5ª. As
Heresias das Seitas
A
heterodoxia (ou heresia) tem sido a maior produtora de seitas. E em nossa época
tem acontecido um fenômeno diferente: Enquanto que nos séculos passados as
heresias se concretizavam no surgimento de seitas. Hoje as heresias se acomodam
nas igrejas evangélicas e vão ficando. Não há uma concretização dos fatos.
Principalmente com o surgimento da “ortodoxia generosa”, que é uma heterodoxia
disfarçada. Com isso, os apologistas cristãos que tinham apenas uma preocupação
externa com a identificação e refutação das seitas. Atualmente estão tendo que
tratar do assunto internamente. Que tem gerado um grande desconforto e desgaste
dentro do cristianismo evangélico. Por isso, os apologistas cristãos precisam
não só classificar as conhecidas “seitas pseudocrístão”, mas agora, precisam
identificar “doutrinas pseudocrístão”. E também pelo fato dos contribuintes
desse fenômeno se utilizar constantemente do ecletismo (1), eufemismo (2) e do
discurso ambíguo (3). Então, de dentro desse contexto houve a necessidade de
classificar: Igrejas Cristãs Genuínas (4), Movimentos Controversos (5) e Seitas
Heréticas.
É
unânime afirmar que todo herege sempre se utilizou de sofismas (6) e da
eisegese (7) para montar seus conceitos. Daí o porquê da capacidade que têm de
ludibriar e seduzir os incautos.
Eu
poderia aqui me prender ao fator histórico das seitas e das heresias, que
também ajuda na informação. Entretanto, se queremos fazer apologética, o fel do
veneno da heresia está no “conceito” e não em sua história. Por isso nesse
material que produzi me detenho com as heresias que alimentam as seitas e o
poder de influência dos hereges. Assim, desbaratando seus conceitos à luz da
Palavra de Deus, os alicerces das seitas e dos hereges cairão.
DEFININDO
OS TERMOS:
HERESIA
– Do ponto de vista cristão, é tudo aquilo que em matéria de fé, sustenta
opiniões contrárias, excedentes e deturpadas da Palavra de Deus. Do ponto de
vista secular, é uma doutrina contrária a da Igreja. A palavra “heresia” vem da
palavra grega “hairesis” que tem o significado de “ato de pegar”, “capturar”,
“escolha”, “grupo de homens escolhendo seus próprios princípios”, “dissensões
originadas da diversidade de opinião e objetivos”. No contexto de 2Pe.2.1 esta
palavra foi usada para designar uma atitude contrária ao ensinamento de Cristo
e dos apóstolos (At.2.42; 2Jo.v.9). E em Gl.5.20 segue o mesmo contexto. Pois,
no mesmo verso já se usa a palavra grega “dichostasia” que significa
“dissensão” ou “divisão”.
SEITA –
Do ponto de vista cristão, é um grupo de indivíduos motivados pela heresia, por
isso chamamos “seita herética”. É uma palavra que nasce do mesmo grego
“hairesis” acima. Que aparece nas passagens de: At.5.17; 15.5; 24.5; 24.14;
26.5; 28.22. Traduzida para “seita”, “grupo” ou “partido” (dependendo das
versões em português). Do ponto de vista secular, é um grupo faccioso de
indivíduos. Todas as seitas são de linha heterodoxa, ou seja, não reconhecem os
credos primitivos, as doutrinas essenciais da fé cristã e atropelam a
hermenêutica bíblica.
Como
ocorre o seu desdobramento?
Dentro
de um raciocínio lógico, primeiro a heresia vem, depois poderá a se tornar uma
seita. Uma nasce da opinião (heresia) e outra nasce partidária a opinião
(seita). Por isso o grego usa uma palavra só para designar os dois termos.
CONHECENDO
SUAS RAÍZES
Toda
seita tem suas raízes na religião, pois derivam direta ou indiretamente delas.
Por isso precisamos definir religião. Um filósofo alemão do século XVIII,
Emmanuel Kant, descreveu a religião como sendo a “moralidade ou ação moral”.
Hegel, outro filósofo, disse que religião era “um tipo de conhecimento”. No
dicionário português é “a crença na existência de uma força ou forças
sobrenaturais, criadoras e reguladoras do universo, que provêm o homem de uma
natureza espiritual, que se perpetua após a morte”. À luz da Bíblia, Religião é
interpretada como o retorno a Deus ou Deus em busca do homem. Dentro de uma
visão mais espiritual, as seitas derivam de uma mesma fonte, Satanás
(2Co.11.3-4;13-15).
No
mundo atual existem onze grandes religiões, são elas: Hinduísmo, Jamismo,
Budismo e Siquismo (Índia); Confucionismo e Taoísmo (China); Xitoísmo (Japão);
Judaismo (Palestina), Zoroastrismo (Pérsia, atual Irã), Islamismo (Arábia) e
Cristianismo (da Palestina; vindo a se consolidar em todo ocidente).
ALGUMAS
SEITAS QUE DERIVAM DIRETAMENTE DAS RELIGIÕES
Lamaísmo,
Zen-budismo, Nitiren Shoshu, Seicho-no-iê, Perfect Liberty e a Igreja
Messiânica Mundial (seitas Budistas). Kharijitas, Mutajalitas, Mujiritas,
Xiitas, Sunitas e os Sufitas (seitas Islâmicas). Meditação Transcendental, Hare
Krishna, Missão Ramakrishna, Krishnamurti, Teosofia, Templo da União Universal
e a Rajnish (seitas Hindus). Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo Dia,
Mormonismo, Congregação Cristã do Brasil, Tabernáculo da Fé, Só Jesus, Igreja
de Cristo Internacional, Igreja da Unificação, Igreja Local de Witness Lee, Voz
da Verdade, Testemunhas de Ierrochua, Igreja Pentecostal Unida do Brasil,
Meninos de Deus, Igreja Católica Apostólica Romana e etc. (seitas Cristãs).
CLASSIFICAÇÃO
DAS SEITAS
PSEUDOCRISTÃS
– São seitas que derivam do Cristianismo e que fogem da ortodoxia bíblica
cristã. São perigosas por serem fáceis de confundi-las com Igrejas Cristãs
Evangélicas. Mas, para quem conhece a Bíblia não se deixa enganar por muito
tempo. Suas heresias são atraentes, fantasiosas e fundamentadas em trechos
isolados da Bíblia. São elas: Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo Dia,
Mormonismo, Congregação Cristã do Brasil, Tabernáculo da Fé, Só Jesus, Igreja
de Cristo Internacional, Igreja da Unificação, Igreja Local de Witness Lee, Voz
da Verdade, Testemunhas de Yehoshua, Igreja Pentecostal Unida do Brasil,
Meninos de Deus, Confissão Positiva, Igreja Católica Apostólica Romana e etc.
ORIENTAIS
– São seitas provindas do lado oriental do nosso planeta ramificadas em
religiões do Oriente Médio e Ásia. Suas mensagens são antagônicas as do
Cristianismo, por não derivarem do mesmo. Seus adeptos são muito difíceis de
serem evangelizados, por haver uma base teológica diferente da nossa.
Ultimamente a simpatia Ocidental às seitas do Oriente tem sido muito grande.
Por isso já existem templos, entidades, empresas, seguidores em todo país.
Algumas delas: Arte Mahikari, Lamaísmo, Zen-budismo, Nitiren Shoshu,
Seicho-no-iê, Perfect Liberty, Igreja Messiânica Mundial, Kharijitas,
Mutajalitas, Mujiritas, Xiitas, Sunitas, Sufitas, Meditação Transcendental,
Hare Krishna, Missão Ramakrishna, Krishnamurti, Teosofia, Templo da União
Universal, Rajnish e etc.
SECRETAS
– Debaixo de um sigilo muito grande, elas apostam na curiosidade humana. Seus
ensinos e seus cultos são muito diversificados e ritualísticos. Numa restrição
discreta elas têm envolvido a muitos dos que não gostam de se identificar como
“religiosos”. Algumas delas: Maçonaria, Teosofismo, Ordem Rosacruz e etc.
OCULTAS
– Estão sempre envolvidas com o misticismo, esoterismo e feitiçaria. Tentam se
auto-afirmarem dentro da sociedade, pois cultuam a demônios, e na história
sempre foram vistas pela ótica pejorativa. Porém, hoje isso tem mudado 180o com
a ajuda da mídia. Há um contato muito estreito com os espíritos malignos que
são confundidos por espíritos de humanos que morreram. Como exemplo de seitas
que derivam indiretamente das religiões, com exceção do satanismo: Espiritismo,
Legião da Boa Vontade, Racionalismo Cristão, Santo Daime, Cultura Racional,
Ciência Cristã, Nova Era e etc.
COMO
IDENTIFICAR UMA SEITA?
Uma
seita é identificada, em geral, por aquilo que ela ensina (Mt.7.15-20): sobre a
Bíblia Sagrada, a pessoa de Deus, a queda do homem, o pecado, a pessoa e a obra
de Cristo, a salvação e o porvir. Se o que uma crença ensina sobre estes
assuntos não entrar em harmonia com a Palavra de Deus, podemos estar certos que
estamos diante de uma seita herética ou “hairesis”. Toda seita herética tem
mentiras, e nenhuma mentira vem da verdade (1Jo.2.21). As seitas heréticas têm
também verdades. Mas, lembre-se: duma mesma fonte não pode vir águas doces e
salgadas (Tg.3.12).
Exclusivistas
– Só a igreja na qual pertencem é a verdadeira. Só convivem com os que pertencem
ao grupo. Proíbem a leitura de literaturas pertencentes a outras denominações
(ver Dt.10.17; 1Co.12.5,6; Mc.9.38-40);
Detentoras
da verdade – Somente elas têm a verdade. Só elas estão certas. Todas as outras
igrejas apostataram da fé (ver 2Pe.1.20);
Anunciadores
de novas revelações – O grupo tem uma mensagem fora da Bíblia. Sendo o líder
escolhido pelo próprio Deus para trazê-las (ver Gl.1.8,9; Pv.30.5,6; Dt.4.2;
Ap.22.18,19);
Quebram
o 3o mandamento – Não se conformam com o que diz a Bíblia. Profetizam aquilo
que o Senhor não falou (Jr.23.21), explorando assuntos concernentes ao “fim do
mundo”, “volta de Jesus Cristo”, “nova era”, “aparecimento e existência de
seres extraterrestres (E.Ts)”. (ver At.1.7; Mt.24.36; Ap.22.18,19), em fim, vão
além das Escrituras (1Co.4.6);
Adicionam
algo a Bíblia – Sua fonte de autoridade não leva em consideração somente a
Bíblia. Possuem sempre outras fontes de autoridades. (ver Dt.4.2; Pv.30.5,6;
1Co.4.6; Gl.1.8);
Tiram
algo da pessoa de Jesus – Lhe diminuem ou a autoridade, ou sua santidade, ou
sua divindade, ou sua encarnação, ou seu sacrifício, ou sua morte, ou sua
ressurreição. A cristologia é a doutrina bíblica mais ferida pelos sectários.
(ver Mt.28.18; Hb.4.14,15; Jo.1.1,14; 1Jo.4.10; Rm.5.6; 4.25);
Multiplicam
aquilo que Deus determinou para salvação – Pregam a auto-salvação. Crer em
Jesus não é tão importante para a salvação. Às vezes, repudiam publicamente o
sangue de Jesus. Preferem pregar a salvação pelas obras. (veja Is.43.11;
At.4.12; Ef.2.8,9; Rm.3.28);
Dividem
a salvação entre Deus e a organização – Só a denominação na qual pertencem pode
conduzir as pessoas à salvação. Não existe salvação fora de sua igreja (veja
At.5.29; Mt.20.25-27; Jo.14.6; Cl.1.18).
AS
HERESIAS DAS SEITAS
Toda
seita tem suas heresias. É isso que as classificam como tais. Por isso iremos
falar acerca deste assunto e refutarmos algumas das principais heresias dos
quatro tipos de seitas. As heresias são verdadeiros “fermentos”, e só basta um
pouquinho para levedar toda uma massa (Gl.5.9). Porém, temos na Bíblia Sagrada
resposta para as elas (2Tm.3.16; Hb.4.12).
ALGUMAS
HERESIAS DE SEITAS PSEUDOCRISTÃS
O
SABATISMO – A observância e a pregação do dia de sábado é um mandamento dentro
de seitas pseudocristãs envolvidas com este ensinamento. Destacam-se “a Igreja
do Evangelho Eterno” e a “Igreja Adventista do Sétimo Dia”. Ensinam que o
sábado deve ser guardado por todos os verdadeiros cristãos. E em cima disso
fazem suas declarações proféticas, ameaçadoras e de salvação por obras.
Refutação
bíblica – Nos escritos deixados por seus apóstolos não é pronunciado o 4o
mandamento. Essa omissão do sábado nos escritos neotestamentários não foi
esquecimento dos escritores (Jo.14.26). É porque não foi estabelecido para ser
observado no Novo Testamento. Vejamos abaixo os dez mandamentos do velho pacto
e a ratificação destes no novo pacto. Observe que o 4o mandamento não é
encontrado.
VELHO
TESTAMENTO
1o
Êx.20.3
2o
Êx.20.4,5
3o
Êx.20.7
4o
Êx.20.8
5o
Êx.20.12
6o
Êx.20.13
7o
Êx.20.14
8o
Êx.20.15
9o
Êx.20.16
10o
Êx.20.17
NOVO
TESTAMENTO
1o
1Co.10.19,20; 8.6; 1Tm.2.5
2o
1Jo.5.21; At.17.16; 1Co.10.14
3o
1Tm.6.1; Mt.6.9
4o Não
há um registro óbvio!
5o
Ef.6.1-3
6o
Rm.13.9b
7o
Rm.13.9a
8o
Rm.13.9c
9o
Mt.19.18d
10o
Rm.13.9d
O
sábado é um mandamento local e não universal. Por isso não é observado no N.T.
porque foi um pacto feito com os judeus e não com os gentios (Êx.19.3-6;
24.3-8). Um mandamento bíblico só é universal quando não se limita a algum povo
(ver Êx.31.16,17).
O
sábado tornasse em desuso porque não é ratificado no N.T. Pois o antigo pacto
foi só com Israel (Sl.147.19,20), e como o novo pacto se estende a todos os
povos (Gl.3.28), o N.T. é a confirmação de seguirmos ou não certos mandamentos.
E este depõe o sábado: Mc.2.27,28; Rm.14.4-6; Mt.12.5 e compare Os.2.11 c/
Cl.2.13-16.
LEGALISMO
– Os legalistas são os que crêem que através de observância da Lei conquistam a
salvação. Por isso insistem em dizer que a Lei não foi abolida. E para fugirem
dos textos que provam que Cristo aboliu a Lei, dividem-na em duas. Uma chamada
“lei cerimonial”, onde ensinam que foi essa que Jesus aboliu. A outra chamam de
“lei moral” (o Decálogo), ensinam que esta vigora até hoje e todos devem
obedecer-lha. Como diz o ditado que um abismo chama o outro. Esta heresia apóia
a heresia do sabatismo, em virtude do 4o mandamento ser a guarda do Sábado. O
legalismo vem sendo pregado pelos “Adventistas”, pelos seguidores da “Igreja do
Evangelho Eterno” e por alguns cristãos evangélicos desinformados.
Refutação
bíblica – Longe de declarar que a lei não seja boa, perfeita, santa (Rm.7.12).
Mas quanto ao ser humano, fica difícil atribuirmos mesmas qualidades (idem
v.14). A salvação não depende da observância de leis ou da lei ou das obras da
lei. É pela graça de Deus que somos salvos, e ele requer de nós apenas a fé
para salvação (Ef.2.8,9). Ninguém cumpriu a Lei; todos nós somos transgressores
dela (Rm.3.23; 1Jo.1.10; 3.4). E incapazes de cumprir integralmente (Gl.3.10;
Tg.2.10). A tentativa de cumprimento da Lei para salvação anula a cruz de
Cristo (Gl.2.21). Precisamos passar pelo novo nascimento (1Jo.3.9; Gl.6.15). E
logo, a palavra Lei em nenhuma das 400 vezes que ocorre na Bíblia não se refere
somente ao decálogo (lei moral). Devemos tê-la como um todo (ver Js.8.30-35; Ne.8.1-14;
Rm.2.27; Gl.5.3,4). A Lei foi abolida por Cristo como meio de salvação
(Cl.2.13,14; Hb.7.18; 2Co.3.3-18; Lc.16.16 compare c/ 24.44). Agora, como
instrutora, corregedora e disciplinadora do cristão continua a sua validade.
Contudo, há pecados no N.T. que não constam no decálogo (lei moral), é pecado:
lascívia, avareza, heresia, glutonaria, bebedices, feitiçaria, etc.
(Gl.5.19-21; 1Co.6.10). Há dois mandamentos no A.T. que não constam no
decálogo, um é citado em Dt.6.5 e o outro em Lv.19.18 (Jesus citou eles como
superiores Mt.22.35-40). E constam na lei que chamam de “cerimonial”, porém são
de natureza moral. Também há na lei que chamam de moral um mandamento que é de
natureza cerimonial (Êx.31.16). Portanto fica impossível afirmar que há uma
divisão da Lei sem se contradizer com os textos bíblicos que falam do assunto.
A Lei deve se classificar (e não se dividir) da seguinte forma:
Lei
Universal (conhecida também como Lei Moral): É a vontade de Deus
descentralizada de um povo específico, dirigida para todos os povos, línguas e
culturas. Que permanece não para salvação, mas para instrução.
Lei
Local (conhecida também como Lei Cerimonial ou Civil): É a vontade de Deus
centralizada, dirigida para uma comunidade, nação ou cultura específica.
Baseada em cerimônias, simbolismos e alguns preceitos. Que entrou em desuso com
a vinda do evangelho de Jesus para todos os povos (Lc.16.16).
O
JEOVISMO – Os jeovistas pregam que Deus tem um único nome. Usando o texto de
Êx.3.15 com suas Bíblias TNME invadem as casas das pessoas dizendo que o nome
de Deus é Jeová e não há outro: “Disse Deus ainda mais a Moisés: Assim dirás
aos filhos de Israel: O SENHOR (na TNME: Jeová), o Deus de vossos pais, o Deus
de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros; este é o
meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração.” A seita
que lida direto com este ensino são “as Testemunhas de Jeová.”
Refutação
bíblica – Se esquecem do que escrevem as próprias Testemunhas de Jeová. No
livro “Riquezas” pág.134 não dizem bem assim. Apresenta-se como nome: “Deus”,
“Altíssimo”, “Pai”. Como pode mediante esse fato um T.J chegar a nos dizer que
“Deus” não é nome?
Nessa
revelação de Deus a Moisés em Êx.3.15 vemos Deus apresentar-se transliterado do
texto original assim: YHVH (chamamos de tetragrama). No hebraico só escreve-se
consoantes e o A.T. se encontra assim também. Fazendo a leitura, oralmente se
adicionavam as vogais. E isso é assim até hoje em Israel. O povo de Israel
temia e ainda temem o 3º mandamento. Em virtude disso e também dos incessantes
cativeiros foram esquecidas as vogais usadas para dar sentido a expressão
“YHVH” apresentada por Deus a Moisés. Os judeus usavam o nome transliterado:
’adonay, traduzimos: Meu Senhor, Mestre, em substituição ao nome YHVH. Alguns
usavam O ETERNO. Atualmente chamam HASHEM, O NOME. Para dar sentido ao
tetragrama utilizavam-se das vogais “a,o,a” de ’adonay em substituição as
vogais originais, ficando YEHOVAH. Onde uma regra da gramática hebraica manda
pronunciar o “a” na 1ª sílaba de “e”. Acredita-se que por volta do século XII,
um monge católico foi quem transformou YAHVEH em Javé construindo o tetragrama
com a 1ª vogal de ’adonay a 1ª vogal de ’elohim. Outros dizem que a construção
YEHOVAH deriva da 1ª vogal de ’elohim e as vogais finais “o,a” de ’adonay.
Como
acabamos de analisar. A palavra “Jeová” não é o nome legítimo de Deus. Foi
formada por vogais emprestadas de outro nome de Deus. E logo, no texto original
que menciona o tetragrama, não constam nem as vogais legítimas, quanto mais
emprestadas. E mais, dizer que Jeová é o único nome de Deus é querer conceituar
Deus ao nosso entendimento. Se nós temos um único nome, não significa que com
Deus também seja assim (Is.55.8,9). Um só nome não seria capaz de representar a
Deus como representam os nossos nomes (ver Gn.30.8). Deus tem vários nomes
(’El, ’Adonai, ’Elohim, Jeová, Jesus) e vários títulos (Rei dos reis, Primeiro
e Último, Criador, Redentor, Eterno, Senhor dos senhores, Verbo, Estrela da
manhã, Conselheiro, Príncipe da paz, etc.). Isso as Ts.J omitem.
UNICISMO
– Esta heresia tenta explicar o assunto desenvolvendo a teoria de três
manifestações. Seria um único Deus Verdadeiro que se manifestara em três
formas, ora como Pai, ora como Filho, ora como Espírito Santo. As principais
seitas adeptas deste pensamento são: “Igreja do Evangelho Eterno”, “Tabernáculo
da Fé”, “Só Jesus”, “Voz da Verdade”, “Igreja Local de Wintness Lee”.
Refutação
bíblica – Essa teoria unicista não encontra sustentação na verdade bíblica, já
que na Bíblia encontramos passagens deixando claro que há pessoas distintas na
divindade e não meras manifestações (Jo.1.1-2; 8.16-18; 15.26; 1Jo.2.22;
2Jo.v.3). O conceito unicista entra em conflito com a doutrina da obra
mediadora entre Deus e o homem. A reconciliação (2Co.5.18-21) subentende deixar
de lado a inimizade. Que inimizade é deixada de lado? As Escrituras revelam que
Deus está em inimizade contra os pecadores (Rm.1.18), e que as pessoas, nos
seus pecados, também estão em inimizade contra Deus (Rm.3.10-18; 5.10). Deus
envia o Filho ao mundo (Jo.3.16,17). Jesus se submete com obediência a vontade
do Pai (Mt.26.39). O relacionamento entre o Pai e o Filho fica claramente
evidente aqui. O Filho suporta a vergonha do madeiro maldito, trazendo a paz (reconciliação)
entre Deus e a humanidade (Rm.5.1; Ef.2.13-16). Se duas pessoas distintas não
forem reveladas aqui, no ato mediador da cruz, esse evento seria uma mera
charada de um único Cristo. Em Mc.10.45 declara que Cristo veio para “…dar a
sua vida em resgate por muitos.” O conceito de resgate é usado com referência
de um pagamento que garante a libertação de presos. A quem Cristo pagou o
resgate? Negando uma distinção entre as Pessoas da divindade, conforme faz o
unicismo, Cristo teria que pagar o resgate ou à raça humana ou à Satanás. Porém
a humanidade está morta em transgressões e em pecados (Ef.2.1), nenhum ser
humano teria o direito de exigir que Cristo lhe pagasse resgate. Nem muito
menos Satanás, nós não devíamos nada a Satanás (não existe nenhuma passagem que
fale isso). Ele não poderia fazer a extorsão de Cristo. Essa idéia de satanás
exigir resgate pela humanidade é blasfêmia (Jo.10.15-18). A nossa dívida era
para com Deus (compare Lv.19.22 c/ 1Jo.4.10 e Jo.1.29). Quanto ao Espírito
Santo, Cristo declara que o Espírito Santo é outra pessoa, distinta dele
(Jo.14.16). O próprio Cristo declarou que o enviaria (Jo.16.7,8).
ANIQUILACIONISMO
– Tem sido uma das heresias de maior destaque nos movimentos sectários. Segundo
essa teoria, o homem ímpio será finalmente reduzido a nada. Esse mesmo conceito
é refletido em alguns contextos da filosofia oriental. A seita que mais se
destaca com esse ensino é o “Adventismo do Sétimo Dia” e “As Testemunhas de
Jeová”.
Refutação
bíblica – É evidente que este ensino entra em contradição com várias passagens
da Bíblia, dentre elas vale citarmos: Dn.12.2; Mt.25.41,46; Jo.5.29. Tanto o
livro de Daniel quanto o de Mateus estão de acordo ao afirmar que: Os justos
ressuscitarão para vida e gozo eterno. Enquanto que os ímpios ressuscitarão
para a vergonha e horror igualmente eternos (ver Rm.6.23). As expressões:
“destruídos”, “exterminados”, quando se referem ao destino dos ímpios na
Bíblia, não podem ser tomadas como aniquilação da alma, mas do corpo. Pois não
se aniquila a alma. “Morte” também não significa aniquilamento, significa
“separação”. Existe a morte (separação): do corpo (Ec.12.7), do espírito humano
de Deus (Gn.2.17) e a eterna (2Ts.1.9). Se fosse certo que o ímpio será
destruído (no sentido de aniquilação da alma), porque então terá ele de
ressuscitar e depois ser lançado no lago de fogo? (veja também Ap.14.10,11). A
Bíblia fala de “fogo eterno” como condenação dos ímpios (Mt.18.8; 25.41;
Jd.v.7). E que o Diabo padecerá no inferno “pelos séculos dos séculos” (Ap.20.10).
Observe nesse texto que a besta e o falso profeta já haviam sido condenados
antes de Satanás (Ap.19.20), e quando ele é lançado no lago de fogo mil anos
depois, esses dois personagens apocalípticos ainda se encontravam lá, ou seja,
eles não foram “aniquilados”.
A
MORTALIDADE DA ALMA – Esta heresia é pregada pelas Testemunhas de Jeová e por
alguns professores de teologia. No livro Seja Deus Verdadeiro, pág’s. 56,59
(publicado pelas Testemunhas de Jeová) faz a seguinte declaração: “Os
cientistas e cirurgiões não foram capazes de encontrar no homem nenhuma prova
determinante de imortalidade. Não podem encontrar nenhuma evidência indicativa
de que o homem possui uma alma imortal … Assim, vemos que a pretensão de que o
homem possui uma alma imortal, e que, portanto, difere das bestas, não é
bíblica”.
Refutação
bíblica – Em primeiro lugar precisamos entender que as coisas espirituais não
se discernem humanamente (1Co.2.14,15). Em segundo lugar a sabedoria de Deus é
loucura para os homens (1Co.1.18). Em terceiro lugar devemos concordar que o
homem é um ser tricótomo (1Ts.5.23; Hb.4.12). Não podemos tomar a palavra
“alma” como sentido estrito de “pessoa”. Do contrário entraremos em contradição
com vários textos bíblicos. Além dos supracitados veja estes outros: Mt.10.28,
Lc.16.19-31 e Ap.6.9. É evidente em toda Bíblia que a palavra “alma” nem sempre
significa a mesma coisa, a variação do seu significado depende muito das
circunstâncias em que a palavra é usada. Tanto a palavra “alma” como “espírito”
são polissêmicas. Existe “alma” como o próprio sangue (Lv.17.14); como pessoa
(Gn.46.22); como a própria vida (Lv.22.3); como espírito e coração (Dt.2.30) e
“alma” como elemento distinto do espírito e do corpo (Jó 12.10; 27.3;
1Pe.2.11). Portanto, quando a Bíblia aplica a palavra “alma” com sentido de
pessoa não está limitando a palavra exclusivamente a “pessoa” ou “criatura
humana vivente.” É o que chamamos de “sinédoque”, uma figura de linguagem, que
significa tomar parte da coisa, pessoa ou objeto como se fosse toda a coisa,
pessoa ou objeto. O texto de 1Tm.6.16 não desdiz o que acabamos de falar.
Apenas afirma que Deus é o único que possui a imortalidade, isso não significa
dizer que não recebemos essa dádiva dele. A verdade é que a alma sobrevive após
a morte (Ec.12.7; Mt.10.28; Lc.23.43). Ora, a Bíblia quando fala de Abraão,
Isaque e Jacó os reconhecem como vivos (Mt.22.32; Mc.12.26,27; Lc.20.37,38).
Você não encontra na Bíblia a expressão “alma mortal”, encontrará “corpo
mortal” que ocorre três vezes (Rm.6.12; 8.11; 1Co.15.53). Deus colocou a
“eternidade” (do hebraico ‘olam) no coração (alma) do homem (Ec.3.11). Algumas
versões em português colocaram equivocadamente a palavra “mundo” ao invés de
“eternidade”. Sendo que a definição primária de ‘olam é “longa duração,
antigüidade, futuro, para sempre, sempre, eternamente, para todos os tempos,
perpétuo…”. Em última definição se coloca “… velho, antigo, mundo”. Ora, se o
autor do livro de Eclesiastes quisesse se referir diretamente ao planeta ou
mundo, ele teria usado ‘erets (terra) ou tebel (mundo). Onde “mundo” ocorre 42
vezes na versão Almeida Atualizada e em nenhuma delas consta a palavra hebraica
‘olam.
O SONO
DA ALMA – Este outro sofisma afirma que os mortos estão inconscientes até o
arrebatamento ou o juízo final. Prega-se o sono da alma entre os “Adventistas
do Sétimo Dia”. Segundo eles, o que o homem possui é o “fôlego da vida”, o que
dá animação ao corpo, que lhe é retirado por Deus, quando expira. E o fôlego é
reintegrado no ar, por Deus, mas não é entidade consciente ou homem real.
Refutação
bíblica – A expressão “dormir” usada no novo testamento para tipificar a morte
não são literais. Representam a indiferença dos mortos para com os
acontecimentos normais da Terra e nunca para com aquilo que faz parte do
ambiente onde estão as almas desencarnadas. Existem algumas exceções, por
exemplo: 1Ts.5.7; Mt.13.25. Assim como o subconsciente continua ativo quando o
corpo dorme, a alma do homem não cessa sua atividade quando o corpo morre. Em
Dn.12.2 fala do dormir no corpo (pó), como ele próprio diz “…dormem no pó…”.
Jesus também usa expressão semelhante quando disse “corpos dos santos, que
dormiam” (ver Mt.27.52). Ensinar o contrário do que estamos dizendo aqui é se
descomprometer com a Palavra de Deus. Tal ensino ficará em contradição com:
Lc.16.19-31; Ap.6.9; Lc.23.43; Mt.17.3. Substitua a palavra “espírito” por
“fôlego” ou “sopro” nas seguintes referências e veja a contradição: Mc.2.8;
At.17.16; Jo.13.21 2Co.7.1; 1Pe.3.4; Mt.26.41. Quando a Bíblia diz que Deus “soprou”
no homem lhe dando o “fôlego da vida” (Gn.2.7) não está sendo literal, pois
para “soprar” Deus teria que ter pulmões. O texto faz uso de antropomorfismo. O
autor está dizendo que Deus deu um espírito ao homem quando este foi criado.
Que é a porção espiritual. E o corpo, porção material. Assim, o que o ser
humano tem nele é o “espírito” que volta para Deus quando morre (Ec.12.7). Bem
como sua “alma” (1Rs.17.22). Que fica consciente e carrega consigo toda a
memória de suas obras para que seja julgado logo após a sua morte (Hb.9.27;
Lc.16.22,23). Observe o texto de Jo.5.24 e a expressão “não entra em juízo” na
versão Almeida Revista e Atualizada, saiba que “entra” é tradução do grego
“erchomai” que significa “vir” e só pode ser usado no tempo presente. Esse
verbo em outros tempos (passado ou futuro) se usa a palavra “eleuthomai” ou
“eltho”. A versão King James respeita também esta regra e até usa as mesmas
palavras da versão Almeida Revista e Atualizada. O mesmo faz a versão católica
de Jerusalém, obedecendo rigorosamente o emprego do verbo grego “erchomai”
(vir): “não vem a julgamento”. Portanto, até Jesus sabia que logo a seguir a
morte vinha o juízo.
A
palavra grega “koimao” (dormir) é também usada como metáfora de “morrer” (ver
1Co.11.30; 15.6,20; 1Ts.4.13-15; Jo.11.11). E ainda, outra palavra grega:
“katheudo” (dormir) é usada como eufemismo de morte (ver Mt.9.24; Mc.5.39;
Lc.8.52). Portanto, a palavra “dormir” não tem categoricamente o sentido
literal.
Observação:
Usar textos do livro de Eclesiastes para provar sono ou inconsciência dos
mortos é puro sofisma e falta de contextualização do próprio livro. Onde em
Ec.1.3,9,14; 2.11,17-20,22; 3.16; 4.1,3,7,15; 5.13,18; 6.1,12; 8.9,15,17;
9.3,6,9,11,13; 10.5, há a expressão “debaixo do sol” e em Ec.1.13; 2.3; 3.1 a
expressão “debaixo do céu”. Salomão está relatando sua observação nas
eventualidades sob o sol, ou seja, a vida aqui na Terra, excluindo, portanto, a
realidade além do céu ou pós-túmulo. Por isso que o uso da passagem de Ec.9.5
para afirmar que há uma inconsciência dos mortos (sono) é fora de contexto.
TEÍSMO
PARADOXAL – Por não compreenderem o mistério de Deus-Cristo, as Testemunhas de
Jeová criaram essa teoria. Negando a divindade de Cristo e a pluralidade da
unidade divina (1Tm.3.16). Assim desenvolveram um sistema doutrinário, ou seja,
a crença em duas divindades, uma todo-poderosa, chamada de Jeová e outra menos
poderosa ou apenas poderosa, chamada de Jesus.
Refutação
bíblica – Esse ensino cai de vez no politeísmo. Algo impensável na fé cristã
monoteísta (Dt.6.4; 1Tm.2.5). O termo usual mais certo para definir este tipo
de heresia é henoteísmo, uma subdivisão politeísta que acredita que existem
muitos deuses, mas somente um que deve ser adorado. Bem dizia o Credo Niceno:
“Pois da mesma forma que somos compelidos pela verdade cristã a reconhecer cada
Pessoa (da Trindade), por si mesma, como Deus e Senhor. Assim também somos
proibidos pela religião cristã de dizer: Existem três deuses ou três senhores”.
À luz da Bíblia esta heresia não sobrevive. Se só Jeová foi quem criou todas as
coisas (ver Is.44.24). Como é que no N.T. somos informados que foi Jesus quem
criou tudo (Jo.1.3)? Para fugirem da realidade que Jesus e Jeová formam uma
unidade composta (דחא Trindade) se complicam. Por
isso que em Cl.1.16-18,20 acrescentam a palavra “outras” entre colchetes “[ ]”
quatros vezes para não contradizer seus ensinos.
Existem
dois tipos de divindade. Uma é verdadeira e a outro é falsa. Uma possui
qualidade divina, outra não (Gl.4.8). Logo, se Jesus é Deus (Jo.1.1; 20.28,
compare Jo.8.12 c/ 1Jo.1.5), se Ele é a verdade (Jo.14.6), sendo logicamente
Deus verdadeiro (1Jo.5.20), como fica Jesus seguindo esse raciocínio? Há duas
divindades verdadeiras? Poderia ser Jesus um deus falso possuindo qualidades
divinas? (ver Ap.1.8; 4.8; 22.12,13,16). Há outro Deus verdadeiro além de
Jeová? (ver Is.43.10; Jo.17.3). A verdade é que Deus é Pai e é Filho. Quando
dizemos que Jesus é Deus não estamos dizendo que Jesus é o Pai, mas que ele
forma uma unidade composta com o Pai (Jo.1.1; 10.30; 1Jo.5.7 nas versões do
Códex Sinaiticus).
Observação:
O fato de Jesus ser poderoso em Is.9.6 não significa que ele é inferior ao Pai.
Pois no contexto Jeová também é chamado de poderoso (Is.10.21).
ANTITRINITARISMO
– Não aceitando Deus da maneira como Ele se revela na Bíblia, os seguidores
desta heresia negam completamente a doutrina da Trindade. Destacando-se “as
Testemunhas de Jeová”, “os Mórmons”, “Igreja Voz da Verdade” e também uma seita
oculta chamada “Espiritismo”.
Refutação
bíblica – Tanto o Pai, como o Filho (Mt.18.20; 28.18; Jo.21.17), como o
Espírito Santo (Sl.139.7; Rm.15.19; 1Co.2.10), são Onipresentes, Onipotentes e
Oniscientes. Todas as três Pessoas da Trindade possuem qualidade divina.
Negando a Trindade tornaremos politeístas ou triteístas como ensina o
Mormonismo. Por outro lado, cremos em um só Deus eternamente subsistente em
três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não são três deuses, são três
pessoas em uma unidade composta (Jo.1.1; 10.30; Jo.14.16). Para a palavra
“único” no A.T. há vocábulos hebraicos distintos. Para “único” com o
significado de unidade absoluta no hebraico usa-se ישד (transl.: yachid), exemplos: Gn.22.2; Pv.4.3;
Jr.6.26; Am.8.10. E “único” com o significado de unidade composta usa-se אחד (transl.: ’echad) exemplos: Nm.13.23; Gn.41.25 e
Dt.6.4. Essa palavra hebraica é a melhor referência de “Trindade” na Bíblia.
Portanto,
o Deus: Pai (Êx.20.2), Filho (Jo.1.1) e o Espírito Santo (At.5.3,4). Criador de
tudo (Is.44.24; Jo.1.3; Jó 33.4), presente na fórmula batismal (Mt.28.19), na
distribuição dos dons (1Co.12.4-6), na bênção apostólica e sacerdotal
(2Co.13.13; Nm.6.24-26), habita conosco (2Co.6.16; Jo.14.23; 1Co.6.19), o único
santo (Ap.15.4; At.3.14; 2.38), é trino e nem por isso deixa de ser único.
PENITÊNCIA
(heresia exclusivamente Católica).
O
catolicismo Romano define este dogma da seguinte forma: “A absolvição tira o
pecado, mas não remedia todas as desordens que ele causou. Liberto do pecado, o
pecador deve ainda recobrar a plena saúde espiritual. Deve, portanto, fazer
alguma coisa a mais para reparar seus pecados; deve ‘satisfazer’ de modo
apropriado ou ‘expiar’ seus pecados. Esta satisfação chama-se também
‘penitência’.” (retirado do Catecismo pág.402, §1459).
Refutação
bíblica – Os católicos seguem fielmente a penitência, crendo que essas boas
obras são exigidas por Deus para fazer compensação por seus pecados e
restaurá-los à “plena saúde espiritual.” Os fiéis chegam ao extremo das
limitações humanas. Muitos conhecidos como “romeiros”, fazem grandes
caminhadas, umas a pé outras até de joelhos. Uma verdadeira negação ao
sacrifício de Jesus camuflado de “atos de fé e devoção”. Este dogma desafia a
Palavra de Deus e degrada a obra de nosso Senhor Jesus Cristo na cruz do
Calvário (ver 1Jo.1.9; Hb.8.12; 10.17,18; Gl.2.16,21; Is.53.5; 64.6). O
sacrifício de Jesus não foi incompleto, como se precisasse de um reforço ou um
complemento! Observe a orientação dada pela igreja sobre como se faz a
penitência: “… pode consistir na oração, numa oferta, em obras de misericórdia,
no serviço do próximo, em privações voluntárias, sacrifícios, e principalmente
na aceitação paciente da cruz que temos de carregar.” (retirado do Catecismo
pág.402-403, §1460). Entretanto o sacrifício de Jesus na cruz anulou toda a
necessidade de ofertas ou obras de expiação (Hb.9.24-26; 10.8-12).
HIPERDULIA
– o culto especial a Maria (heresia exclusivamente Católica).
Na
apologia cristã evangélica isso se chama de “mariocentrismo” e “mariolatria”:
comportamento religioso do catolicismo romano que gira em torno de Maria e do
culto que é prestado a ela e suas imagens. No Catolicismo popular, Maria é o
centro de preces, devoção e adoração. Jesus praticamente é ofuscado pelo culto
a semideusa mãe.
Refutação
bíblica – Porém para a igreja do primeiro século o centro de tudo era Jesus
(1Co.3.11; Ef.4.5a). A adoração a Maria é flagrante dentro do catolicismo
popular, que é coberto por um discurso eufêmico de “veneração” dentro do
catolicismo tradicional. Bem como o uso de supostas réplicas de suas feições.
Porém Jesus foi muito claro: “… Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás
culto”. (Mt.4.10). A “hiperdulia” é uma adoração e um culto antibíblico e
anticristão, uma vez que ambos condenaram tal prática. “Idolatria” é o culto prestado
a ídolos. Vem do grego “eidololatreia”. Esse termo refere-se à “adoração” ou
“idolatria”. Ou seja, adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, etc.,
que tome o lugar de Deus, ou lhe diminua a honra que lhe devemos (ver
1Co.10.14). O ídolo (do grego “eidolon”) era e é uma “imagem” ou “réplica” de
adoração ou veneração. E a sua prática foi condenada tanto no antigo
(Êx.20.4,5) quanto no novo pacto (1Jo.5.21; 2Co.6.16). Portanto, a “hiperdulia”
(culto especial a Maria), bem como a dulia (culto aos santos e aos anjos) é um
grave pecado cometido pela igreja católica e pelos católicos.
Maria
não é tida apenas como uma santa no catolicismo popular. Veja esta declaração:
“Sois onipotente ó Maria… Ó mãe de Deus vossa proteção traz a imortalidade;
vossa intercessão, a vida… pois só por vosso intermédio esperamos a salvação.”
(retirado do livro “Glórias de Maria” págs.100, 77, 147). Acompanhe os meus
grifos: “Onipotente” é um atributo da divindade (Sl.91.1), “mãe de Deus”
implica atualmente em ser deusa, negando assim a encarnação de Cristo (ver
Fl.2.5-8; Jo.1.14; 1Jo.4.2,3). A “intercessão” é uma ponte divina humana
(1Tm.2.5) e a “salvação” uma dádiva divina (Is.43.11; At.4.12). Quem é Maria
para o catolicismo popular? Só pode ser uma deusa. E quanto a isso a Bíblia é
terminantemente contrária (Êx.20.3; Is.42.8; 1Co.8.4). A igreja cristã
verdadeira tem uma mensagem cristocêntrica! Jesus é o centro de nossas vidas
(Rm.11.36; Cl.1.16b).
Obviamente
o catolicismo tradicional é conivente com isso. Até porque o próprio Catecismo
ensina o mariocentrismo e a mariolatria, como por exemplo, na página 274, §969
diz: “… Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora,
protetora, medianeira”. “… A piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é
intrínseca ao culto cristão. A Santíssima Virgem é legitimamente honrada com um
culto especial pela Igreja”. E na página 275, §975: “Cremos que a Santíssima
Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da igreja, continua no Céu sua função materna em
relação aos membros de Cristo”.
Ora, a
partir do momento que se coloca Maria como “Mãe de todos”, “advogada”,
“medianeira” e um “culto” é prestado, ela assume o “centro das atenções” e
“toma a adoração” que é para o Trino Deus: “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome;
a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de
escultura”. (Is.42.8). Veja que o apóstolo Paulo via as prerrogativas divinas
como legitimidade de uma divindade (Gl.4.8). Ele usou a palavra grega “phusis”
(natureza – características naturais de um ser) para definir a divindade. Se os
santos e Maria possuem “phusis theos” (natureza divina) eles são deuses, no
mínimo semideuses. O que contraria o 1º mandamento (Êx.20.3). E que se diga de
passagem que Maria também é aclamada por Roma como “Senhora”. Expressão usada
no N.T. grego: “kurios”, contudo atribuída a Cristo (Jo.13.13), em passagem
nenhuma do N.T., se refere a Maria. Ferindo a unidade da própria Igreja de
Cristo, que reza que “há um só Senhor [kurios]”. (Ef.4.5; Jd.v.4). Em Mc.12.29
fazendo referência a Dt.6.4. A palavra “kurios” se faz representar o nome
divino: “Yehovah”.
Todo o
argumento da teologia católica de que pessoas receberam glória na Bíblia são
argumentos sem sustentação. Porque a palavra glória tem uma polissemia muito
clara. Um estudante sério das Escrituras não confundiria, por exemplo, a glória
citada por Paulo aos cristãos em Rm.2.10 com a glória citada por João a Cristo
em Jo.1.14. O mesmo ocorre com os outros substantivos “honra”, “louvor” e etc.
São textos que não passam de pretextos. O mesmo ocorre com a questão da chamada
adoração da bandeira nacional. Onde ninguém nunca se viu o governo aclamando
que a nossa bandeira tenha poderes milagrosos ou que ela tenha prerrogativas
divinas nos céus. Usam-se também as passagens do Antigo Testamento onde Deus
manda confeccionar imagens de anjos e etc. Assunto dirimido no meu texto “Tipos
de Imagens” postado aqui.
A
PRIMAZIA PAPAL, LINHAGEM APOSTÓLICA E O EXCLUSIVISMO DE ROMA (heresias
exclusivamente Católicas).
Todos
os católicos são orientados de pai para filho acerca desde assunto. No
Catecismo reza-se: “Esta é a única Igreja de Cristo que no Símbolo confessamos
una, santa, católica e apostólica.” pág.232 §811. Cita-se sempre o texto de
Mt.16.18,19 e Jo.21.15-17 onde sofismam que Pedro era o líder supremo de uma
única igreja suprema. Dividiremos nossa refutação em três partes:
PARTE A
– Explicando o texto de Mateus 16.18,19
Quanto
ao verso 18: “Pedro” (traduzida do grego) ou “Cefas” (palavra aramaica) foi um
nome dado por Jesus ao apóstolo, que antes chamava-se “Simão” (Jo.1.42). O N.T.
foi escrito em grego, e a palavra grega traduzida por “Pedro” em Mateus 16.18 é
“petros” (uma rocha ou uma pedra), diferente da palavra grega traduzida por
“pedra” no mesmo texto que é “petra” (rocha, penhasco, grande pedra). Observe a
diferença: quando Jesus diz “tu és Pedro” Ele não está dizendo que ele é a
“pedra fundamental” da igreja cristã, mas possivelmente uma “pedra bruta” que
poderá ser uma “pedra de construção” (do grego “lithos” não usada no presente
texto). E quando Jesus diz “sobre esta pedra edificarei minha igreja” Ele
referiu-se a si mesmo e não a Pedro. Pois Pedro ainda nem era uma “pedra de
construção”. Esta palavra grega “petra” (traduzida por “pedra” no texto) é
associada pelo apóstolo Paulo em 1Co.10.4 a Cristo: “e beberam da mesma fonte
espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era
Cristo.” Isso ocorre porque a palavra “pedra” foi um título dado a Jesus em
profecias messiânicas (Is.28.16; Zc.10.4 e Sl.118.22). Por isso, quando Pedro
responde “tu és o Cristo” (Mt.16.16), ficou para Jesus fazer a confirmação se a
resposta de Pedro era correta e reitera-la com suas palavras. Concluindo-se em:
“Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to
revelaram, mas meu Pai, que está nos céus” (confirmação da resposta de Pedro,
v.17) e “sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (reiteração de Cristo,
v.18). O próprio Pedro anos mais tarde reiterou também: “Chegando-vos para ele,
a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e
preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa
espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”.(1Pe.2.4,5).
Pedro faz uma sinédoque da palavra grega “lithos” (pedra) para Jesus e para
todos os cristãos. Onde ele revela Cristo como a “pedra fundamental” e os
demais cristãos, inclusive ele sem nenhuma exclusividade ou pretensão, todos
são igualados como “pedras de construção”.
Parafraseando
o diálogo entre Cristo e Pedro “dentro do contexto” ficaria mais ou menos
assim:
JESUS
pergunta: “quem dizeis que eu sou?” (Mt.16.15).
PEDRO
responde: “tu és o Cristo [a pedra fundamental]” (idem v.16).
JESUS
aprova a resposta de Pedro: “Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi
carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”. (idem v.17).
E JESUS
reitera com suas palavras: “também Eu te digo que tu és Pedro [uma pedra] e
sobre esta pedra [pedra fundamental] edificarei a minha igreja…”. (idem v.18).
Portanto,
a “pedra” que a igreja cristã fundamenta-se não é Pedro, obviamente não é o
Papa. Pois dentro do contexto: do diálogo entre Jesus e Pedro, do Novo
Testamento na palavra grega “petra” traduzida por “pedra” e da “pedra angular”
do Antigo Testamento, tudo aponta para Cristo. Inclusive, essa minha
contestação é confirmada nas palavras do próprio Santo Agostinho: “Sobre essa
rocha, portanto, disse Ele, a qual tu confessaste, edificarei a minha igreja.
Porque a rocha (petra) é Cristo; e neste fundamento o próprio Pedro foi
edificado”. (Agostinho , On the gospel of John, Tratado 12435, The
Nicene and Post-Nicene Fathers Series I, 7.450).
Quanto
ao verso 19: “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus”. Esse texto não prova que
Pedro viesse a ser o supremo pastor da igreja cristã, ele próprio dizia que o
supremo pastor era Cristo (1Pe.5.4). Jesus estava apenas profetizando que Pedro
daria início ao plano de salvação, o que realmente veio a acontecer em
At.2.14-41. E se diga de passagem que Jesus deu a todos os apóstolos essa mesma
autoridade (Mt.18.18).
Quanto
ao texto de Jo.21.15-17: Não há base alguma para a alegação dos católicos de
que Jesus confiou a Pedro o cargo de pastor universal de seu rebanho. Ora, se o
triplo mandamento de Jesus a Pedro para que apascentasse os seus cordeiros e
ovelhas, significa-se que Pedro deveria ser o único Pastor do rebanho ou
igreja, então a tríplice resposta de Pedro à pergunta: “Tu me amas?”,
significaria que Pedro era o único que amava o Senhor. No entanto, as
Escrituras claramente nos provam que apascentar o rebanho de Cristo não foi
tarefa exclusiva de Pedro, mas de todos os apóstolos, pois a igreja se
alimentava da “doutrina dos apóstolos” e não da doutrina de Pedro (At.2.42),
era pastoreada por todos os bispos (At.20.28) e presbíteros (1Pe.5.2).
PARTE B
– Há uma linhagem “Apostólica” e de “Pedro” até os dias atuais?
Não
podemos esquecer de que todos os dogmas acrescentados ao longo da história
foram aceitos pela a Igreja, baseados no pressuposto de que os Papas foram
sucessores de Pedro e eles juntamente com os bispos continuaram com autoridade
apostólica e pertencente ao colégio apostólico, daí porque chamam Igreja
Católica Apostólica Romana. Ensina-se que o Papa é o sucessor de Pedro e
substituto do próprio Cristo: “O Papa, Bispo de Roma e sucessor de S. Pedro… em
virtude do seu múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui
poder pleno, supremo e universal…”. (Catecismo, p.253, §882). Mais acima diz:
“… o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, e os Bispos, sucessores dos
Apóstolos, estão unidos entre si”. (Idem, §880). Porém quatro questões devem
ser levantadas perante essas declarações:
Em
At.1.15-26 apresenta dois critérios para o apostolado: 1o era necessário ter
convivido com Jesus no tempo em que Ele esteve na terra; 2o era necessário ser
testemunha da ressurreição de Cristo (ver também 1Co.15.3-11; 9.1-3; Gl.1.1).
Que eu saiba, deste o Papa Leão I, e os bispos da época, até os dias de hoje,
nenhum desses, encaixam-se nos critérios aqui mencionados.
Em
Jo.14.26; 16.13; 14.16; 1Co.2.12,13 vemos nitidamente que o vigário
(substituto) de Cristo não é o Papa, mas sim o Espírito Santo de Deus. Jesus é
a “cabeça” da igreja e na sua ausência temos o Espírito Santo!
Em
Lc.22.25,26; 1Co.3.10,11; Mt.16.18; 1Pe.2.4-8 são unânimes em concordar que
Jesus é o líder geral da Igreja e que ela não precisa de outra cabeça pois Ele
mesmo já é (ver Ef.5.23). Todos os dons ministeriais existem para a edificação
do corpo de Cristo, a cabeça (Ef.4.11-13). Observe que esses “dons” não foram
dados só á Pedro, mas aos outros: “E ele deu uns como apóstolos, e outros como
profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres.” (idem
v.11).
Não há
um texto da Bíblia que prove Pedro ter primazia sobre os demais. Quando este
sentimento fermentava o coração de algum Jesus ensinava: “Mas entre vós não
será assim; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o
que vos sirva” (Mc.10.43). Jesus disse isto porque Tiago e João queriam a
primazia (idem v.35-42). O Papa tem autoridade sobre o seu ministério, assim
como o líder de cada ministério tem. Porém sob o ministério de Cristo é tomar o
lugar do Espírito Santo e monopolizar o Cristianismo. Pedro foi chamado por
Jesus para pastorear: “… Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas.”
(Jo.21.17), mas não para lhe tomar o lugar no trono!
Vejamos
alguns questionamentos bíblicos a despeito deste suposto papado de Pedro ou que
Pedro viera a ser o primeiro papa ou sucessor de Pedro:
1.Onde
está a passagem nas Escrituras que atribui a Pedro a posição de papa, ou cabeça
visível da igreja?
2.Se
Pedro tivesse sido ordenado soberano sobre os demais apóstolos porque não há
uma passagem bíblica chamando-o de “cabeça”, “sumo sacerdote”, “sumo pontífice”
ou “Sua santidade”?
3.Se
Pedro tivesse a primazia sobre os demais apóstolos, porque não fez ele sozinho
a escolha dos diáconos em At.6.1-6?
4.Se
Pedro fosse supremo, um papa, não parece estranho que os apóstolos em At.8.14 o
tivessem mandado a Samaria?
5.No
concílio de Jerusalém (At.15.1-29) os apóstolos e presbíteros se reúnem para
examinar a questão (v.6), Pedro dar sua parcela de participação no concílio
(v.7-11), Paulo e Barnabé participam também (v.12), Tiago pronuncia as últimas
palavras (v.13-21) e finalmente todos juntos decidem aquela questão e enviam
uma carta aos gentios (v.22-31). Se Pedro fosse papa, reconhecido pelos
apóstolos e presbíteros, ele poderia decidir a questão exclusivamente por seu
voto. E mais, ele não deveria presidir toda a reunião?
6.Se
Pedro fosse papa, porque Paulo não menciona o ofício dele em Ef.4.11-16 ?
PARTE C
– A igreja Católica Romana é a única igreja cristã?
Não
existe uma única igreja cristã, para que isso ocorresse deveria ter um único
líder cristão. E esse cargo já é ocupado por Jesus Cristo. Ele é a cabeça da
igreja cristã: “antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele
que é a cabeça, Cristo” (Ef.4.15). A igreja cristã é representada por várias
igrejas locais com seus respectivos pastores, bispos ou presbíteros: “Cuidai
pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos
constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu
próprio sangue.” At.20.28, veja também 1Pe.5.1-4.
A
verdade deve ser dita. Igreja nenhuma salva, somente Jesus Cristo pode fazer
esse papel (At.4.12; Is.43.11). Ele é que é o único caminho e a única verdade
(Jo.14.6; 17.3; 1Jo.5.20). A igreja de Cristo verdadeira não é definida por um
rótulo denominacional ou por seu tempo de existência, mas pela sua proclamação
fiel da Palavra e de seu testemunho perante os homens (Jo.8.31; 13.35; 15.8;
Mt.5.13-16; Tg.1.22-25). Se fracassar nisso não passará de uma aglomeração de
fariseus (Mt.5.20).
Com
esse flagrante exclusivismo, a Igreja Católica Apostólica Romana se coloca como
uma genuína SEITA CRISTÃ.
A
IMACULABILIDADE E A INTERCESSÃO DOS SANTOS CATÓLICOS (heresia exclusivamente
Católica).
a) Os
santos Católicos são imaculados ou só Maria é imaculada?
Há um
mito muito grande colocado nos “santos” da Igreja Católica pelo Catolicismo
popular. O católico não compreende que “santo”, sem pecado, só há um, que é
Deus (Ap.15.4; Jó 15.15,16). Seus santos tornam-se imaculados como o Deus
trino. Porém, a Palavra de Deus é clara, toda a raça humana nasce de baixo de
pecado (Rm.3.23; 5.12; Sl.51.5). A morte é a prova de que toda humanidade é
pecadora (Rm.6.23; 1Jo.1.10).
Os
santos da Igreja Católica não são mais santos do que qualquer cristão da
Igreja. A santidade humana é diferente da divina. Deus é santo “imaculado”, nós
somos “santos”, “separados” do mal para servi-lo, “santificados” por Deus e não
por conta própria (1Ts.5.23; 1Co.1.2; 6.11; Hb.2.11; 10.10).
Na
Bíblia a expressão “santo” é um adjetivo atribuído a Deus, aos anjos e aos
homens. Contudo, não precisamos de uma análise meticulosa para perceber que
quando se atribui a Deus tem uma diferença gigantesca quanto aos demais seres,
inclusive a Maria. O texto de Ap.15.4, por exemplo, diz: “Quem não temerá e não
glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo…”. O próprio ser
angelical que fala faz distinção do adjetivo “santo” quando atribuído a Deus.
Maria e os demais santos e anjos, todos foram atingidos pelo pecado
(Rm.3.22,23; Jó 15.15,16). E são santos pela graça divina. Enquanto que Deus é
santo por qualidade divina. Por isso, o termo “imaculado” é um termo exclusivo
de Deus.
Na
verdade, nesta questão, há uma desarmonia entre o Catolicismo popular e o Catolicismo
tradicional. O Catecismo (que é a fonte doutrinária do catolicismo tradicional)
não apresenta os santos como “imaculados”, mas como “modelos de santidade”
(conforme o Catecismo, p.238, §828). Segundo o catolicismo tradicional, esse
termo é usado exclusivamente para Maria (conforme o Catecismo, p.138, §490-492
e p.143, §508). O que também não deixa de ser um equívoco. Pois Maria foi
gerada por meio natural de reprodução humana (o ato conjugal de marido e
mulher), assim ela nasceu com pecado original. Do contrário a Igreja Católica
teria que atribuir a imaculabilidade a toda origem dela. Ao afirmar que Maria
“foi preservada imune de toda mancha do pecado original” os autores do
Catecismo não percebem que, para isso, a mãe de Maria deveria nascer sem pecado
também; a mãe da mãe de Maria também; a mãe, da mãe, da mãe, de Maria
igualmente e assim sucessivamente até chegar em “Eva”, que deveria estar sem
pecado, mas ela pecou e seu marido também (Gn.3.1-6). Por isso, toda humanidade
nasce com o pecado original, bem como Maria (Rm.5.12). Do contrário, se Deus
pôde tornar Maria sem pecado sem precisar fazer isso com toda a sua genealogia,
porque Ele não fez isso com toda humanidade que o buscasse? Pouparia assim a
crucificação de seu Filho.
Para
justificar essa imaculabilidade exclusiva de Maria o Catecismo prossegue
afirmando que ela, “para ser a Mãe do Salvador”, “foi redimida desde a
concepção”. Ora, Deus não precisava tornar Maria sem pecado para gerar Jesus.
Ele só precisava de uma virgem santa e temente a Ele para que o Espírito Santo
fizesse a obra. Cristo nasceu “imaculado” por mérito do Espírito Santo e não de
Maria. A passagem de Jo.3.6, embora dentro de outro contexto, faz distinção
entre geração da “carne” e do “Espírito Santo”.
José
não teve relações com Maria para gerar Jesus. Nisso o catolicismo concordará
comigo. Sendo assim, como a concepção de Jesus foi “sobrenatural”, conforme
Mt.1.20, aquilo que o catolicismo tenta justificar sobre a imaculabilidade de
Maria no seu Catecismo não justifica e nem encontra sustentação na Bíblia
Sagrada.
b)
Podem os santos interceder entre Deus e os homens?
Quanto
a intercessão dos “santos”, o Catecismo reza: “… A sua intercessão é o mais
alto serviço que prestam ao plano de Deus. Podemos e devemos pedir-lhes que
intercedam por nós e pelo mundo inteiro.” (p.689, §2683).
Refutação
bíblica – Este múnus é exclusivamente de Jesus Cristo: “Porque há um só Deus, e
um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm.2.5). Devemos
tomar cuidado com o eufemismo aqui. Tanto “mediador” quanto “intercessor” vão
levar ao mesmo raciocínio. Mediador pode significar “medianeiro”, que por sua
vez significa “intercessor”. O termo grego usado no texto é “mesites”, que tem
o significado de: “alguém que fica entre dois”, “mediador de comunicação” e
“arbitrador”. E para irmos a Deus só precisamos de Cristo, não precisamos de
ninguém! Observe que Jesus está “entre Deus e os homens”. E não entre Deus e os
santos ou Maria. O presente texto anula toda e qualquer oportunidade de se
pedir aos santos ou Maria para que estes peçam a Jesus para ele pedir ao Pai.
Tornando-se um preceito absoluto.
Entre
Deus e os homens há um grande abismo intransponível! Ninguém pode ir
diretamente ao Pai senão por Cristo (Jo.14.6). Jesus é a “ponte” que liga o
homem a Deus. Cristo já é o intercessor (Hb.7.25). Devemos ir diretamente a
Ele: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei.” (Mt.11.28). E mais, só Jesus é chamado de Sumo sacerdote e mediador
(Hb.9.11,12,15). Não há uma referência bíblica tratando outra pessoa na Nova
Aliança como Sumo sacerdote e Mediador dessa aliança.
Jesus
recebeu todo o poder para ouvir nossas preces (Mt.28.18; 1Jo.2.1; Hb.7.23-28).
A expressão “em meu nome” usada por Cristo, aparece 18 vezes no Novo Testamento
(versão Almeida Atualizada. Exemplo: Mt.18.20). Usar o nome de outras pessoas
para preces serem ouvidas é negar tudo o Cristo oferece. É dizer que a
intercessão dele precisa de um reforço ou complemento dos santos que já morreram
e nem ressuscitaram. E onde se encontram não podem fazer nada por ninguém (Jó
7.9,10; Ec.9.5,6; Sl.115.17; Lc.16.27-29). Para que um “santo” católico fosse
mediador ou intercessor da Nova Aliança, teria que ter duas naturezas: uma
divina e humana. Ser Deus como Jesus (Jo.1.1) e homem como Ele foi (idem 1.14).
Nisso, todos os santos estão incompletos, inclusive Maria.
A
intercessão de Cristo é suficiente. Isso significa dizer que não precisamos de
outros intercessores ou medianeiras para complementar. Por isso que os
reformadores declararam: “Solus Christus” (Somente Cristo).
ALGUMAS
HERESIAS DE SEITAS ORIENTAIS, OCULTAS E SECRETAS.
REENCARNAÇÃO
(seitas orientais e ocultas) – Prega-se em resumo das seitas orientais e
ocultas que reencarnação é a volta da alma à vida corporal, mas em outro corpo
novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo. Ensina-se que a
morte é apenas um meio de ir ao mundo espiritual e a reencarnação um meio de
retornar ao mundo físico. A vida terrena torna-se uma expiação. Tudo o que um
indivíduo sofre é justo; foi merecido nesta ou noutras encarnações. Seitas que
se destacam com esse ensino: “Nova Era”, “Espiritismo” [em todas as sua
versões], “Hare Krishna”, “LBV”, “Cultos Afro-brasileiros”, “Seicho-no-iê”,
“Meditação Transcendental”, “Igreja Messiânica Mundial”, “Arte Mahikaru”,
“Perfect Liberty”, “Rosa Cruz”.
Refutação
Bíblica – Este ensino de justiça de “matar, roubar e destruir” é muito parecido
com as obras do Diabo (Jo.10.10a). Como fica este tipo de comportamento perante
o ensino de Jesus Cristo? (Mt.5.21,22,38,39,44). Quando nos arremetemos contra
alguém, expomo-nos a fazer sofrer um inocente. A doutrina espírita, por sua
vez, defende que só fazemos sofrer quem merece. Porém o verdadeiro problema, o
mal em todas as suas formas, o pecado, a verdadeira causa do sofrimento e da
injustiça permanece sem tratamento; não é resolvido em absoluto, apenas é
perpetuado indefinidamente. Uma maldade exige outra em compensação, e a outra
mais outra, e assim sucessivamente.
Pela
Bíblia, só existe um meio de expiação ou reparação do pecado: O sacrifício de
Jesus Cristo. Sim, quando ele estava nas ânsias de sua crucificação e morte,
pediu ao Pai que se houvesse outro meio de expiação do pecado, falha, erro do
homem, que ele o livra-se da morte (Mt.26.39). No entanto Deus deu a seu filho
a morte de cruz, provando que não havia outro meio de purificação do homem a
não ser pelo derramamento de sangue, o sangue de um inocente, Jesus Cristo
(Rm.5.8,9; 1Jo.2.2; 1Pe.1.18,19; Hb.9.14,22,24-26). Se existisse reencarnação
Deus não teria entregado seu filho ao mundo (Jo.3.16).
O
sacrifício de Jesus feito uma só vez apaga os nossos pecados quando confessados
a Ele (1Jo.1.9,10). Para isso é necessário o arrependimento (At.3.18,19) e com
o arrependimento vem a reparação, ou como nós chamamos “santificação”. Causando
assim no homem um “novo nascimento”. (1Pe.1.23; 2Co.5.17; Gl.6.15; Jo.3.3). Não
existe uma pluralidade de existência (em corpos) com um só espírito, pois a
Palavra de Deus é clara em dizer que está determinado por Deus o homem morrer
uma só vez, depois se segue o juízo sobre o espírito humano, essa é a regra
(Hb.9.27). Se existe exceções é para os casos de ressurreição por intervenção
do milagre, para a glória de Deus. A Bíblia registra casos de ressurreição tais
como: a do filho de viúva de Serepta (1Rs.17.19-22), o filho da Sunamita
(2Rs.4.32-37), o defunto que foi lançado na cova de Eliseu (2Rs.13.21), a filha
de Jairo (Mc.5.21-23, 35-43), o filho da viúva de Naim (Lc.7.11-15), Lázaro
(Jo.11.39-44), Dorcas (At.9.36-42).
O
espírito vai para Deus quando acontece a morte (como “separação” do
espírito/alma do corpo) e assim segue-se o juízo sobre a sua vida (Hb.9.27;
Lc.16.22,23; Jo.5.24 na versão Almeida Revista e Atualizada, Jerusalém ou King
James). Por isso, com esperteza, os espíritas não acreditam na expiação de
Jesus, nem na queda do homem, nem na deidade de Jesus, nem no céu e nem no
inferno, a fim de manter viva a crença nesta doutrina absurda e falível. Pois a
existência destas doutrinas ameaça a teoria da reencarnação?
HÁ
DIFERENÇA DE RESSURREIÇÃO PARA REENCARNAÇÃO
A
Bíblia jamais faz qualquer referência à palavra “reencarnação”, tampouco a
confunde com a palavra “ressurreição”. Segundo o dicionário Escolar de Língua
Portuguesa, de Francisco da Silveira Bueno, “reencarnação” é o ato ou efeito de
reencarnar pluralidade de existências com um só espírito; enquanto que a
palavra “ressurreição”, no grego, é “anástasis” e “égersis”, ou seja: levantar,
erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra. No latim,
“ressurreição” é o ato de ressurgir, voltar à vida, reanimar-se. Biblicamente,
entende-se o termo “ressurreição” como o mesmo que ressurgir dos mortos, em
outras palavras, é o retorno da alma e do espírito ao mesmo corpo. Que pode
acontecer por um milagre (1Rs.17.22) e que vai acontecer por ocasião da vinda
de Cristo (1Ts.4.16). A diferença é que o primeiro caso o espírito-alma volta
para um corpo “mortal”, já o segundo para um corpo imortal (1Co.15.53).
Os
espíritas não acreditam na ressurreição dos mortos porque o corpo é absorvido e
disperso pela natureza, e é impossível materialmente recompor os elementos
desse corpo. Entretanto, acreditam em vidas em outros planetas e também em
espíritos. Ou seja, quando um ensinamento bíblico põe em contradição seus
ensinos julgam-no cientificamente. Mas quanto aos seus ensinos julgam pela fé.
A ressurreição na Bíblia é figurada como uma semente, toda semente lançada em
terra, pela lei da vida deve ressurgir? (ver 1Co.15.42-44). Aproveitando o
ensejo vamos citar apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os
mortos após quatro e três dias de sepultados:
Nome da
pessoa morta: Lázaro, Jo.11 :
a)
Estava morto (v.14);
b)
Estava sepultado já havia quatro dias (v.17);
c) Já
cheirava mal (v.39);
d)
Ressuscitou ainda envolvido em mortalha (v.44);
e)
Ressuscitou com o mesmo corpo e mesma aparência que possuía antes de morrer
(v.44).
Nome da
pessoa morta: Jesus Cristo
a) Os
soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo.19.33);
b) José
de Arimatéia e Nicodemos sepultaram-no (Jo.19.38-42);
c) Ele
ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc.24.1-7);
d)
Mesmo depois de ressuscitado, Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos,
para mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a
crucificação, porém, glorificado (Lc.24.39; Jo.20.27).
JOÃO BATISTA
ERA ELIAS REENCARNADO?
Ele
mesmo respondeu: “Não sou” (Jo.1.21), e logo, se reencarnação é o ato ou efeito
de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito, é evidente que um
vivo não pode ser reencarnação de alguém que nunca morreu. Ora, João Batista
não era a reencarnação de Elias, pois ele não morreu. Foi arrebatado vivo ao
Céu (2Rs.2.11). E se João Batista fosse Elias reencarnado, no momento da
transfiguração de Cristo, teriam aparecido Moisés e João Batista, e não Moisés
e Elias (Mt.17.3). A citação de Cristo em Mt.11.14 é apenas uma alusão a uma
profecia registrada em Ml.4.5.
NASCER
DE NOVO É REENCARNAR? (Jo.3.3,5)
Não, a
expressão “nascer de novo” (do grego anothen) significa nascer do alto, nascer
de cima, por obra e graça do Espírito Santo, mediante a Palavra (Jo.15.3;
Ef.5.26). De acordo com Bíblia, novo nascimento é o mesmo que regeneração
(Tt.3.5) e não reencarnação. Jesus estava falando da regeneração, uma mudança
interior que diz respeito conversão do pecador, nunca se referiu a mudança de
corpo ou passagem da alma de um corpo para um novo. Ora, daí o equívoco de
Nicodemos, ele pensava que o homem depois de velho viesse a renascer
fisicamente, no que foi logo dissuadido pelo Senhor (ver ainda 1Co.6.11;
Ef.4.23,24; Cl.3.9,10; Tt.3.3-6).
Não
existe a palavra “reencarnação” no grego neotestamentário. Os seguidores desta
heresia tentam encontrar desesperadamente similaridades em algumas palavras
para fugirem do vazio bíblico sobre o assunto. O que é um paradoxo, pois se
negam a inspiração divina da Bíblia, pra quê provar algo nela? Entretanto,
sugerem, por exemplo, a palavra “paliggenesia” presente em Tito 3.5 que
significa “novo nascimento”, “reprodução”, “renovação”, “regeneração”. Uma
colocação simplória totalmente fora do contexto e do significado da palavra.
Onde nem se encontra presente a palavra “alma” (do N.T. grego “psuche”) na
estrutura da palavra. Por exemplo, a palavra “transmigração” (metempsychosis),
que é uma heresia muito parecida com a reencarnação, pois acredita que a alma
dos mortos reencarna, a diferença básica é que em animais. Observe que a
formação desta palavra nasce do seu conceito: “metem” (transporte) + “psychosis
(alma). Isso não ocorre com nenhuma palavra grega surrupiada do N.T. grego
pelos defensores da heresia reencarnacionista.
Interpretando
a citação de Tito 3.5:
“não
por obras de justiça praticada por nós….”. Em primeiro lugar, temos aqui uma
clara refutação bíblica a heresia reencarnacionista que se baseia em obras.
“… ele
nos salvou mediante o lavar regenerador [paliggenesia] e renovador
[anakainosis] do Espírito Santo”. Em segundo lugar, as atribuições deste
fenômeno espiritual são dadas ao Espírito Santo, um ser pessoal (Efésios 4.30)
e divino (Atos 5.3,4), citado por Jesus como consolador (parakletos: alguém que
pleiteia a causa de outro, intercessor). Ele “renova” (paliggenesia) e
“restaura” (anakainosis) os pecadores e não “reencarna”. O papel do Espírito
Santo é transformar a vida dos pecadores (João 16.8). Paulo estava dizendo que
o Espírito Santo mudara tanto a sua vida como a de Tito. E que eles eram salvos
por essa causa.
Veja o
contexto: “que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo,
nosso Salvador”. Ou seja, que o Espírito Santo (ele) fez (derramou sobre) com
eles (Paulo e Tito) por intermédio de Jesus. (Tito 3.6).
QUEM
PECOU, ESTE OU SEUS PAIS, PARA QUE NASCESSE CEGO? (Jo.9.2)
Os
espíritas usam versículos da Bíblia para apoiarem suas idéias absurdas e
heréticas. A argumentação espírita diz: “Essa pergunta (de Jo.9.2) prova que os
apóstolos acreditavam na reencarnação”. Porém na tradição judaica acreditava-se
que a criança no ventre da mãe já poderia cometer o pecado de idolatria, quando
esta adorava deuses pagãos, daí o porquê dos discípulos perguntarem quem teria
pecado. É certo que longe estava Cristo de partilhar tais idéias (nem a
suposição espírita e nem a teoria judaica de maldição hereditária). Ele
respondeu: “Nem ele pecou nem seus pais; mais isto aconteceu para que se
manifestem nele as obras de Deus.” (v.3).
A
resposta de Jesus arrasa os alicerces de toda a construção reencarnacionista,
baseada na opinião de que toda a infelicidade, todo sofrimento, decorre do
pecado pessoal. Há contrariedades e sofrimentos que Deus envia simplesmente
para que sejam manifestas suas obras e que suas criaturas sejam preparadas para
eternidade.
CONSULTA
AOS MORTOS (seitas ocultas) – Os sectários defensores desta heresia acreditam
que as pessoas que já morreram podem ser invocadas e comunicar-se com os vivos
e vice-versa. Aderem a este pensamento todas as seitas que pregam a
reencarnação.
Refutação
bíblica – Essa prática, embora enfatizada modernamente por alguns falsos
profetas, é muito antiga. Já nos tempos do A.T. encontramos os judeus
envolvidos com a consulta àquilo que entendiam serem os mortos. Deus, na sua
Palavra, proíbe explicitamente tal prática. Não por ser ela verdadeira, mas por
ser enganosa e perigosa, uma vez que engoda o praticante nas teias venenosas da
feitiçaria (ver Dt.18.10-12). A consulta aos mortos propõe para os seus
seguidores que os vivos podem se aconselhar com os que já viveram (os mortos).
Porém o povo de Deus possui a inigualável revelação de Deus pela qual
disciplina a sua vida (Is.8.19,20; Hb.4.12; 2Tm.3.16,17). E por esta revelação
entendemos que os mortos, devido ao estado em que se encontram, não têm parte
em nada do que se faz e acontece na Terra (ver Ec.7.2; 9.5,6; Sl.88.10-12;
Is.38.18,19; Jó 7.9,10). Quanto ao caso da feiticeira de En-Dor, que fez trazer
um pseudo Samuel, não seria possível tal façanha, haja vista algumas
observações: Ela não disse que viu Samuel (1Sm.28.13), ela profetizou
falsamente que Saul cairia nas mãos dos filisteus (1Sm.28.19), porém Saul
cometeu suicídio e veio parar nas mãos dos homens de Jabes-Gileade (1Sm.31.4,11-13),
profetizou que todos os filhos de Saul morreriam (1Sm.28.19), porém ficaram
vivos pelo menos três: Isbosete (2Sm.2.8-10); Armoni e Mefibosete (2Sm.21.8).
Apenas outros três morreram (1Sm.31.6; 1Cr.10.2-6). Se Samuel estivesse ali de
verdade teria profetizado para feiticeira corretamente (ver 1Sm.3.19). Saul
cometeu pecado perante o Senhor, pois desobedeceu a sua Lei que reprovava tal
prática (Êx.22.18; Lv.20.27; Is.47.11-15). Por isso Saul morreu (1Cr.10.13).
SALVAÇÃO
PELAS OBRAS (seitas orientais, ocultas e secretas) – Este falso ensino tem
perdurado deste os tempos antigos e até hoje o homem tenta se justificar dos
seus pecados através de boas atitudes. Através de seus esforços e sofrimentos.
Por si mesmo. Podemos dizer que em todas as religiões pagãs se prega isso e
seitas como “Kardecismo”, “Nova Era”, “Maçonaria”, etc. Até o catolicismo é
simpatizante de tal heresia.
Refutação
bíblica – A salvação se restringe na fé em Jesus (Rm.5.1) por meio da graça de
Deus (Ef.2.8,9). Todos os méritos da salvação estão em Jesus, assim como todos
os méritos da pecaminosidade humana estão em Adão. Nós nascemos pecadores por
causa de Adão e somos salvos por causa de Cristo (ver Rm.5.15-21). Assim, o
homem não pode fazer nada para se redimir do pecado. As boas obras são
importantes, mas não são redentoras.
POLITEÍSMO
(seitas orientais, ocultas e secretas) – É a crença de que há vários deuses.
Seitas como “Maçonaria”, “Mormonismo” (uma seita pseudocristã), “Espiritismo” e
algumas religiões pagãs, são seguidores desta heresia.
Refutação
bíblica – Abraão foi chamado a separar-se do paganismo e torna-se testemunha do
único Deus Verdadeiro (Gn.12.1-4; Sl.147.19,20). Não existem outros deuses além
do Senhor Deus que se revelou a Abraão (Is.43.10,11). Tudo não passava da mente
fantasiosa dos homens pagãos que não conheciam o Deus Criador do céu e da Terra
(Gl.4.8; Dt.6.4). Confundiam os fenômenos da natureza com deuses e os astros
também, por isso o Senhor Deus orientava o seu povo acerca disso (Êx.20.1-5;
Sl.115.4-8). Jesus pregou contra o politeísmo (Jo.17.3). Também seus seguidores
(1Tm.2.5). Toda a Igreja também (Ef.4.6a). Tal ensino já foi refutado no
passado (Is.44.6; 45.5). A predominância em todo o nosso planeta é de concepção
monoteísta.
PANTEÍSMO
(seitas orientais e ocultas) – Este sistema de pensamento que confunde Deus com
universo é uma heresia que ressuscita do hinduísmo por influência de seitas
como “Nova Era”, “Teosofismo”, “Seicho-no-iê”, “Hare Krishna”, “Perfect
Liberty”, “Rosa Cruz”. O panteísmo ensina que tudo é Deus e que Deus é tudo.
Refutação
bíblica – Esta teoria confunde as coisas. Deus é o criador e a natureza é a
criação, não podem ser confundidas. Assim como uma obra de um pintor não pode
ser confundida com ele. Deus não é a sua obra e nem vice-versa. O apóstolo
Paulo, fez críticas a esse tipo de pensamento (Rm.1.20-23). O profeta Jeremias
também (Jr.2.26-29). O panteísmo não passa de um “improviso” do homem. Pois
havendo Deus se retirado do mundo, porque não fazer do mundo um deus ou da
Terra uma deusa? Deus é onipresente, por está em toda parte, no entanto ele
existe à parte de suas obras. Haja vista que Ele é pessoal e também
transcendente, isto é, sua existência vai além das coisas criadas. A Bíblia diz
que Deus criou o homem (Gn.1.26), por isso o homem não faz parte do divino
(Is.43.10), como pregam as seitas seguidoras desta heresia (ver Sl.19.1;
102.25; Is.44.24). Tal ensino é oposto às Escrituras, que apresenta um Deus
pessoal (Êx.3.13-15), que tem sentimentos (1Jo.4.8), se distingue da criação
(Is.55.8,9), se manifestou em carne (Jo.1.1,14; 1Tm.3.16) e que julgará este
mundo com justiça (Ap.20.11,12). Por isso Deus é chamado de “Santo” (Sl.22.3;
Ap.15.4). Essa palavra empregada a Deus tem um sentido mais amplo do que
atribuído aos anjos ou seres humanos. Uma vez que ele é antes de tudo ser
criado (Cl.1.17; Jo.17.5). Deus é separado de sua criação!
CONCLUSÃO
Quanto
escrevi este texto não tive a intenção de exaurir o assunto. Pois são muitas
heresias no mundo. O meu objetivo é de fornecer ao leitor uma informação geral
sobre as seitas. E a apresentação de algumas heresias com as devidas refutações
bíblicas. Para que você possa exercitar a apologia cristã evangélica.
Sola
Scritpura!
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