3-https://youtu.be/wJkPWA7maVI
//Rev.Hernandes Dias Lopes //A Música
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Apologética
Nova Era – 3a. Parte – Música
Segundo Áurio Corrá, compositor da
Nova Era, a música New Age recebe a seguinte definição:
É um estilo completamente diferente
dos outros estilos de música. Além de estar voltada ao entretenimento, a música
New Age provoca determinadas reações químicas e biológicas que muitas vezes são
terapêuticas. Assim como se ficarmos ouvindo determinadas freqüências sonoras,
colocadas em determinados ritmos podemos ficar doentes (“Tapessam”, Aurio
Corrá, agosto de 1991, p. 5).
Diz a seguir que este estilo de
música está sendo muito usado em tratamento.
Assim, segundo os adeptos do MNE, uma
seleção adequada de peças musicais pode aliviar tensões, medo, raiva, com
efeitos positivos sobre o organismo.
13.1 – A MÚSICA NA HISTÓRIA
A música na História se deu por
intermédio de Jubal segundo o relato bíblico em Gênesis 4.21: E o nome do seu
irmão era Jubal; este foi pai de todos os que tocam harpa e órgão.
A música da Nova Era é profana, pois
com ela se glorifica o homem, procurando torná-lo divino (Gn 3.5). Este estilo
mistura sons de um passado muito remoto, tais como os sons de harpas celtas e
tines tibetanos, bem como sonoridades futuristas derivadas do rock progressivo.
Calcula-se que deverá haver no mundo inteiro cerca de cinco mil músicos
explorando o chamado som da Nova Era. Místicos, eles não costumam colocar fotos
pessoais nas capas dos discos. Afirmam não saber como receberam a música e que
ela pertence ao universo.
Enquanto no Japão, há vinte anos,
Tony Scott já gravara aquele que é considerado o primeiro disco new age (Music
For Zen Meditation, lançado pela Polygram), no Brasil essa tendência é bem mais
recente.
E uma música suave que está sendo
usada também na hipnose e na meditação (mantras). Por meio da música conseguese
uma transformação da consciência. Para a Nova Era, o homem novo será um homem
que ouve – ou ele não existirá. A música é um meio muito eficiente para
transmitir influências desse movimento.
O salmista canta a esperança em meio
à tristeza e a alegria diante da vitória; a admiração pelo poder do Criador e a
confiança no amor do Pai. Para o salmista, música é oração. Assim também
aprendemos da tradição metodista. Se o líder do metodismo, John Wesley,
deixou-nos de herança sermões que exortam e edificam, seu irmão Charles deixou
hinos que inspiram - reafirmando o valor dado à música desde os tempos
bíblicos.
Hoje, porém, as igrejas metodistas no país não estão dando o devido
valor à área musical. Essa é a opinião de especialistas como o maestro David
Bretanha Junker, professor do Instituto de Artes da Universidade de Brasília e
um dos autores de uma proposta de revitalização musical levada ao 18º Concílio
Geral da Igreja Metodista, em julho deste ano. Ele lamenta que os grupos corais
estão se tornando raros, o uso do piano na igreja para prelúdio, interlúdio ou
poslúdio é quase inexistente e os hinos estão sendo abandonados. E atribui
esses fatos, sobretudo, à falta de estrutura da área musical da Igreja.
Sua proposta, aprovada e incorporada ao Plano Nacional Missionário,
documento que dá as diretrizes de ação da Igreja para os próximos anos, prevê a
implantação de um grupo de trabalho para desenvolver uma série de ações sob o
tema "Educação Musical - Arte". Estão previstos futuros cursos de
licenciatura e pós-graduação em Música Sacra, seminários e cursos de formação
para ministros de música das igrejas locais e introdução de disciplinas de
música no currículo dos cursos de teologia. "As necessidades nesta área na
Igreja Metodista no Brasil são imensas, a começar pela parte técnica",
justifica o professor. "É muito difícil haver pessoas envolvidas neste
ministério sem uma formação técnica. Lembro-me do texto de 1 Crônicas 15.22,
que fala da designação de Quenanias para dirigir o canto `porque era perito
nisso`".
O músico Thiago Brum, membro da Igreja Metodista de Valença, RJ (1ª
Região) faz a mesma queixa. Ele aprendeu a tocar bateria aos oito anos de
idade, sem ter ninguém que o ensinasse. Hoje, aos 23, ensina o que sabe a
outros jovens de sua Igreja. "A Igreja não investe em seus músicos, e
quando faz isso, faz pela metade", diz ele. Segundo Thiago, a Igreja
também não investe em instrumentos de boa qualidade e tratamento acústico para
seus templos. As conseqüências dessa falta de cuidado recaem sobre os próprios
músicos, afirma ele. E os bateristas são os alvos prediletos das críticas:
"Os bateristas são sempre perseguidos dentro da Igreja quando o assunto é
som alto. Membros tradicionais impedem em muitas delas que a bateria seja
utilizada no louvor da Igreja. Graças a Deus isso não acontece em minha Igreja.
Ao invés de apenas criticar, ela investe, conversa e contrata técnicos de som e
áudio para analisarem a acústica do templo".
Show no templo
"Às vezes há mais expansão do que expressão musical.
Muito volume para pouca qualidade?, confirma a pianista Lisete Couto. Lisete é
uma prova viva de como vale a pena investir nos talentos que despontam na
Igreja. "Eu vim de uma família muito pobre, e foi na Igreja que eu ganhei
uma bolsa de estudos para estudar música. Já era apaixonada pelo piano, e
lembro com clareza do dia que eu percebi a dinâmica do aprendizado musical. A
descoberta desse universo me encheu de alegria...era mais feliz do que quando
aprendi a ler! ´Enlouqueci` e me entreguei à musica.... ela sempre me salvou! A
partir de então, quero repartir o que Deus me deu!", conta Lisete.
Atualmente, ela dedica seu dom à Igreja e, também, ao Departamento de Música da
Universidade Metodista, atuando como professora do Núcleo de Formação Cidadã.
Mas Lisete vê com muita tristeza a presença nas igrejas de algo que define como
"música de passagem": canções de musicalidade pobre e conteúdo
repetitivo, feito de frases soltas, para "consumo rápido".
Esse fenômeno do "empobrecimento musical" não acontece apenas
na Igreja Metodista, mas ocorre em todo o meio evangélico, em decorrência de um
"mercado gospel" em franca expansão, que requer a fabricação de
"grandes sucessos" que vendam muitos CDs e que sejam facilmente
substituídos por outros grandes sucessos... Segundo a jornalista Magali do
Nascimento Cunha, em um trabalho apresentado no XXII Congresso Brasileiro de
Comunicação, em 2002, a profissionalização do som gospel acabou provocando a
incorporação da cultura de massa ao próprio rito religioso: "A imagem
(recurso fortemente explorado pelo mercado por meio das novas tecnologias de
comunicação) passa a ser um valor para os momentos de culto nas igrejas, que se
tornam veículo promocional dos discos e dos cantores evangélicos. A liturgia
fica reduzida a dois momentos: o louvor e a pregação. O `momento de louvor`
passa a seguir um padrão: saem os conjuntos jovens,
entram os grupos de louvor, que ao invés de animadores dos cânticos, são
intérpretes reprodutores dos modelos-cantores assistidos nos shows. A ênfase
não é a celebração da fé; há uma apresentação de um programa. Um microfone é
pouco; todo um sistema de som precisa ser adquirido para manter o padrão
secular estabelecido, bem como um retroprojetor, não importa as condições
físicas do templo ou sequer as prioridades da congregação. A hinologia é
substituída pelas baladas românticas de forte cunho emocionalista e pelo rock
pesado ou ritmo sertanejo dos `cânticos de guerra`, que têm espaço de
destaque no `momento de louvor`", avalia Magali.
O resgate dos hinos
Em enquete realizada pelo site da Igreja Metodista (www.metodista.org.br), entre os dias 4 e 27 de setembro, um significativo número de
internautas (248 de um total de 688, quase 40% das participações) respondeu que
sua Igreja não usa o hinário evangélico em todos os cultos. Vários internautas
manifestaram seu descontentamento com o abandono de um recurso litúrgico que é
parte da própria história do metodismo. "Há que se pensar em fazermos uma
grande reflexão não só com relação ao hino, mas com toda a parte do culto, pois
no anseio de `avivamento espiritual`, percebo que a Igreja vem com os anos
perdendo o referencial de culto. Falta Palavra e ensino bíblico", comentou
o internauta Flávio Lima. Para Luiz Roberto Saparoli, nossas comunidades
"têm sofrido com a perda de nossa identidade metodista. Estamos
enfraquecidos, com uma teologia personalista e sectária, o que torna nossas
igrejas em congregações, e não mais comunidades conexionais. Quando se sai das
igrejas mais antigas o que se encontra são comunidades que parecem com qualquer
movimento, menos Igreja Metodista".
Mas a enquete revelou também igrejas que valorizam a tradição, sem
deixar de atender às pessoas que apreciam as músicas evangélicas atuais.
"Sempre entoamos hinos juntamente com outros cânticos
contemporâneos. Buscamos entoá-los com vigor e fervor, dando-lhes, quando
possível, uma roupagem atualizada, sem perder ou comprometer a poesia e
inspiração neles contidas", conta o pastor Gerson Lourenço
Pereira, da Igreja Metodista no Méier, Rio de Janeiro. E, entre os
comentários, encontramos um pedido: "Gostaria de receber sugestões de CDs
dos nossos hinos", solicitou a internauta Maria Janne Gabriel de Souza.
Este é outro problema enfrentado pelas Igrejas Metodistas. Se o
mercado fonográfico evangélico profissionaliza-se e expande-se, as igrejas não
atuam com a mesma eficiência na produção e divulgação do material produzido por
seus corais e grupos de louvor. Boa parte dos CDs são custeados e divulgados
pelos próprios músicos. É o que faz, por exemplo, o Ministério Toque de Poder,
criado há 24 anos para atuar na missão de louvor, adoração e oração. Os
integrantes do Ministério-- o casal Soraya e Júnior Junker e os filhos Hygor,
Raissa e Hadassa --distribuem seus CDs independentes nas igrejas nas quais são
convidados (a Igreja não é cobrada; responsabiliza-se apenas pelos custos de
transporte e hospedagem) a ministrar o louvor. "Existem muitas posturas
questionáveis em relação à visão missionária nesta área, então, às vezes, é
preferível manter o processo de formiguinha, com os CDs vendidos pelo próprio
ministério nas visitas às igrejas ou eventos", considera Soraya. Contudo,
ela gostaria de ver a Igreja Metodista mais atuante na divulgação dos talentos
que possui. "Alimentamos um sonho, como ministério dentro da estrutura
metodista, de termos um sistema de comunicação, a exemplo de outras Igrejas,
que dê suporte nesta área, que mantenha um cadastro nacional, quem sabe
produzindo e distribuindo o material produzido pelos metodistas. Quando
produzimos nossos primeiros CDs pouca gente no meio metodista o fazia. Hoje,
graças a Deus, temos muito material e muita gente produzindo. Se este é um
sonho de Deus, Ele se incumbirá de levar a bom termo", diz Soraya. Para o
estudante de teologia Izaías Melchíades da Silva, autor de uma pesquisa sobre
"música sacra contemporânea à luz da tradição bíblica" (seu projeto
de conclusão de curso), a profissionalização, compreendida como busca de
capacitação, não é antagônica à espiritualidade. "Tanto no Antigo
Testamento como no Novo percebe-se o valor que se dá à capacitação de todos
aqueles que trabalham com música, tanto no aspecto técnico como espiritual. É
como diz o Salmo 33.3: Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e
com júbilo."
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