O
Comunismo que “não existe” em Cuba, Venezuela e Coreia do Norte
Paulo Henrique Araujo, 5 horas atrás 0 109
O
Comunismo que “não existe” em Cuba, Venezuela e Coreia do Norte
A nova
tendência dos agrupamentos marxistas brasileiros é negar a existência do
comunismo e as suas ramificações em diversos países.
Segundo
estes, a Venezuela não é socialista, Fidel Castro jamais foi comunista, a
Coreia do Norte é vítima de desinformação ocidental, a China utiliza o
comunismo como um agregador puramente histórico (COMO ASSIM?), a Rússia é um
bastião histórico de luta pelas tradições espirituais e do cristianismo.
A
verdade estratégica por trás disto é relativamente fácil de identificar: sendo
o comunismo-socialismo uma doutrina baseada na sua maior parte na FILOSOFIA
marxista que se adaptam as necessidades culturais e temporais de cada nação,
criando assim fragmentações diversas e tensões internas no que compõe a
totalidade da máquina revolucionária.
Um bom
e atual exemplo disto é a dicotomia de superfície que existe entre os
“comunistas clássicos” (herdeiros das diretrizes e profundidades das três
primeiras internacionais e posteriormente do pacto de Varsóvia), contra os
“socialistas frankfurtianos”, que utilizam a já famigerada Revolução Sexual,
que explodiu em paixão revolucionária no maio de 1968 em Paris (que hoje está
sendo lavada e até mesmo auxiliada pelos conservadores que a descobriu como
“cultura Woke”).
Este
processo encontra terreno fértil no Brasil, pois o despertar político eleitoral
acabou de completar uma década, mas este foi baseado quase que unicamente pela
inconformidade econômica e pela aparente corrupção executada pelas diversas
células revolucionárias – Note que, mesmo quando citado os mais diversos
problemas e crimes do Foro de São Paulo, somente aqueles de cunho monetário, ou
seja, corrupção, são os que geram verdadeira indignação – espalhadas em todos o
continente.
Uma
sociedade, como a brasileira, que foi vítima da hegemonia marxista nas suas
mais diversas vertentes, está pronta para ser subvertida com os gatilhos certos
e as simplificações mais basilares, planificando o terreno para a implementação
de uma nova hegemonia revolucionária, afinal, ao contrário do que a “direita”
crê como um fato absoluto, quando a “esquerda” se divide ela não perde força,
mas aumenta o seu raio de atuação nos mais diversos campos de ação, criando
diversos satélites que irão difundir e aprofundar suas doutrinas e a fé
revolucionária.
Transformar
regimes ditatoriais, autocracias e democracias de fachadas, alimentadas em seu
âmago pela Filosofia Marxista, em vítimas inocentes obrigadas a adotar este
caminho para sobreviver é a “nova onda do verão”.
Talvez
o caro leitor possa pensar neste momento: “Mas isto não chega no povão”, ledo
engano… pois o papel da classe intelectual, principalmente a revolucionária, é
estabelecer as diretrizes do debate, subverter ao máximo os suscetíveis às suas
ideais e influenciar o debate público através dos intelectuais orgânicos
gramscianos nas redes sociais, canais de YouTube, mídia de médio porte,
universidades e afins. Nos últimos dois
anos esta estratégia tem dado muito certo e avançado para a destruição por
dentro dos movimentos de combate contra-revolucionários, colhendo frutos principalmente
no Brasil, Estados Unidos e França, onde viciados em “verdades ocultas da NOM”,
acreditam nas mais diversas histórias, meias verdades, simplificações e
enquadramentos políticos, diplomáticos e históricos.
Não
existe caminho fácil, não existe conhecimento profundo adquirido em thread do
twitter, não existe formação em vídeo de 15 minutos no YouTube que irá lhe
proteger de tais influências. Somente um programa de estudos sérios,
abstinência de opinião sobre assuntos que não domina, acompanhados de muita
oração é que lhe darão o suporte mínimo para compreender e enfrentar tudo isso.
Paulo
Henrique Araújo
Analista
político, palestrante e escritor; é o fundador, editor e diretor do portal
PHVox e também apresenta os programas ao vivo em nosso canal do YouTube.
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