O PODER EMANA DO POVO...
Sempre que
leio ou escuto as pessoas generalizarem ao dizer que todo político é ladrão ou
que não votará em forma de protesto, fico assustado, pois sei que quem ganha
com esse discurso é o corrupto de plantão.
Razões para participarmos da política são inúmeras.
Por isso mesmo quero me ater a um ponto. Todos já ouviram falar que o PODER
EMANA DO POVO, essa lei está no parágrafo único do artigo 1º da constituição
federal de 1988. O “problema” é que o parágrafo único do artigo 1º diz que esse
poder, que emana do povo, é EXERCIDO ATRAVÉS DE REPRESENTANTES ELEITOS. Ou
seja, apesar de temos direitos individuais quem exerce o pleno poder são as
pessoas nas quais votamos.
Portanto, se você votou errado ou nem votou, não
adiantará gritar, bater panela, sair às ruas e etc… Pois o poder foi dado aos
políticos por nós, o povo, e se este político for má pessoa, nenhum protesto o
fará ceder, uma vez que ele detém o poder constitucional dado por ti. Logo, o
poder emana do povo, mas quem o detém é a pessoa que você escolheu.
Trecho da
Constituição de 1988
Sempre que leio ou escuto as pessoas generalizarem
ao dizer que todo político é ladrão ou que não votará em forma de protesto,
fico assustado, pois sei que quem ganha com esse discurso é o corrupto de
plantão.
Compreenda que a ação de pressionar as teclas da
urna é em si ao mesmo tempo simples e complexa. Simples enquanto ação mecânica,
e complexa pela consequência dessa ação. O que a constituição nos diz é que
estamos assinando um cheque em branco, estamos literalmente dando poder de
Estado a sujeitos que muitas vezes não conhecemos. Perceba que estamos
colocando nossas vidas — indireta
e/ou diretamente — nas mãos de terceiros. Pessoas que podem (literalmente) nos matar dependendo
da forma como fazem política.
Neste momento, infelizmente, há pessoas chorando a
morte de alguém que foi morto pelo Estado, portanto, por seus representantes. A
violência urbana, o caos no SUS, o ensino quase extinto e etc. Toda a imensidão
de dissabores pelos quais passamos na condição de cidadão, muitas vezes causado
pelo Estado — e por Estado
entenda políticos , são razões óbvias para analisarmos com olhos críticos à política e os que nela
estão.
Banalizar o pleito, votar em seres claramente
despreparados somente por ser uma celebridade, ou por ser bonito (a) é um ato
inconsequente e digno de repúdio.
2018 é o ano que teremos a ‘eleição do século’ como
alguns órgãos de mídia escrevem. Não cabe mais depois de todo o sofrimento que
passamos para destituir Dilma, votarmos com amadorismo. Não há desculpa para
que não se faça uma pesquisa sobre o candidato no qual você pensa em votar, a
internet é universal e quase todos os brasileiros têm acesso. Lembre-se que
todo o poder que o povo possui é dado para uma pessoa por tempo determinado. E
que esse tempo determinado poderá ser bom ou péssimo. No fim das contas é a sua
vida e de sua família que de um modo ou de outro é condensado no ato do voto.
Artigo
do voluntário Fábio Martins no Projeto Voluntários
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