Seis coisas que você
provavelmente não sabia sobre cristianismo e sexo...
Tendo
crescido numa igreja cristã conservadora, aprendi que o evangelho era um todo
único, completo e indestrutível – particularmente no que diz respeito à
sexualidade humana. Mas as coisas não são tão simples.
A ideia que se ensina em algumas
igrejas ainda hoje é que a ética sexual cristão chegou à Terra
completamente formada, diretamente do céu, há cerca de 2 000 anos.
Durante
todo esse tempo, houve exatamente uma única maneira para os cristãos
expressarem sua sexualidade – mantendo a abstinência até se casarem com uma
pessoa do sexo oposto.
Mas o que
me não ensinaram é que os ensinamentos da Bíblia sobre sexo foram interpretados
de várias maneiras diferentes. Não sabia que os primeiros cristãos começaram a
praticar o celibato porque estavam convencidos de que o fim do mundo estava
próximo.
Ninguém
me falou que o casamento sem sempre foi definido e controlado pela igreja. Nem
que, mesmo no casamento, o sexo não era considerado algo prazeroso, algo a
celebrar.
A verdade
é que mudaram os padrões do que significa ser uma pessoa sexual e cristã.
Mudaram muito. Eis seis fatos para provar.
Mulher é
condenada a usar um cinto de castidade nessa miniatura do Decreto de Graciano, um texto
do século 12 sobre a doutrina religiosa. Em nome de todas as mulheres, GRAÇAS A
DEUS que passamos dessa fase.
matérias mais importantes da semana.
1. Jesus
tinha muito pouco a dizer sobre sexo.
Além de algumas admoestações pesadas contra a lascívia e
o divórcio, o Jesus da
Bíblia não tinha muito a dizer sobre questões envolvendo a sexualidade. (Aposto
que ele estava ocupado cuidando dos pobres e doentes. Mas é só um chute.)
Ele
também não tinha nada a dizer sobre homossexualidade ou identidade sexual como
as entendemos hoje.
A maioria
das instruções sobre sexo vem de líderes cristãos que começaram a disseminar a
religião depois da morte de Jesus.
2. Para
ser um cristão verdadeiramente devoto nos primeiros anos da igreja, você tinha
de parar de transar.
A crença
dos primeiros cristãos de que Jesus
voltaria à Terra criou um ambiente que exaltava o celibato em
detrimento do casamento.
Era uma diferença radical
em relação aos ensinamentos judaicos que os discípulos conheciam.
Mas faz sentido – por que
se prender a responsabilidades terrenas, tais como cuidar de esposo e filhos,
quando o fim do mundo estava chegando?
São
Paulo, um líder cristão celibatário que escreveu boa parte do Novo Testamento,
acreditava que o celibato era o melhor caminho em direção a Deus, pois permitia
que os cristãos se concentrassem somente
nas coisas do espírito.
A volta
de Jesus não aconteceu, mas a ênfase no celibato se manteve
forte.
Esperava-se
que casais do século 2 parassem de
transar totalmente depois de gerar vários filhos.
Vitral
mostra um casal dormindo junto. Note como eles NÃO estão transando.
3. Nos
primeiros mil anos do cristianismo (é metade da sua existência, pessoal), muitos cristãos nem sequer consideravam a ideia de se casar
na igreja.
Originalmente,
os casamentos ocidentais eram meras alianças econômicas
entre duas famílias. Estado e igreja não se metiam. Em outras palavras, o casamento não exigia a presença de um padre.
A igreja
se envolveu na regulamentação dos casamentos só muito mais tarde, quando sua
influência começou a crescer na Europa Ocidental. Foi somente em 1215 que a igreja finalmente
reivindicou o casamento e estabeleceu as regras sobre o que era uma criança
legítima.
4.
Durante boa parte da história da igreja, o sexo no casamento só era tolerado
porque gerava crianças.
Líderes
cristãos não só reprovavam o sexo antes do casamento como condenavam o desejo
sexual.
Depois de
São Paulo, um dos primeiros líderes da igreja que tiveram maios influência na
visão dos cristãos sobre o sexo foi Santo Agostinho.
Influenciado
pela filosofia de Platão, ele promovia a ideia de que
o desejo sexual desenfreado era sinal de rebelião
contra Deus. O desejo só se tornava honrado no contexto do casamento e da
geração de filhos.
Agostinho
faz parte de uma longa lista de teólogos que defenderam a ideia do desejo sexual
como pecado.
Outros líderes cristãos argumentaram
que estar muito apaixonado pelo parceiro, ou transar apenas por prazer, também
era pecado. Essa ideia ganharia ímpeto nos séculos seguintes. E não demorou
muito para que as coisas ficassem muito esquisitas.
5. A
igreja criou certas regras sobre sexo que pareceriam estranhas até mesmo para o
mais conservador dos religiosos.
Nos
tempos medievais, a igreja se envolveu profundamente no controle da vida sexual
dos fieis. Virgindade e monogamia ainda era importantes, e a homossexualidade poderia ser punida
com a morte.
A igreja
também tinha exigências muito específicas sobre o tipo de sexo que casais
casados podiam praticar. Como todo sexo deveria ter a finalidade da procriação,
certas posições foram proibidas
(em pé, a mulher por cima, de quatro, oral, anal e masturbação).
E também havia regras sobre os dias da semana
em que as pessoas podiam transar (dias de jejum, de festa, dias santos e
domingos eram proibidos).
Também não se deveria transar
se a mulher estivesse menstruada, grávida ou amamentando (o que, considerando
que não havia contracepção, era boa parte do tempo).
Todas
essas proibições significavam que o sexo entre pessoas casadas era
legal um dia por semana, quando muito.
6. Apesar
de tantos padrões e mudanças, os cristãos acabaram se virando.
Tanto na Idade Média como hoje, muitos cristão
admiravam e tentavam seguir esses padrões, mas só da boca para fora.
Demorou séculos para que a
igreja proibisse os padres de se casar. A Idade Média também foi uma “era de ouro” para a poesia gay,
especialmente entre membros do clero.
Nos
tempos modernos, quase todos os americanos
perdem a virgindade antes do casamento. E, apesar de acharmos que as pessoas
são mais castas hoje do que na época da revolução sexual dos anos 1960, simplesmente não é o caso.
Eles
também acham que ensinar somente o caminho da abstinência não funciona. Mais
revelador ainda: só cerca de 11% dos
millennials de hoje dependem de líderes religiosos para obter informações sobre
sexo.
É hora de
cair na real: não existe essa coisa de ética sexual cristã tradicional.
Quem dera
eu soubesse disso antes. O problema de ensinar às crianças que a Bíblia é
infalível e que os ensinamentos cristãos nunca mudaram é que, no instante em
que elas abrem um livro de história, ou transam, ou se apaixonam por alguém do
mesmo sexo, esse castelo construído sobre a fé começa a desmoronar. E abre-se o
caminho para a dúvida.
Mas isso
pode ser bom. Acho que isso está faltando na conversa dos cristãos. Se sua fé
pede abstinência ante do casamento, sem problema. A questão é que muita gente
prega que suas interpretações são as únicas corretas e sagradas. Do que já vi,
esse tipo de abordagem só gera culpa, raiva e dor.
Por outro
lado, reconhecer a complexidade do cristianismo pode mudar vidas. Pode
transformar uma fé montada como um castelo de cartas em uma fé que você deu
duro para construir desde a fundação.
GOOGLE
DIONÊ LEONY MACHADO
Sexualidade: uma
perspectiva cristã
Deus criou a nossa sexualidade, e o ato sexual
existe para o prazer e para procriação. A cama de um casal é um lugar de prazer
e de descanso. E como todas as áreas de nossas vidas, nesta também existe um
padrão bíblico e moral para desfrutarmos da sexualidade..
Não podemos esperar comportamento sexual
transformado de quem ainda não teve sua mente transformada. Está escrito: “Sabemos
que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno” (1 João 5:19). Note
bem, não é que a sexualidade da humanidade está sob o Maligno, é o mundo todo,
incluindo a sexualidade.
Portanto, se queremos ver uma sociedade seguindo os
princípios e valores cristãos para esse assunto tão importante, primeiro
precisamos ver a mente das pessoas transformadas. Devemos amar respeitar e
julgar menos, e sempre socorrer os que mais precisam, pois, acima de tudo, a
vida em Jesus e a obediência à Sua Palavra serão sempre acompanhadas pela
graça, em que permanecem a fé, a esperança e o amor.
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