NATAL É
A PRESENÇA DE JESUS...
https://youtu.be/oYiwjdM17m4?si=v65qorTybSjpbYZn // Natal
https://youtu.be/2yX1NgIyXZY?si=XwWLV-Y4003TW6x_ //Espírito Santo
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Painel
do Aluno
Escrita
habitual
Todo
escritor passa por fases desérticas, quando seu gênio parece adormecer e seus
textos se apresentam burocráticos, sem vida, protocolares. Para ele, não há
momentos piores do que esses nos quais parece que seu espírito se apaga e sua
energia criativa se dissipa.
Muito
do sofrimento do escritor é causado por sua dependência da inspiração. Sofre porque
espera que ela surja de repente, como uma entidade, e insufle em sua mente as
palavras e ideias que serão jorradas no texto, quase como uma possessão
mediúnica. Não vou negar que, algumas vezes, isso acontece, fazendo com que as
letras pareçam ser vomitadas, como em um reflexo fisiológico. Em momentos
assim, parece que o escritor não pensa, mas apenas permite com que o fluxo das
ideias se transponha de sua cabeça até o texto.
No
entanto, não é sempre assim. Talvez, na maioria das vezes, seja necessário que
o escritor tenha de debruçar-se sobre o texto com muita atenção e cuidado; será
preciso concentração e esforço para fazer com que suas ideias apareçam e ganhem
vida; exija-se disposição para que a redação tome forma. Por isso, alguém que
tenha a escrita como uma atividade regular não pode depender da inspiração.
Quando ela surgir, obviamente, será bem vinda e enriquecerá seu ofício, mas é
preciso saber o que fazer quando Momo, a divindade dos escritores e poetas,
decide se afastar.
Portanto,
o escritor, se quiser se tornar independente da inspiração, precisa fazer da
sua escrita habitual, ou seja, forçar-se a escrever mesmo naqueles dias quando
parece que nada de bom e útil irá sair de sua redação. Isso porque a escrita
habitual concentra o espírito nas letras, na disposição das palavras, na
associação das imagens. Como uma máquina lubrificada, faz com que a mente se
mantenha iluminada para manipular os argumentos, permitindo com que as ideias
manem com muito mais facilidade e fluidez.
A
inspiração – aí, sim – qao encontrar o hábito, torna tudo ainda mais produtivo,
pois parte de algo que já está funcionando bem, elevando-o à excelência.
Fábio
Blanco
Fabio
Blanco é professor de Oratória, Retórica e Argumentação, além de instrutor de
escrita argumentativa. Desde 2010 é idealizador do NEC - Núcleo de Ensino e
Cultura, sob o qual encontram-se os seus projetos Liceu de Oratória e Filosofia
Integral.
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