algum objeto é sempre igual,
então, ela deve estar informando alguma característica daquele objeto. E se
objetos semelhantes transmitem sensações iguais, então mesmo aqueles objetos
que não temos contato, mas que são semelhantes aos que eu tive, terão
características semelhantes.
Nesse acúmulo de experiências, o homem ainda pode perceber
que os elementos da natureza se encontram, quase sempre, dispostos da mesma
maneira, ocupando o mesmo espaço e se manifestando do mesmo jeito. Nisso, ele
pode inferir também que essas manifestações são algo próprio a esses objetos e
concluir que essas são suas funções. Se uma árvore entrega, periodicamente, o
mesmo tipo de fruto, a função daquela árvore deve ser dar aquele fruto.
Todavia, apesar de toda a capacidade humana de fazer
inferências a partir de suas observações, nada pode garantir que elas estarão
sempre corretas. Isso porque os órgãos dos sentidos não podem captar tudo, pois
há elementos invisíveis, quânticos, transcendentais que estão além da percepção
humana. Ignorando-os, por estarem limitados a suas percepções, as chances de
erro na interpretação das coisas são enormes.
É aqui que entra o papel da revelação divina. Ela existe
para trazer informações sobre a parte da realidade que o homem não pode obter
por meio de suas capacidades intrínsecas. A revelação mostra ao homem aquilo
que ele não pode ver por si mesmo, para que, inclusive, possa entender melhor
aquilo que vê por si mesmo.
Fábio Blanco
Fabio Blanco é professor de Oratória, Retórica e
Argumentação, além de instrutor de escrita argumentativa. Desde 2010 é
idealizador do NEC - Núcleo de Ensino e Cultura, sob o qual encontram-se os
seus projetos Liceu de Oratória e Filosofia Integral.
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