| Paulo Henrique Araújo: Carta ao Leitor PHVox
#29 |
Rússia
decide "acabar" com todos os grupos mercenários
Olá,
Dionê Machado. Tudo bem contigo? Na carta de hoje, vou trazer uma decisão
importante tomada pelo exército Russo na guerra de invasão da Ucrânia. Vamos
lá?
O
ministério da defesa da Rússia anunciou que a partir de 01 de julho, todo
combatente do lado russo na sua guerra de invasão à Ucrânia deve assinar um
contrato de um ano com o exército regular. Com este movimento, o governo de
Vladimir Putin decide acabar com o uso dos mercenários como o Wagner Group ou
mesmo o que estava sendo planejado pelo ditador Checheno Kadyrov.
Na
prática, isso significa que aqueles que não estiverem sob as novas ordens podem
sofrer consequências, como a prisão.
Como
adiantei em análises no decorrer de 2022, quando o Grupo Wagner era
efetivamente o único que estava entregando resultados, o destaque midiático dos
mercenários levaria a uma animosidade com as forças regulares russas.
Principalmente após a inauguração de sua sede com pompa e circunstância em São
Petesburgo. Na oportunidade, o grupo Wagner colocou-se em condições de comprar
e garantir tecnologias que o governo não
teria acesso pelas sanções.
Essa
animosidade cresceu e chegou ao ponto de Prigozhin, mafioso russo e aliado do
círculo íntimo de Putin, ameaçar abertamente o ministro da Defesa Russo, Sergei
Shoygu.
Na
semana passada, o Wagner Group divulgou um vídeo onde interrogavam um oficial
do exército russo que admitia ter atirado contra as fileiras do Wagner Group
intencionalmente. Importante ressaltar que no início da guerra, relatórios
indicavam que os mercenários eram utilizados na retaguarda do exército regular
para evitar deserções no campo de batalha, tendo autorização para abrir fogo
contra aqueles que recuassem (tática utilizada por Stálin na operação
Barbarossa).
Neste
momento, em meio a ofensiva Ucraniana, não é interessante para o Kremlin
administrar problemas desta natureza em suas fileiras, descartando assim todo o
efetivo do Wagner Group. As condições financeiras do contrato, para os que
aceitarem ficar, não foram divulgadas.
Ramzan
Kadyrov já ordenou que seus soldados inicie o processo de assinaturas nesta
segunda-feira. Prigozhin já informou que o seu Wagner Group não irá assinar.
Antes
de ir embora! Você sabia que o Wagner Group também tem atuação na América
Latina, mais precisamente na Venezuela? Entenda mais sobre isso em meu livro:
“O mínimo sobre o Foro de São Paulo” (clique aqui e saiba mais)
Um
forte abraço e até a próxima! (continuo respondendo o máximo de e-mails
possíveis de vocês)
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