CURIOSIDADES
A ORIGEM DAS NOTAS MUSICAIS 16ª. Parte
A
origem das notas musicais
Na
Idade Média, a questão da música foi assumindo uma importância muito grande
entre os clérigos daquela época.
Na
Idade Média, a questão da música foi assumindo uma importância muito grande
entre os clérigos daquela época.
Desde
muito tempo, as diferentes civilizações não só vivenciam a experiência musical
como também elaboram métodos e teorias capazes de padronizar um modo de se
compor e pensar o universo musical. Na Grécia Antiga, já observamos formas de
registro e concepção das peças musicais através de sistemas que empregavam as
letras do alfabeto grego. Ao longo do tempo, várias foram as tentativas de
sistematização interessadas em formular um modo de se representar e divulgar as
peças musicais.
Na
Idade Média, a questão da música foi assumindo uma importância muito grande
entre os clérigos daquela época. Por um lado, essa importância deve ser
entendida porque os monges tinham tempo e oportunidade de conhecer todo o saber
musical oriundo da civilização clássica através das bibliotecas dos mosteiros.
Por outro lado, também pode ser entendida porque o uso da música foi assumindo
grande importância na realização das liturgias que povoavam as manifestações
religiosas da própria instituição.
Foi
nesse contexto que um monge beneditino francês chamado Guido de Arezzo, nascido
nos fins do século X, organizou o sistema de notação musical conhecido até os
dias de hoje. Nos seus estudos, acabou percebendo que a construção de uma
escala musical simplificada poderia facilitar o aprendizado dos alunos e, ao
mesmo tempo, diminuir os erros de interpretação de uma peça musical. Contudo,
de que modo ele criaria essa tal escala?
Não
pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Para
resolver essa questão, o monge Guido aproveitou de um hino cantado em louvor a
São João Batista. Em suas estrofes eram cantados os seguintes versos em latim:
“Ut quant laxis / Resonare fibris / Mira gestorum / Famuli tuorum / Solve
polluti / Labii reatum / Sancte Iohannes”. Traduzindo para nossa língua, a
canção faz a seguinte homenagem ao santo católico: “Para que teus servos /
Possam, das entranhas / Flautas ressoar / Teus feitos admiráveis / Absolve o
pecado / Desses lábios impuros / Ó São João”. Mas qual a relação da música com
as notas musicais hoje conhecidas?
Observando
as iniciais de cada um dos versos dispostos na versão em latim, o monge criou a
grande maioria das notas musicais. Inicialmente, as notas musicais ficaram
convencionadas como “ut”, “ré”, “mi”, “fá”, “sol”, “lá” e “si”. O “si” foi
obtido da junção das inicias de “Sancte Iohannes”, o homenageado da canção que
inspirou Guido de Arezzo. Já o “dó” foi somente adotado no século XVII, quando
uma revisão do sistema concebido originalmente acabou sendo convencionada.
Por
Rainer Sousa
Sem comentários:
Enviar um comentário