A
LEPRA BRASILEIRA
A
decadência da moralidade está estampada nas fraudes políticas, nas leis que
defendem o individualismo, nas pessoas que não se preocupam com o próximo, nas
propagandas que estimulam a sexualidade e ainda na sociedade que se deixa
influenciar...
O presidencialismo vem sendo corroído por práticas
políticas eticamente inapropriadas e nocivas ao interesse público que
descaracterizam a independência e a harmonia entre os Poderes, geram crises
contínuas e destroem o sistema de governo.
No modelo eleitoral brasileiro, com tantos
partidos, dificilmente o presidente consegue que apenas sua legenda lhe dê a
maioria no Senado ou na Câmara. Usualmente, o partido do presidente não atinge
sequer um terço dos deputados. Assim, para a governabilidade, tornam-se
imperiosas as alianças congressuais por meio de coalizões partidárias, que, em
ambiente de poucos partidos, são construídas em bases programáticas, como
ocorre nos países europeus.
Aqui, no Brasil
as alianças são construídas na base do toma lá, dá cá, com a
distribuição de cargos e favores no governo para os partidos, sem nenhuma
identidade programática. No primeiro governo Lula, essa prática foi denominada
“presidencialismo de coalizão”. As evidências do mensalão, expandidas no
petrolão, mostraram que se trata, de fato, de presidencialismo de cooptação,
corrupto e imoral. A imoralidade está no cerne da atividade política de todos
os partidos, sem exceção.
Como em qualquer outro mercado, as escolhas
políticas são feitas visando maximizar interesses individuais ou partidários,
sem respeito a princípios éticos ou ao bem comum. Essa racionalidade está na
raiz da corrupção sistêmica e dos conluios entre políticos e empresários...
Pesquisa: Dionê Leony Machado
dionemj@gmail.com
Setembro de 2023.
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