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MEDO
Uma pesquisa publicada recentemente no periódico
científico NeuroImage buscou observar como o cérebro humano reage a
filmes de terror. Para entender o fenômeno, cientistas da Universidade de
Turku, na Finlândia, capturaram imagens de ressonância magnética de 37 pessoas
enquanto elas assistiam a longa-metragem do tipo.
Para selecionar quais filmes usar no estudo, a
equipe finlandesa avaliou uma lista de 100 filmes populares de terror,
levado em conta quantos sustos eram proporcionados nos filmes e se os
participantes já haviam assistido. Por fim, foram escolhidos os filmes Sobrenatural
(2010) e Invocação do Mal (2016).
Para extrair os dados, o estudo se concentrou em
dois tipos de medo: o de expectativa, quando se tem a impressão de mau
presságio em um cenário assustador, e a resposta instintiva que se tem com uma
aparição inesperada de um monstro ou outra ameaça (um susto).
Com esse foco, a equipe descobriu que, no primeiro
caso, são acentuados os aumentos na atividade cerebral em termos de percepção
visual e auditiva. Nos cenários de susto repentino, houve um aumento da atividade
do cérebro nas porções que cuidam do processamento de emoções e na tomada de
decisões. Em todos os casos, essas áreas são ativadas, sobretudo, em situações
de perigo real.
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Por fim, os pesquisadores também conseguiram alguns
dados sobre a atratividade do gênero de terror. Precisamente, 72% dos
voluntários relatou assistir a pelo menos um filme desse gênero a cada seis
meses, comprovando a popularidade desse tipo de filme. Uma das conclusões dos
cientistas foi de que, quanto mais assustador o espectador julgava ser a trama,
mais provável era que lhe agradasse.
Segundo os participantes do estudo, a sensação mais
comum provocada pelos filmes é a de empolgação, seguida por medo e ansiedade.
Além disso, os longas de terror psicológico (ou seja, que costumam utilizar a
instabilidade mental de personagens para mover a trama) foram considerados os
mais assustadores e envolventes.
DIONÊ LEONY MACHADO
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